Palavra do leitor
- 31 de julho de 2020
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Modus operandi Dei
O modo como Deus opera por meio do homem me surpreende profundamente. Por que ele, quase que na totalidade, optou por não agir diretamente, mas por intermédio humano?
1- Ele mesmo poderia ter escrito diretamente a Bíblia, mas à exceção dos Dez Mandamentos escritos pelo dedo de Deus em tábuas de pedras, ele preferiu inspirar homens pelo seu Santo Espírito. Nisso, Deus operou um profundo milagre pouco reconhecido, mas quando visto, causa profunda perplexidade. O autor é Deus, o escritor é o homem: completamente livre e dominado pelo Espírito Santo: por um lado, tal domínio absoluto não anulou a humanidade, nem o estilo, nem as limitações de qualquer outra característica humana do escritor; por outo lado, tal liberdade não impediu que homem escrevesse qualquer coisa que não fosse Palavra de Deus, soprada pelo autor.
2- Ele poderia enviar anjos para evangelizar. Mas, ainda que os anjos anelem anunciar a Cristo e seu Evangelho, Deus não lhes permitiu. Antes, preferiu colocar o seu tesouro, Cristo, em vasos de barro, homens.
3- Ele poderia enviar algum morto que conhecendo o pós-morte retornasse com nítidas vantagens para evangelização. Ainda que o rico clamasse a Abraão que enviasse Lázaro do além para anunciar a salvação em Cristo e evitar que seus irmãos fossem para o inferno, a resposta foi: Eles têm a Moisés e os profetas: ouçam-lhes. Se não os ouvirem, tampouco se deixarão persuadir por algum morto ressuscitado. E para quem duvida de tamanha incredulidade, lembre-se que Jesus é esse homem a quem muitos, de costas virados, têm olvidado.
4- Ele poderia explanar, direto do céu, usando o pôr do sol como tela para projetar gráficos, ilustrações e afirmações de como entrar no Reino do Céus, mas preferiu o testemunho das crianças e as pôs por exemplo de como receber o Reino de Deus.
5- Ele, não contente com a presença de criança em toda família, enviou a falar por si os profetas, os mestres, os evangelistas, os missionários, os pastores, os presbíteros, o simples homem de Deus. E assim, encheu a terra de testemunhas humanas de tão graciosa salvação em Jesus.
6- Ele, para não deixar dúvidas, de que sua fala transcende, indo além de si, gravou nos céus e na natureza um testemunho vivo de si. De forma que os céus proclamam a glória de Deus e o universo anuncia as obras de suas mãos. E, embora pareçam mudos, por meio deles, Deus faz ouvir a sua voz até os confins do mundo. De forma que todos são indesculpáveis, pois ele mesmo ilumina e aquece o coração de todos os homens. Também, o Senhor tomou os céus e terra como testemunhas da vida e da morte que há, respectivamente, no acolhimento e na rejeição de sua Palavra.
7- Ele poderia ter baixado à terra exatamente como é: Deus, Todo-poderoso. Mas preferiu esvaziar-se, tornar-se homem, ser encarnado, se revestir da mortalidade para que todo homem pudesse ver como todo homem de Deus deve ser: como Jesus Cristo é.
Deus escolheu agir assim, para envergonhar os sábios e poderosos, e com isso exaltar o humilde e o desprezado. Mas apesar de tudo isso, segue sendo, ao menos para mim, um profundo mistério do porquê ele escolheu agir assim.
1- Ele mesmo poderia ter escrito diretamente a Bíblia, mas à exceção dos Dez Mandamentos escritos pelo dedo de Deus em tábuas de pedras, ele preferiu inspirar homens pelo seu Santo Espírito. Nisso, Deus operou um profundo milagre pouco reconhecido, mas quando visto, causa profunda perplexidade. O autor é Deus, o escritor é o homem: completamente livre e dominado pelo Espírito Santo: por um lado, tal domínio absoluto não anulou a humanidade, nem o estilo, nem as limitações de qualquer outra característica humana do escritor; por outo lado, tal liberdade não impediu que homem escrevesse qualquer coisa que não fosse Palavra de Deus, soprada pelo autor.
2- Ele poderia enviar anjos para evangelizar. Mas, ainda que os anjos anelem anunciar a Cristo e seu Evangelho, Deus não lhes permitiu. Antes, preferiu colocar o seu tesouro, Cristo, em vasos de barro, homens.
3- Ele poderia enviar algum morto que conhecendo o pós-morte retornasse com nítidas vantagens para evangelização. Ainda que o rico clamasse a Abraão que enviasse Lázaro do além para anunciar a salvação em Cristo e evitar que seus irmãos fossem para o inferno, a resposta foi: Eles têm a Moisés e os profetas: ouçam-lhes. Se não os ouvirem, tampouco se deixarão persuadir por algum morto ressuscitado. E para quem duvida de tamanha incredulidade, lembre-se que Jesus é esse homem a quem muitos, de costas virados, têm olvidado.
4- Ele poderia explanar, direto do céu, usando o pôr do sol como tela para projetar gráficos, ilustrações e afirmações de como entrar no Reino do Céus, mas preferiu o testemunho das crianças e as pôs por exemplo de como receber o Reino de Deus.
5- Ele, não contente com a presença de criança em toda família, enviou a falar por si os profetas, os mestres, os evangelistas, os missionários, os pastores, os presbíteros, o simples homem de Deus. E assim, encheu a terra de testemunhas humanas de tão graciosa salvação em Jesus.
6- Ele, para não deixar dúvidas, de que sua fala transcende, indo além de si, gravou nos céus e na natureza um testemunho vivo de si. De forma que os céus proclamam a glória de Deus e o universo anuncia as obras de suas mãos. E, embora pareçam mudos, por meio deles, Deus faz ouvir a sua voz até os confins do mundo. De forma que todos são indesculpáveis, pois ele mesmo ilumina e aquece o coração de todos os homens. Também, o Senhor tomou os céus e terra como testemunhas da vida e da morte que há, respectivamente, no acolhimento e na rejeição de sua Palavra.
7- Ele poderia ter baixado à terra exatamente como é: Deus, Todo-poderoso. Mas preferiu esvaziar-se, tornar-se homem, ser encarnado, se revestir da mortalidade para que todo homem pudesse ver como todo homem de Deus deve ser: como Jesus Cristo é.
Deus escolheu agir assim, para envergonhar os sábios e poderosos, e com isso exaltar o humilde e o desprezado. Mas apesar de tudo isso, segue sendo, ao menos para mim, um profundo mistério do porquê ele escolheu agir assim.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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