Palavra do leitor
- 04 de setembro de 2014
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Missionário brasileiro escreve novo livro contando suas experiências na África
O carioca, Jairo de Oliveira, lançou o seu primeiro livro há mais de 10 anos. Desde então não parou de escrever. Ganhador do Prêmio Areté de Literatura em 2010 na categoria Missões – Autor nacional, ele tem 6 obras publicadas e está lançando no VII Congresso Brasileiro de Missões (de 6 a 10 de outubro) o seu sétimo livro “Amor além das fronteiras” pela Editora Reflexão.
Formado em Teologia, ele trabalha com a Missão para o Interior da África, uma organização cristã internacional presente no continente africano há mais de 100 anos.
Desde os 17 anos ele atua como missionário na África servindo sempre entre refugiados de guerra. Além do trabalho missionário, uma de suas paixões é a literatura.
"Comecei a escrever regularmente quando me mudei para a África do Sul em 1996. Escrevia periodicamente relatórios do trabalho para os parceiros do projeto e cartas para minha namorada (hoje esposa) que ficou no Brasil. Foram mais de dois anos de namoro por correspondência. Naquela época não tínhamos acesso à Internet e aprendi a me expressar usando papel e caneta".
Morador da Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro, Jairo já viveu em 4 países do continente africano. No momento ele serve com a família no Quênia.
Em seus livros ele conta experiência e dá dicas para novos missionários terem sucesso em seu trabalho, inclusive, salientando a importância de se comunicar o evangelho levando em consideração as culturas em contato. Em seu terceiro livro, "Vida, ministério e desafios no campo missionário", publicado pela Editora Abba Press ele destaca:
"Em vez de desrespeitarmos os outros povos, impondo os nossos modelos culturais, a nossa postura deve ser sempre a de demonstrar empáfia e respeito. Reconhecer que nem tudo o que é diferente é antibíblico nos ajudará a evitar comportamentos etnocêntricos e a desenvolver relacionamentos autênticos e de identificação com o grupo em contato".
Perguntado sobre como consegue conciliar as atividades de missionário e de escritor ele responde com simplicidade apontando para 3 fatores: “Paixão pela escrita, esposa parceira e poucas horas de sono”.
Aos 35 anos, ele, que também atua como tradutor de livros, dá sinais de que sua carreira de escritor só está começando: “Estou trabalhando em novos projetos literários e tenho outras 3 obras que gostaria de ver publicadas em breve”.
Trecho do livro “Amor além das fronteiras”:
Há poucos dias, presenciamos mais uma surpreendente tempestade de areia. Os ventos fortes começaram a soprar pela manhã e se intensificaram ao longo do dia. A poeira foi formando nuvens e o azul do céu deu lugar ao cinza. Mesmo estando abrigados em casa, era forte o cheiro de poeira no ar e o gosto de areia na boca. Numa rápida saída, no início da tarde, ficamos impressionados com a força da natureza. Ao olharmos adiante pelo vidro do carro, num raio de 500 metros, tudo o que conseguíamos enxergar era sujeira e poeira tomando conta das ruas.
A vida é cheia de tempestades, não é mesmo? Elas simbolizam tempos difíceis. Elas provocam apreensão, temor e desespero. Ao enfrentarmos uma tempestade, seja ela de que tipo for, normalmente nos abatemos diante da sua intensidade e duração. No entanto, as tempestades não determinam o fim de todas as coisas, elas não são invencíveis e nem representam uma realidade permanente. Por mais duradouras que se apresentem, elas são puramente passageiras. Elas mascaram temporariamente a beleza do céu, mas não a anulam. Felizmente, elas vêm e vão!
Um cenário que poderíamos comparar ao de uma tempestade em nosso contexto de trabalho é o econômico. A economia local continua se enfraquecendo e o povo tem reclamado bastante. Com o aumento da inflação os partidos de oposição têm-se fortalecido e culpam o governo pela crise. O fato é que uma lata de leite em pó está custando agora o equivalente a 12 reais. Um quilo de frango equivale a 9 reais. E um pote de margarina vale 8 reais. Já faz um tempo que arrumamos outra companheira para o pão no café da manhã. Pão com margarina? Nem pensar!
Formado em Teologia, ele trabalha com a Missão para o Interior da África, uma organização cristã internacional presente no continente africano há mais de 100 anos.
Desde os 17 anos ele atua como missionário na África servindo sempre entre refugiados de guerra. Além do trabalho missionário, uma de suas paixões é a literatura.
"Comecei a escrever regularmente quando me mudei para a África do Sul em 1996. Escrevia periodicamente relatórios do trabalho para os parceiros do projeto e cartas para minha namorada (hoje esposa) que ficou no Brasil. Foram mais de dois anos de namoro por correspondência. Naquela época não tínhamos acesso à Internet e aprendi a me expressar usando papel e caneta".
Morador da Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro, Jairo já viveu em 4 países do continente africano. No momento ele serve com a família no Quênia.
Em seus livros ele conta experiência e dá dicas para novos missionários terem sucesso em seu trabalho, inclusive, salientando a importância de se comunicar o evangelho levando em consideração as culturas em contato. Em seu terceiro livro, "Vida, ministério e desafios no campo missionário", publicado pela Editora Abba Press ele destaca:
"Em vez de desrespeitarmos os outros povos, impondo os nossos modelos culturais, a nossa postura deve ser sempre a de demonstrar empáfia e respeito. Reconhecer que nem tudo o que é diferente é antibíblico nos ajudará a evitar comportamentos etnocêntricos e a desenvolver relacionamentos autênticos e de identificação com o grupo em contato".
Perguntado sobre como consegue conciliar as atividades de missionário e de escritor ele responde com simplicidade apontando para 3 fatores: “Paixão pela escrita, esposa parceira e poucas horas de sono”.
Aos 35 anos, ele, que também atua como tradutor de livros, dá sinais de que sua carreira de escritor só está começando: “Estou trabalhando em novos projetos literários e tenho outras 3 obras que gostaria de ver publicadas em breve”.
Trecho do livro “Amor além das fronteiras”:
Há poucos dias, presenciamos mais uma surpreendente tempestade de areia. Os ventos fortes começaram a soprar pela manhã e se intensificaram ao longo do dia. A poeira foi formando nuvens e o azul do céu deu lugar ao cinza. Mesmo estando abrigados em casa, era forte o cheiro de poeira no ar e o gosto de areia na boca. Numa rápida saída, no início da tarde, ficamos impressionados com a força da natureza. Ao olharmos adiante pelo vidro do carro, num raio de 500 metros, tudo o que conseguíamos enxergar era sujeira e poeira tomando conta das ruas.
A vida é cheia de tempestades, não é mesmo? Elas simbolizam tempos difíceis. Elas provocam apreensão, temor e desespero. Ao enfrentarmos uma tempestade, seja ela de que tipo for, normalmente nos abatemos diante da sua intensidade e duração. No entanto, as tempestades não determinam o fim de todas as coisas, elas não são invencíveis e nem representam uma realidade permanente. Por mais duradouras que se apresentem, elas são puramente passageiras. Elas mascaram temporariamente a beleza do céu, mas não a anulam. Felizmente, elas vêm e vão!
Um cenário que poderíamos comparar ao de uma tempestade em nosso contexto de trabalho é o econômico. A economia local continua se enfraquecendo e o povo tem reclamado bastante. Com o aumento da inflação os partidos de oposição têm-se fortalecido e culpam o governo pela crise. O fato é que uma lata de leite em pó está custando agora o equivalente a 12 reais. Um quilo de frango equivale a 9 reais. E um pote de margarina vale 8 reais. Já faz um tempo que arrumamos outra companheira para o pão no café da manhã. Pão com margarina? Nem pensar!
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