Palavra do leitor
- 18 de fevereiro de 2024
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Mudou o cenário, não a postura!
Na infância, lá em Minas, éramos cinco mineirinhos muito tímidos, mas unidos; como diz o ditado popular "aonde vai a corda vai a caçamba" (sic), ou seja, aonde ia um, iam os cinco – aquela escadinha com diferença de dois anos entre cada um.
A vida era meio apertada financeiramente, motivo pelo qual nosso pai apesar de gerente de Empresas Cinematográficas [à época Fox Filmes] necessitava à noite, sábados, domingos e feriados exercer a gerência do Cine Brasil, na Praça 7, em Belo Horizonte para complementar a renda.
Tenho na lembrança que fomos por ele levados, em um domingo, para participarmos, no carnaval de 1949, de uma "matinê infantil carnavalesca" no salão do referido cinema; então não fomos, por isso, à Escola Bíblica Dominical na Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, como fazíamos dominicalmente.
Fomos com nossas roupas normais [calça curta e camisa, os meninos, e vestidinho nossa única irmãzinha], roupas de segunda mão, usadas antes por crianças da família – a criançada toda usava fantasias várias: Palhaço, Pierrô [Pierrot], Colombina, Arlequim, Super-homem, Branca de Neve, Gata Borralheira, Príncipe, Princesa, Índio etc.
Por não abrirmos mão de nossa unidade e como éramos muito inibidos, enquanto a criançada, com suas fantasias, pulava e gritava, pelo salão, nós ficamos em um canto, um ao lado do outro.
Uma empresa cinematográfica famosa, que fazia os filmes de eventos, notícias que eram exibidos antes dos filmes propriamente ditos, filmava a meninada e a câmera passou, voltou e, curiosamente, parou em nós.
Alguns dias depois, aquele "jornal" [esse era o nome daquele tipo de filmagem] foi exibido nos cinemas, muitas pessoas no Grupo Escolar, na rua, na Igreja diziam-nos "vi vocês no cinema" – virou piada: as crianças achavam-nos "artistas"!
* 15 anos após, mudando o cenário *
Tive nova experiência em outra feita, creio que em 1964, quando um grande amigo sofreu um grave acidente automobilístico; outro companheiro, colega de serviço, natural de Santa Rita de Sapucaí, sul de Minas, utilizou os cinco dias de carnaval para ir até sua casa rever a mãe; aproveitei e fui com ele só para visitar meu amigo acidentado, em Pouso Alegre, uns 42 km de Santa Rita.
O pitoresco para um não carnavalesco, como eu, foi que, em uma das noites, esse colega foi para o clube e, como eu não tinha onde ficar, o acompanhei - outra piada: ele e os amigos adentraram ao salão e pularam a noite toda, embriagados pelo álcool [na época, creio, a droga ainda não chegara ao Brasil].
Aquelas pessoas, mais de uma centena, ora pulavam em forma de "trenzinho", ora de mãos dadas como que "brincando de roda"; mantendo a postura, fiquei eu em pé na porta, a noite toda, nem entrava e nem saia, achando aquilo um absurdo, irracional mesmo!
Marinheiro, Pirata, Enfermeira, Cigana, menino vestido de menina etc. eram as fantasias mais diversas, ainda não chegara a era da quase nudez.
Tema desagradável para mim, eu não desejava falar sobre essa folia, o carnaval; lembro-me, todavia, que em um carnaval passado, assistindo um dos jornais televisivos, vi a entrevista de uma ativista, provavelmente de origem indígena, protestando contra as fantasias de índios, comuns há tanto tempo; seria isso, para ela, "politicamente incorreto", por ser um ato ofensivo e racista; essa jovem, então, lançou uma campanha nas redes sociais #ÍndioNãoÉFantasia.
Afinal, todos têm direitos a serem respeitados e, se ofendidos, têm direito a reclamar na Justiça; o que me preocupa [ou satisfaz] é que palhaços, marinheiros, baianas e outros quetais poderão entrar na onda, abrindo processos e, via de consequência, acabar com essa louca e malévola festa!
Sim, malévola, pois sempre ocorre um sem número de acidentes, doenças sexualmente transmissíveis (DST), e até mortes; quantas maternidades cheias em novembro! [9 meses após]; pior, quantos abortos ilegais e mortes prematuras de gestantes de bebês indesejados! Eu mesmo, na adolescência, lembro de duas grandes amigas que perderam a vida por esse motivo.
Sim, é verdade que somos livres, livres para pensar, livres para expressar nossos pensamentos, livres, inclusive, para um caminho sem volta, em direção à morte; mas "não podemos fazer uso da liberdade, que temos em Cristo, para dar ocasião à carne" (Gálatas 5.13), como nos ensina a Palavra de Deus, porque a libertinagem é, ela mesma, "o caminho sem volta" para a desgraça, para a morte física e espiritual, para destruição de famílias, para a corrosão da sociedade.
Não podemos é nos esquecer, sempre devemos nos lembrar, nos conscientizar que "o nosso corpo é o templo do Espírito Santo" (1 Coríntios 6.19), se é que estamos em Cristo.
Concluindo, é falta grave [pecado] contra o Espírito Santo entregarmos o seu Templo [nosso corpo] à orgia, à bebedice, à fornicação, à prostituição, ao adultério, aos vícios, à libertinagem.
A refletir!
A vida era meio apertada financeiramente, motivo pelo qual nosso pai apesar de gerente de Empresas Cinematográficas [à época Fox Filmes] necessitava à noite, sábados, domingos e feriados exercer a gerência do Cine Brasil, na Praça 7, em Belo Horizonte para complementar a renda.
Tenho na lembrança que fomos por ele levados, em um domingo, para participarmos, no carnaval de 1949, de uma "matinê infantil carnavalesca" no salão do referido cinema; então não fomos, por isso, à Escola Bíblica Dominical na Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, como fazíamos dominicalmente.
Fomos com nossas roupas normais [calça curta e camisa, os meninos, e vestidinho nossa única irmãzinha], roupas de segunda mão, usadas antes por crianças da família – a criançada toda usava fantasias várias: Palhaço, Pierrô [Pierrot], Colombina, Arlequim, Super-homem, Branca de Neve, Gata Borralheira, Príncipe, Princesa, Índio etc.
Por não abrirmos mão de nossa unidade e como éramos muito inibidos, enquanto a criançada, com suas fantasias, pulava e gritava, pelo salão, nós ficamos em um canto, um ao lado do outro.
Uma empresa cinematográfica famosa, que fazia os filmes de eventos, notícias que eram exibidos antes dos filmes propriamente ditos, filmava a meninada e a câmera passou, voltou e, curiosamente, parou em nós.
Alguns dias depois, aquele "jornal" [esse era o nome daquele tipo de filmagem] foi exibido nos cinemas, muitas pessoas no Grupo Escolar, na rua, na Igreja diziam-nos "vi vocês no cinema" – virou piada: as crianças achavam-nos "artistas"!
* 15 anos após, mudando o cenário *
Tive nova experiência em outra feita, creio que em 1964, quando um grande amigo sofreu um grave acidente automobilístico; outro companheiro, colega de serviço, natural de Santa Rita de Sapucaí, sul de Minas, utilizou os cinco dias de carnaval para ir até sua casa rever a mãe; aproveitei e fui com ele só para visitar meu amigo acidentado, em Pouso Alegre, uns 42 km de Santa Rita.
O pitoresco para um não carnavalesco, como eu, foi que, em uma das noites, esse colega foi para o clube e, como eu não tinha onde ficar, o acompanhei - outra piada: ele e os amigos adentraram ao salão e pularam a noite toda, embriagados pelo álcool [na época, creio, a droga ainda não chegara ao Brasil].
Aquelas pessoas, mais de uma centena, ora pulavam em forma de "trenzinho", ora de mãos dadas como que "brincando de roda"; mantendo a postura, fiquei eu em pé na porta, a noite toda, nem entrava e nem saia, achando aquilo um absurdo, irracional mesmo!
Marinheiro, Pirata, Enfermeira, Cigana, menino vestido de menina etc. eram as fantasias mais diversas, ainda não chegara a era da quase nudez.
Tema desagradável para mim, eu não desejava falar sobre essa folia, o carnaval; lembro-me, todavia, que em um carnaval passado, assistindo um dos jornais televisivos, vi a entrevista de uma ativista, provavelmente de origem indígena, protestando contra as fantasias de índios, comuns há tanto tempo; seria isso, para ela, "politicamente incorreto", por ser um ato ofensivo e racista; essa jovem, então, lançou uma campanha nas redes sociais #ÍndioNãoÉFantasia.
Afinal, todos têm direitos a serem respeitados e, se ofendidos, têm direito a reclamar na Justiça; o que me preocupa [ou satisfaz] é que palhaços, marinheiros, baianas e outros quetais poderão entrar na onda, abrindo processos e, via de consequência, acabar com essa louca e malévola festa!
Sim, malévola, pois sempre ocorre um sem número de acidentes, doenças sexualmente transmissíveis (DST), e até mortes; quantas maternidades cheias em novembro! [9 meses após]; pior, quantos abortos ilegais e mortes prematuras de gestantes de bebês indesejados! Eu mesmo, na adolescência, lembro de duas grandes amigas que perderam a vida por esse motivo.
Sim, é verdade que somos livres, livres para pensar, livres para expressar nossos pensamentos, livres, inclusive, para um caminho sem volta, em direção à morte; mas "não podemos fazer uso da liberdade, que temos em Cristo, para dar ocasião à carne" (Gálatas 5.13), como nos ensina a Palavra de Deus, porque a libertinagem é, ela mesma, "o caminho sem volta" para a desgraça, para a morte física e espiritual, para destruição de famílias, para a corrosão da sociedade.
Não podemos é nos esquecer, sempre devemos nos lembrar, nos conscientizar que "o nosso corpo é o templo do Espírito Santo" (1 Coríntios 6.19), se é que estamos em Cristo.
Concluindo, é falta grave [pecado] contra o Espírito Santo entregarmos o seu Templo [nosso corpo] à orgia, à bebedice, à fornicação, à prostituição, ao adultério, aos vícios, à libertinagem.
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