Palavra do leitor
- 27 de julho de 2019
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Meus direitos X Vontade de Deus
"Ao acordar, José fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua esposa." – Mateus 1.24 (NVI)
São pouquíssimas as informações que temos sobre José. Não sabemos ao certo quando ele morreu e até qual período da vida ele pôde acompanhar Jesus. Mas o pouco que temos nos traz um dos maiores ensinamentos sobre alguém que abriu mão dos seus direitos para buscar a vontade de Deus em primeiro lugar.
Por estarmos acostumados com a história, muitas vezes corremos o risco de não perceber a gravidade da situação na qual Maria e José se encontravam. Um noivado naquele contexto já representava basicamente um casamento. Tanto é que pela lei, caso a noiva fosse encontrada em adultério, a punição dada a ela seria a mesma que uma mulher já devidamente casada receberia (Deuteronômio 22.23-24). A conclusão mais óbvia para o caso de José é que sua noiva o havia traído, afinal, eles não tinham tido nenhuma relação sexual, portanto, Maria certamente havia se envolvido com alguém. Sendo assim, pela lei José poderia processá-la, expor o ato de Maria publicamente, assim como mais tarde os fariseus tentaram fazer com a mulher Adúltera (João 8.1-11). Mas não é isso o que ele faz. Por amá-la, ele escolhe se separar de maneira a não expor Maria, pois a lei também dava a ele esse direito. Entretanto, mesmo estando disposto a tomar essa decisão, Deus intervém em sua vida por meio de um sonho, pedindo pra que José mantivesse o casamento, pois o filho que Maria esperava havia sido gerado pelo Espírito Santo e desse bebê viria a salvação do mundo (Mateus 1.21).
Na condição de José certamente poderíamos ser tentados a fazer valer os nossos direitos para não sairmos prejudicados. Além de traído, José poderia se sentir desvalorizado, humilhado. As leis da sua época, inclusive a religiosa (corrompida por alguns equívocos humanos), poderiam ser usadas a seu favor. Apesar de tudo isso, José opta por obedecer ao estranho e aparentemente sem sentido pedido de Deus.
A partir dessa história, algumas reflexões se tornam necessárias: Será que os direitos que a sociedade e o mundo nos ensinam a ter são sempre condizentes com a vontade de Deus? Numa geração que quer tudo, mas não sabe o preço de nada, o sofrimento que muitas vezes encontramos nas curvas da vida pode ser algo inaceitável, afinal, todos têm o direito de serem felizes, custe o que custar. Mas e se pela dor Deus quiser nos ensinar algo? E se a resposta de Deus for pra que esperemos? E se ele quiser nos ensinar através da humilhação, da perda, da vergonha? Não foi por meio da cruz que o próprio Cristo cumpriu a vontade do Pai? Jesus tinha o direito de não se entregar, afinal ele é o próprio Deus, contudo, "não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo." (Filipenses 2.6-7).
Jesus também ensinou que não há nenhum mérito em amar apenas aqueles que nos amam ( Mateus 5.43-38). Portanto, ainda que tenhamos aos olhos da sociedade o direito de amar quem nós quisermos, a vontade do Pai é que amemos a todos, inclusive os que pensam diferente de nós, os que nos machucam, os que nos perseguem.
José tinha o direito de dizer não a Deus, mas pela fé confiou na Palavra e se lançou para experimentar a vontade do Pai.
Que o Senhor nos ensine a submeter nossos desejos e direitos ao plano dele para nossas vidas, de forma que nunca deixemos de experimentar a sua boa, perfeita e agradável vontade.
São pouquíssimas as informações que temos sobre José. Não sabemos ao certo quando ele morreu e até qual período da vida ele pôde acompanhar Jesus. Mas o pouco que temos nos traz um dos maiores ensinamentos sobre alguém que abriu mão dos seus direitos para buscar a vontade de Deus em primeiro lugar.
Por estarmos acostumados com a história, muitas vezes corremos o risco de não perceber a gravidade da situação na qual Maria e José se encontravam. Um noivado naquele contexto já representava basicamente um casamento. Tanto é que pela lei, caso a noiva fosse encontrada em adultério, a punição dada a ela seria a mesma que uma mulher já devidamente casada receberia (Deuteronômio 22.23-24). A conclusão mais óbvia para o caso de José é que sua noiva o havia traído, afinal, eles não tinham tido nenhuma relação sexual, portanto, Maria certamente havia se envolvido com alguém. Sendo assim, pela lei José poderia processá-la, expor o ato de Maria publicamente, assim como mais tarde os fariseus tentaram fazer com a mulher Adúltera (João 8.1-11). Mas não é isso o que ele faz. Por amá-la, ele escolhe se separar de maneira a não expor Maria, pois a lei também dava a ele esse direito. Entretanto, mesmo estando disposto a tomar essa decisão, Deus intervém em sua vida por meio de um sonho, pedindo pra que José mantivesse o casamento, pois o filho que Maria esperava havia sido gerado pelo Espírito Santo e desse bebê viria a salvação do mundo (Mateus 1.21).
Na condição de José certamente poderíamos ser tentados a fazer valer os nossos direitos para não sairmos prejudicados. Além de traído, José poderia se sentir desvalorizado, humilhado. As leis da sua época, inclusive a religiosa (corrompida por alguns equívocos humanos), poderiam ser usadas a seu favor. Apesar de tudo isso, José opta por obedecer ao estranho e aparentemente sem sentido pedido de Deus.
A partir dessa história, algumas reflexões se tornam necessárias: Será que os direitos que a sociedade e o mundo nos ensinam a ter são sempre condizentes com a vontade de Deus? Numa geração que quer tudo, mas não sabe o preço de nada, o sofrimento que muitas vezes encontramos nas curvas da vida pode ser algo inaceitável, afinal, todos têm o direito de serem felizes, custe o que custar. Mas e se pela dor Deus quiser nos ensinar algo? E se a resposta de Deus for pra que esperemos? E se ele quiser nos ensinar através da humilhação, da perda, da vergonha? Não foi por meio da cruz que o próprio Cristo cumpriu a vontade do Pai? Jesus tinha o direito de não se entregar, afinal ele é o próprio Deus, contudo, "não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo." (Filipenses 2.6-7).
Jesus também ensinou que não há nenhum mérito em amar apenas aqueles que nos amam ( Mateus 5.43-38). Portanto, ainda que tenhamos aos olhos da sociedade o direito de amar quem nós quisermos, a vontade do Pai é que amemos a todos, inclusive os que pensam diferente de nós, os que nos machucam, os que nos perseguem.
José tinha o direito de dizer não a Deus, mas pela fé confiou na Palavra e se lançou para experimentar a vontade do Pai.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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