Palavra do leitor
- 02 de maio de 2011
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Motivações ocultas dos liderados
Muitos líderes se perdem entre os conflitos que emergem no seio de suas equipes. Encontram-se perdidos, impacientes e confusos perante determinados conflitos de liderados que não se explicam e nem se resolvem.
O líder pensa: já estabeleci funções, limitei papéis, admoestei, orei, fiz de tudo para com quase todos e essa problemática não se resolve. Sempre há conflitos que se repetem entre a mesma pessoa ou grupos.
Nesse instante o líder perde a paciência e os frutos de espírito. O líder-ministro ou o pastor já fez um balanço em todos os aspectos para identificar a raiz de um conflito que não se resolve: aspectos estruturais, funcionais, operacionais, espirituais e nada.
Entretanto muitos líderes se esquecem que suas ovelhas possuem uma mente com necessidades psicológicas ocultas e desconhecidas por até mesmo seus portadores.
Uma vez, ao esperar do lado de fora do gabinete de um pastor ministro amigo para conversarmos, percebi que ele estava dando um aconselhamento pastoral. Era um daqueles ‘passa sabão com jeitinho’ que os pastores sempre dão nos membros problemáticos.
Percebi que ele estava pisando em ovos, pois os membros eram antigos e da terceira idade. Havia um mal-entendido entre duas senhoras que o pastor estava a resolver. Um disse-me-disse que o líder estava retificando.
A queixa declarada de uma das senhoras - que inadvertidamente tive que ouvir já estava na sala de espera – era sobre uma função que era sua e que não fora respeitada por uma outra. Mas pelo tom de voz, pelas palavras repetidas e pelo conteúdo dos argumentos que sustentavam a queixa da dita senhora, pude perceber que a problemática na verdade era outra: ciúme. Isso mesmo. Ciúmes.
Só que o líder-pastor não pôde perceber isso, e estava a acreditar que se tratava de um conflito de papéis organizacionais. Mas dessa vez não era. A tal senhora estava com ciúmes ocultos de uma outra que ela julgava inconscientemente mais capacitada para realizar a tarefa e isso é o que determinava o conflito. Um aspecto psicológico oculto e não declarado.
Vejo muitos líderes se perderem nisso. Talvez por espiritualizarem tudo, tornarem as coisas frias demais na gestão, esquecendo-se de aspectos psíquicos ou até mesmo por falta de habilidade de ler essas motivações ocultas de suas ovelhas.
São justamente essas motivações ocultas: inveja, ciúme, egoísmo, medo, receio, dúvidas, dentre outros que podem atravancar um projeto e impedir que a equipe logre um sucesso nos seus objetivos. O líder fica a procurar respostas organizacionais quando na verdade aspectos psíquicos latentes estão a prender um processo organizacional.
E o que fazer? Simples. Empatia neles pra começar. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Para isso, a audição tem que estar a fio de preparada. Há muitos lideres que não sabem ouvir, não sabem ter empatia e assim se tornam presas fáceis das motivações ocultas que embargam projetos.
Cristo fora mestre em pôr-se no lugar do outro e imaginar. Para isso, o líder precisará de quatro funções básicas: disposição para ouvir e entender, aproximar-se do mundo das ovelhas com suas histórias e formas de pensamento e por fim criar hipóteses psíquicas a serem checadas para que expliquem o conflito.
Só assim o líder terá recursos para começar a lidar com as motivações ocultas que sempre entravam os ministérios. Numa equipe, o que determina o sucesso é justamente o alinhamento dessas motivações ocultas de todos os membros do grupo, mas como fazer o alinhamento dessas motivações ocultas é texto para uma outra oportunidade.
O líder pensa: já estabeleci funções, limitei papéis, admoestei, orei, fiz de tudo para com quase todos e essa problemática não se resolve. Sempre há conflitos que se repetem entre a mesma pessoa ou grupos.
Nesse instante o líder perde a paciência e os frutos de espírito. O líder-ministro ou o pastor já fez um balanço em todos os aspectos para identificar a raiz de um conflito que não se resolve: aspectos estruturais, funcionais, operacionais, espirituais e nada.
Entretanto muitos líderes se esquecem que suas ovelhas possuem uma mente com necessidades psicológicas ocultas e desconhecidas por até mesmo seus portadores.
Uma vez, ao esperar do lado de fora do gabinete de um pastor ministro amigo para conversarmos, percebi que ele estava dando um aconselhamento pastoral. Era um daqueles ‘passa sabão com jeitinho’ que os pastores sempre dão nos membros problemáticos.
Percebi que ele estava pisando em ovos, pois os membros eram antigos e da terceira idade. Havia um mal-entendido entre duas senhoras que o pastor estava a resolver. Um disse-me-disse que o líder estava retificando.
A queixa declarada de uma das senhoras - que inadvertidamente tive que ouvir já estava na sala de espera – era sobre uma função que era sua e que não fora respeitada por uma outra. Mas pelo tom de voz, pelas palavras repetidas e pelo conteúdo dos argumentos que sustentavam a queixa da dita senhora, pude perceber que a problemática na verdade era outra: ciúme. Isso mesmo. Ciúmes.
Só que o líder-pastor não pôde perceber isso, e estava a acreditar que se tratava de um conflito de papéis organizacionais. Mas dessa vez não era. A tal senhora estava com ciúmes ocultos de uma outra que ela julgava inconscientemente mais capacitada para realizar a tarefa e isso é o que determinava o conflito. Um aspecto psicológico oculto e não declarado.
Vejo muitos líderes se perderem nisso. Talvez por espiritualizarem tudo, tornarem as coisas frias demais na gestão, esquecendo-se de aspectos psíquicos ou até mesmo por falta de habilidade de ler essas motivações ocultas de suas ovelhas.
São justamente essas motivações ocultas: inveja, ciúme, egoísmo, medo, receio, dúvidas, dentre outros que podem atravancar um projeto e impedir que a equipe logre um sucesso nos seus objetivos. O líder fica a procurar respostas organizacionais quando na verdade aspectos psíquicos latentes estão a prender um processo organizacional.
E o que fazer? Simples. Empatia neles pra começar. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Para isso, a audição tem que estar a fio de preparada. Há muitos lideres que não sabem ouvir, não sabem ter empatia e assim se tornam presas fáceis das motivações ocultas que embargam projetos.
Cristo fora mestre em pôr-se no lugar do outro e imaginar. Para isso, o líder precisará de quatro funções básicas: disposição para ouvir e entender, aproximar-se do mundo das ovelhas com suas histórias e formas de pensamento e por fim criar hipóteses psíquicas a serem checadas para que expliquem o conflito.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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