Palavra do leitor
- 13 de junho de 2011
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Mobilização contra a PL 122, um cavalo de Tróia de crente
Já faz tempo que Silas Malafaia usa seu espaço na TV para fazer mobilizações e o engraçado é que a tecla é a mesma, homossexualidade. Não só Malafaia, mas nestes últimos dias o que teve de crente dizendo vamos nos unir em prol do engavetamento da PL122 não está no gibi. A última mobilização foi uma manifestação de 20.000 pessoas segundo a Rede Globo, e 30.000 segundo a Band, em Brasília. Manifestação glorificada em vários blogs ditos cristãos como a bola da vez, e em diversas igrejas. Ali estava a nata da gospelândia.
Que tem muito crente que não tem a mínima noção do que é evangelho isso eu sei, é fato o desconhecimento da Bíblia, da Teologia e da história do protestantismo nas igrejas em nosso torrão. Se perguntar quem foi George Whitefield ou Martin Bucer, ninguém ouviu falar, mas se perguntar que é Luan Santana nêgo canta até a moda dele (chamo moda no sentido de modismo, porque aqueles grunhidos não merecem ser chamados de música). Quem tem muito crente que se pudesse mandava matar (em nome do senhor, mas ninguém sabe que senhor) os homossexuais eu também sei, e sei que a maioria tem nojo, não fala com, e olha atravessado para eles. Ver um gay é como ver o capeta.
Nas comunidades ditas cristãs os homossexuais não encontram um lugar de acolhimento e tratamento de seu pecado, mas encontram a fúria dos titãs. Aliás, esse exemplo de “amor cristão”, muito evangélico (no sentido desse movimento atual), mas pouco bíblico (no sentido do evangelho de Cristo) é muito visto em todas as relações nos templos, o que tem de gente, querendo comer gente (literalmente, não confunda) nas igrejas é uma coisa de louco. Mas, será que nem os cabeças desse negócio escapam?
Porque pense comigo. Essa galera que manda nos seus súditos (isso mesmo, existem muitos paipóstolos no Brasil que tem muitos súditos fieis loucos por honra e bênção) quando a coisa diz respeito a seus interesses, escusos as vezes, gasta dinheiro, bota a cara na TV, esbraveja, chama o povo, e sabe que é atendido por um grupo. Assim, porque essa mesma galera não faz o mesmo sempre, porque não há mobilização por uma igreja mais bíblica, uma por mais leitura bíblica, uma por interpretação da Bíblia da forma correta, uma por estudo teológico para os pastores, uma por ética na política dos ditos da bancada evangélica, uma por garantia dos direitos das mulheres, uma pelo fim do trabalho infantil, uma pelo fim da picaretagem dos pastores da Teologia da Prosperidade, uma pela garantia dos direitos dos negros, uma pela garantia dos direitos dos índios, uma por uma igreja mais missionária (pelo tamanho que se diz hoje, a obra de missões entre os crentes brasileiros é uma vergonha), uma pelo conhecimento bíblico, teológico e histórico entre os crentes, e outras mais por temas importantes que por acaso eu tenha esquecido.
Porque só tem mobilização por coisa desse tipo, porque pastorzinho está com medo de que se esse projeto passar ele vai ter que estudar para pregar o evangelho da graça de Deus e não vai mais enrolar o povo com condenações sumarias de quem não tem o que dizer (pois quem não tem mensagem bíblica se dana a fazer condenações: “não pode isso, não pode aquilo,” e se tirarem isso deles, acabou-se o assunto)?
Esse negócio é um cavalo de tróia de crente, pois parece bom, mas no fim é um engano, no fim mostra como os crentes pensam, mostra o afastamento do evangelho. Mostra como a falta de visão está incrustada na liderança dita evangélica nesse pais, e como tanta gente sem saber o que fazer, e nem para onde ir, está cego e sendo guiados por guias cegos que têm olhos apenas para seu próprio umbigo.
Na história de Tróia o cavalo parecia um presente, mas trazia o inimigo no seu interior. Que inimigo esse novo cavalo traz? Não, o evangelho não é isso, nunca foi e nunca vai ser. Não quero esse cavalo.
Que tem muito crente que não tem a mínima noção do que é evangelho isso eu sei, é fato o desconhecimento da Bíblia, da Teologia e da história do protestantismo nas igrejas em nosso torrão. Se perguntar quem foi George Whitefield ou Martin Bucer, ninguém ouviu falar, mas se perguntar que é Luan Santana nêgo canta até a moda dele (chamo moda no sentido de modismo, porque aqueles grunhidos não merecem ser chamados de música). Quem tem muito crente que se pudesse mandava matar (em nome do senhor, mas ninguém sabe que senhor) os homossexuais eu também sei, e sei que a maioria tem nojo, não fala com, e olha atravessado para eles. Ver um gay é como ver o capeta.
Nas comunidades ditas cristãs os homossexuais não encontram um lugar de acolhimento e tratamento de seu pecado, mas encontram a fúria dos titãs. Aliás, esse exemplo de “amor cristão”, muito evangélico (no sentido desse movimento atual), mas pouco bíblico (no sentido do evangelho de Cristo) é muito visto em todas as relações nos templos, o que tem de gente, querendo comer gente (literalmente, não confunda) nas igrejas é uma coisa de louco. Mas, será que nem os cabeças desse negócio escapam?
Porque pense comigo. Essa galera que manda nos seus súditos (isso mesmo, existem muitos paipóstolos no Brasil que tem muitos súditos fieis loucos por honra e bênção) quando a coisa diz respeito a seus interesses, escusos as vezes, gasta dinheiro, bota a cara na TV, esbraveja, chama o povo, e sabe que é atendido por um grupo. Assim, porque essa mesma galera não faz o mesmo sempre, porque não há mobilização por uma igreja mais bíblica, uma por mais leitura bíblica, uma por interpretação da Bíblia da forma correta, uma por estudo teológico para os pastores, uma por ética na política dos ditos da bancada evangélica, uma por garantia dos direitos das mulheres, uma pelo fim do trabalho infantil, uma pelo fim da picaretagem dos pastores da Teologia da Prosperidade, uma pela garantia dos direitos dos negros, uma pela garantia dos direitos dos índios, uma por uma igreja mais missionária (pelo tamanho que se diz hoje, a obra de missões entre os crentes brasileiros é uma vergonha), uma pelo conhecimento bíblico, teológico e histórico entre os crentes, e outras mais por temas importantes que por acaso eu tenha esquecido.
Porque só tem mobilização por coisa desse tipo, porque pastorzinho está com medo de que se esse projeto passar ele vai ter que estudar para pregar o evangelho da graça de Deus e não vai mais enrolar o povo com condenações sumarias de quem não tem o que dizer (pois quem não tem mensagem bíblica se dana a fazer condenações: “não pode isso, não pode aquilo,” e se tirarem isso deles, acabou-se o assunto)?
Esse negócio é um cavalo de tróia de crente, pois parece bom, mas no fim é um engano, no fim mostra como os crentes pensam, mostra o afastamento do evangelho. Mostra como a falta de visão está incrustada na liderança dita evangélica nesse pais, e como tanta gente sem saber o que fazer, e nem para onde ir, está cego e sendo guiados por guias cegos que têm olhos apenas para seu próprio umbigo.
Na história de Tróia o cavalo parecia um presente, mas trazia o inimigo no seu interior. Que inimigo esse novo cavalo traz? Não, o evangelho não é isso, nunca foi e nunca vai ser. Não quero esse cavalo.
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