Palavra do leitor
- 09 de fevereiro de 2009
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Morte por omissão?
Iganani é filho de uma viúva e de pai desconhecido. À medida que crescia, foi descoberto que não andava e não brincava como as outras crianças da tribo (paralisia cerebral); Tititu, ao nascer, não era possível saber se era menina ou menino (genitália ambígua); Bianca também não conseguia brincar e se desenvolver como outras crianças (hipotireoidismo congênito); Harani era filha de mãe adolescente e solteira. Algumas características unem estas crianças: são índias, filhas de índios do Brasil, todas condenadas à morte por razões culturais: doenças, ser filho(a) de mãe solteira, fruto de adultério, segundo gêmeo a nascer... A lista segue.
Tomei conhecimento do assunto "infanticídio" em 2007, quando conheci Hakani, uma menina índia adotada por um casal de missionários que havia sido enterrada viva pelos parentes, após várias tentativas infrutíferas de matá-la, porque era...amaldiçoada!
Não imaginava que no meu país acontecesse coisa assim. Assassinato por encomenda, por embriaguez ao volante, por vingança, aborto, por estupidez...Coisas que se acostuma e passa a não estranhar; coisas que se aprende estão muito acima da possibilidade de uma só pessoa resolver.
Matar crianças porque é um mandato cultural milenar - a tribo não corre risco de sobrevivência em muitas destas situações. Ao contrário da nossa ingenuidade, há momentos na cultura indígena em geral onde não há espaço para a solidariedade, para o carregar o fardo uns dos outros. Mas há pessoas, como Muwaji e como o irmão de Hakani que não se conformam "com este século" de sua cultura, e resgatam seus irmãos de uma setença de morte.
O Estado Brasileiro faz vistas grossas, influenciado por uma antropologia que coloca a cultura indígena como sacrossanta (mesmo que ela se extingua por falta de gente). "Desculpa, a declaração dos direitos humanos não vale para o índio. A constituição não vale para índio" - são palavras do Deputado Francisco Praciano em pleno Congresso Nacional.
As parteiras egípcias se recusaram a participar do infanticídio ordenado pelo novo faraó; João nos diz que "de tal maneira Deus amou o mundo que deu seu Filho unigênito" e que nós devemos dar a vida pelos irmãos (I Jo 3.16). Qual a resposta que a Igreja de Cristo dará? Como defender a vida contra a morte nesta situação?
Tititu faleceu! Desidratada, seus pais andaram por horas atrás da única enfermeira da localidade, que estava a quilômetros de distância. Ao que tudo indica, de desidratação por falta dos hormônios que deveria tomar todos os dias. A JOCUM está impedida de ir as aldeias, e o Estado não tem substitutos. E uma criança morreu...
Sugestão: acesse www.hakani.org e www.vozpelavida.blogspot.com
Tomei conhecimento do assunto "infanticídio" em 2007, quando conheci Hakani, uma menina índia adotada por um casal de missionários que havia sido enterrada viva pelos parentes, após várias tentativas infrutíferas de matá-la, porque era...amaldiçoada!
Não imaginava que no meu país acontecesse coisa assim. Assassinato por encomenda, por embriaguez ao volante, por vingança, aborto, por estupidez...Coisas que se acostuma e passa a não estranhar; coisas que se aprende estão muito acima da possibilidade de uma só pessoa resolver.
Matar crianças porque é um mandato cultural milenar - a tribo não corre risco de sobrevivência em muitas destas situações. Ao contrário da nossa ingenuidade, há momentos na cultura indígena em geral onde não há espaço para a solidariedade, para o carregar o fardo uns dos outros. Mas há pessoas, como Muwaji e como o irmão de Hakani que não se conformam "com este século" de sua cultura, e resgatam seus irmãos de uma setença de morte.
O Estado Brasileiro faz vistas grossas, influenciado por uma antropologia que coloca a cultura indígena como sacrossanta (mesmo que ela se extingua por falta de gente). "Desculpa, a declaração dos direitos humanos não vale para o índio. A constituição não vale para índio" - são palavras do Deputado Francisco Praciano em pleno Congresso Nacional.
As parteiras egípcias se recusaram a participar do infanticídio ordenado pelo novo faraó; João nos diz que "de tal maneira Deus amou o mundo que deu seu Filho unigênito" e que nós devemos dar a vida pelos irmãos (I Jo 3.16). Qual a resposta que a Igreja de Cristo dará? Como defender a vida contra a morte nesta situação?
Tititu faleceu! Desidratada, seus pais andaram por horas atrás da única enfermeira da localidade, que estava a quilômetros de distância. Ao que tudo indica, de desidratação por falta dos hormônios que deveria tomar todos os dias. A JOCUM está impedida de ir as aldeias, e o Estado não tem substitutos. E uma criança morreu...
Sugestão: acesse www.hakani.org e www.vozpelavida.blogspot.com
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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