Palavra do leitor
- 24 de agosto de 2015
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Misericórdia acima de toda a prática religiosa
Nas páginas do Novo Testamento, nas narrativas dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, encontramos um fato onde Jesus Cristo, o Deus feito homem, se depara com um leproso. Para os nossos dias encontrar alguém com o mal de Hansen ou hanseníase não é tão terrível como nos dias de Cristo. Hoje, a lepra tem o seu devido tratamento, médicos especializados, hospitais, enfim, o vitimado pelo bacilo Mycobacterium Leprae, o leproso, tem uma grande quantidade de recursos para livrar-se do mal que o enferma.
Mas voltando à época do primeiro século, assim como por toda a antiguidade, ser leproso era sinal de segregação social. O indivíduo diagnosticado pelos sacerdotes como leproso, era afastado do convívio social, sua casa e suas roupas eram queimadas, e confinado a viver num campo juntamente com outros leprosos. Eram proibidos pelas leis da época de se aproximarem das cidades e povoados, bem como entrar em contato com qualquer pessoa que não fosse leprosa, e além disso, quando alguém cruzasse o seu caminho, ele mesmo deveria advertir a pessoa descuidada gritando: imundo! Imundo! Até que a pessoa se tocasse que diante dela estava alguém que era uma maldição ambulante.
No Evangelho de Mateus (8.1-4), Jesus está descendo de uma montanha, seguido por uma grande multidão, quando surge um leproso, e este o adora e diz: “Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo” (Mt 8.2 ARC). Para nós apenas um simples diálogo do Deus Conosco e um homem acometido de uma enfermidade. Mas, mergulhando nos aspecto social e religioso da época, notamos que foi um momento singular. O homem acometido de lepra, se prostra (“...o adorou”), e coloca sob Jesus toda a sua situação, pois ele mesmo, diante de Cristo, tinha noção de seu estado (“...podes tornar-me limpo”). Não exige nada de Deus, nem tampouco tenta negociar com o Filho de Deus, apenas se coloca sob a vontade de Jesus. Esse homem, quebra todas as regras religiosas da época, como vimos, os leprosos eram proibidos de todo contato social.
O mais intrigante, está por vir, diz o texto: “E Jesus, estendendo a mão, o tocou dizendo: Quero, sê limpo....” (Mt 8.3 ARC). Jesus responde ao pedido de um leproso, ou seja, dá ouvidos a um segregado social, parou para ouvir e atendeu o pedido de alguém que deveria religiosamente viver confinado à solidão. E mais ainda, “...estendendo a mão, o tocou”, ninguém tocava em leprosos, pois correria o risco de contrair a lepra. Com essa atitude, tocar num leproso, Jesus demonstra claramente um dos motivos pela qual veio, “... veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11 ARC). Agindo como quem está sobre toda a ordenança religiosa, no tocar o leproso, o Senhor demonstra que um ato de misericórdia está acima do que qualquer ordenança religiosa e política, vale mais uma ovelha perdida do que todo o rebanho que se encontra no redil.
Contudo, Jesus, após ter curado o leproso, ordena que este se apresente ao sacerdote, e cumpra tudo o que a lei religiosa prescrevia sobre quando um leproso fosse curado. Estando, Jesus Cristo, com mais autoridade que toda a religião, ainda se submete aos preceitos litúrgicos e cultuais. Com isso, demonstrando que, a graça de Deus é mais forte e autoritativa do que toda a religião, mas de forma simultânea, não negando a conduta religiosa.
Mas voltando à época do primeiro século, assim como por toda a antiguidade, ser leproso era sinal de segregação social. O indivíduo diagnosticado pelos sacerdotes como leproso, era afastado do convívio social, sua casa e suas roupas eram queimadas, e confinado a viver num campo juntamente com outros leprosos. Eram proibidos pelas leis da época de se aproximarem das cidades e povoados, bem como entrar em contato com qualquer pessoa que não fosse leprosa, e além disso, quando alguém cruzasse o seu caminho, ele mesmo deveria advertir a pessoa descuidada gritando: imundo! Imundo! Até que a pessoa se tocasse que diante dela estava alguém que era uma maldição ambulante.
No Evangelho de Mateus (8.1-4), Jesus está descendo de uma montanha, seguido por uma grande multidão, quando surge um leproso, e este o adora e diz: “Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo” (Mt 8.2 ARC). Para nós apenas um simples diálogo do Deus Conosco e um homem acometido de uma enfermidade. Mas, mergulhando nos aspecto social e religioso da época, notamos que foi um momento singular. O homem acometido de lepra, se prostra (“...o adorou”), e coloca sob Jesus toda a sua situação, pois ele mesmo, diante de Cristo, tinha noção de seu estado (“...podes tornar-me limpo”). Não exige nada de Deus, nem tampouco tenta negociar com o Filho de Deus, apenas se coloca sob a vontade de Jesus. Esse homem, quebra todas as regras religiosas da época, como vimos, os leprosos eram proibidos de todo contato social.
O mais intrigante, está por vir, diz o texto: “E Jesus, estendendo a mão, o tocou dizendo: Quero, sê limpo....” (Mt 8.3 ARC). Jesus responde ao pedido de um leproso, ou seja, dá ouvidos a um segregado social, parou para ouvir e atendeu o pedido de alguém que deveria religiosamente viver confinado à solidão. E mais ainda, “...estendendo a mão, o tocou”, ninguém tocava em leprosos, pois correria o risco de contrair a lepra. Com essa atitude, tocar num leproso, Jesus demonstra claramente um dos motivos pela qual veio, “... veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11 ARC). Agindo como quem está sobre toda a ordenança religiosa, no tocar o leproso, o Senhor demonstra que um ato de misericórdia está acima do que qualquer ordenança religiosa e política, vale mais uma ovelha perdida do que todo o rebanho que se encontra no redil.
Contudo, Jesus, após ter curado o leproso, ordena que este se apresente ao sacerdote, e cumpra tudo o que a lei religiosa prescrevia sobre quando um leproso fosse curado. Estando, Jesus Cristo, com mais autoridade que toda a religião, ainda se submete aos preceitos litúrgicos e cultuais. Com isso, demonstrando que, a graça de Deus é mais forte e autoritativa do que toda a religião, mas de forma simultânea, não negando a conduta religiosa.
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