Palavra do leitor
- 06 de novembro de 2006
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Missões e evangelismo
Missões é o assunto que mais às igrejas enfatizam. E não poderia ser diferente. Pois, a obra missionária é o dever principal da Igreja na Terra Aliás, a igreja não é a promotora de missões, ela é o próprio instrumento de Deus para isso.
Missões e evangelismo. O interessante nesta divisão, missões e evangelismo, é que se perde um pouco da integralidade natural da missão cristã. Sabemos que a igreja tem uma grande Missão, porém, começamos a segmentá-la antes mesmo de entender a sua função principal, daí surgem as dicotomias: missões e evangelismo, missões e ação social, missões e política e etc. Em tese não perdemos o foco missionário, mas a Missão passa a ser um dos ministérios da Igreja, um departamento, uma secretaria. Aliás, a Missão passa a se chamar “missões”. Não vai aqui nenhuma crítica aos sistemas de organização eclesiástica, mas sim um pano de fundo para a pergunta: O que entendemos como missão da Igreja? Ou melhor, o que entendemos como missão do cristão? Infelizmente as ambigüidades surgem antes dessa reflexão.
Talvez seja a tendência a dicotomias, um dos grandes entraves para um maior avanço da Igreja. Os nossos olhos sempre enxergam as coisas aos pares, nos desviando do Alvo. C.S.Lewis, um homem de Deus do passado, costumava dizer que o diabo lança sobre os crentes, armadilhas aos pares. Porque conhecendo ele a nossa tendência ao radicalismo, sabe que no afã de fugirmos de uma armadilha corremos tanto para o extremo oposto, que acabamos caindo na outra armadilha.
Muitos dizem: - Vamos fazer missões! Todas as igrejas hoje fazem missões! Igreja missionária é igreja que cresce!
- Não devemos nos esquecer do evangelismo local, vamos formar um grupo, e sairemos todos os domingos para evangelizar...
A igreja está uma benção! Entretanto, os irmãos fora da igreja, voltam sempre a assumir cada um o seu papel de competidor na selva do mundo. Os rostos vistos no domingo na entrega dos folhetos passam desapercebidos na correria do resto da semana. Os missionários estão no campo, e isto, é tudo que procuramos saber a respeito. E o mundo fora das quatro paredes da igreja continua com os seus mesmos valores distorcidos, sem nada de novo. Em se tratando da Missão da Igreja, quando separamos o Mandamento do Ide de Jesus para nós, em dois atos, mesmo que semelhantes, já estamos perdendo muito do seu real sentido. Será que o tom de simultaneidade expresso nas palavras ...e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia...(Atos 1:8) não nos trazem nada?
O realizar da Missão, é o fruto de uma Igreja sadia, de cristãos maduros, que exercem a cidadania dos céus em tempo integral, que testemunham, que não separam suas vidas em dois. Mas que buscam viver intensamente a alegria de ser filho de Deus aonde colocar a planta dos pés. Seja no trabalho, seja no clube, na escola, na rua, olhando sempre para as pessoas como um todo. Pessoas com necessidades físicas e espirituais.
Missões e evangelismo fora da compreensão da Missão, transformam-se em gestos isolados, feitos só por alguns; ação social sem sensibilidade e preocupação com as dificuldades alheias, transformam-se apenas em campanhas periódicas de assistencialismo. Não se pode fazer missões, sem antes compreender a Missão.
Missões e evangelismo. O interessante nesta divisão, missões e evangelismo, é que se perde um pouco da integralidade natural da missão cristã. Sabemos que a igreja tem uma grande Missão, porém, começamos a segmentá-la antes mesmo de entender a sua função principal, daí surgem as dicotomias: missões e evangelismo, missões e ação social, missões e política e etc. Em tese não perdemos o foco missionário, mas a Missão passa a ser um dos ministérios da Igreja, um departamento, uma secretaria. Aliás, a Missão passa a se chamar “missões”. Não vai aqui nenhuma crítica aos sistemas de organização eclesiástica, mas sim um pano de fundo para a pergunta: O que entendemos como missão da Igreja? Ou melhor, o que entendemos como missão do cristão? Infelizmente as ambigüidades surgem antes dessa reflexão.
Talvez seja a tendência a dicotomias, um dos grandes entraves para um maior avanço da Igreja. Os nossos olhos sempre enxergam as coisas aos pares, nos desviando do Alvo. C.S.Lewis, um homem de Deus do passado, costumava dizer que o diabo lança sobre os crentes, armadilhas aos pares. Porque conhecendo ele a nossa tendência ao radicalismo, sabe que no afã de fugirmos de uma armadilha corremos tanto para o extremo oposto, que acabamos caindo na outra armadilha.
Muitos dizem: - Vamos fazer missões! Todas as igrejas hoje fazem missões! Igreja missionária é igreja que cresce!
- Não devemos nos esquecer do evangelismo local, vamos formar um grupo, e sairemos todos os domingos para evangelizar...
A igreja está uma benção! Entretanto, os irmãos fora da igreja, voltam sempre a assumir cada um o seu papel de competidor na selva do mundo. Os rostos vistos no domingo na entrega dos folhetos passam desapercebidos na correria do resto da semana. Os missionários estão no campo, e isto, é tudo que procuramos saber a respeito. E o mundo fora das quatro paredes da igreja continua com os seus mesmos valores distorcidos, sem nada de novo. Em se tratando da Missão da Igreja, quando separamos o Mandamento do Ide de Jesus para nós, em dois atos, mesmo que semelhantes, já estamos perdendo muito do seu real sentido. Será que o tom de simultaneidade expresso nas palavras ...e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia...(Atos 1:8) não nos trazem nada?
O realizar da Missão, é o fruto de uma Igreja sadia, de cristãos maduros, que exercem a cidadania dos céus em tempo integral, que testemunham, que não separam suas vidas em dois. Mas que buscam viver intensamente a alegria de ser filho de Deus aonde colocar a planta dos pés. Seja no trabalho, seja no clube, na escola, na rua, olhando sempre para as pessoas como um todo. Pessoas com necessidades físicas e espirituais.
Missões e evangelismo fora da compreensão da Missão, transformam-se em gestos isolados, feitos só por alguns; ação social sem sensibilidade e preocupação com as dificuldades alheias, transformam-se apenas em campanhas periódicas de assistencialismo. Não se pode fazer missões, sem antes compreender a Missão.
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