Palavra do leitor
- 17 de fevereiro de 2021
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Mentalidade de caranguejo
"Mentalidade de caranguejo" é um termo usado no contexto empresarial, para descrever um perfil de pessoa, que de algum modo tenta "puxar para baixo", alguém da sua equipe que esteja sendo bem-sucedido naquilo que faz.
Essa metáfora foi pensada, a partir da análise do comportamento de caranguejos colocados dentro de um balde, pois sempre que nessa condição algum caranguejo tenta sair dele, os demais o puxam para baixo impedindo a sua saída.
A máxima aqui resume-se na seguinte ideia: "se eu não consigo, você também não conseguirá".
Infelizmente, essa maneira de pensar não acontece apenas na realidade das empresas, aliás, podemos identificar muitas pessoas com uma "mentalidade de caranguejo" em nossas famílias, círculos de amizades e nas Igrejas.
Segundo os psicanalistas, esse não é um comportamento consciente e lógico do ser humano.
Trata-se de um mecanismo inconsciente que é acionado de modo natural e disfarçado de boas intenções. No entanto, convenhamos, não há nada de bom nisso, muito pelo contrário, porque é um comportamento motivado pela inveja, sentimento de insegurança e baixa autoestima.
Acredito que assimilamos esse fato relativamente bem, quando isso procede das pessoas mais distantes, mas o complicado mesmo é o exercício da comunhão, com esse tipo de comportamento mundano nas Igrejas, onde supostamente as pessoas convertidas deveriam agir de modo diferente.
O ponto é que muitos daqueles que são considerados novas criaturas em Cristo, conforme está escrito em 2 Coríntios 5.17, insistem em continuar sendo as mesmas pessoas, sem deixar para trás a mentalidade que se firma nas emoções egoístas presentes em nossa natureza humana.
O sentimento de inferioridade da pessoa que tem uma "mentalidade de caranguejo", a faz agir com desconfiança e boicote, através de pequenas ações aparentemente inofensivas. Geralmente, ela discorda das iniciativas de terceiros, aposta que elas não darão certo e não sabe esconder o sentimento interno de frustração quando isso não acontece.
As consequências desse comportamento na Igreja são destrutivas, onde muitos males derivam de falas que aparentemente se fundamentam no bem.
Acredito que por esse motivo, Paulo tenha escrito em sua carta aos Romanos 12.2-3, em um contexto que ele refere-se às diferentes funções dos membros de um mesmo corpo, que não devemos tomar a forma deste mundo, mas sermos transformados pela renovação da nossa mente, sem que tenhamos um conceito a respeito de nós mesmos além do que convém.
O modo de pensar sobre algo referente ao nosso irmão depende da nossa escolha, e isso significa que devemos racionalizar segundo a medida da nossa fé, em vez de pensar sobre o outro com base em nossas emoções.
Imagine que uma irmã recebeu do Senhor a dádiva de ter uma voz maravilhosa, para ser usada na edificação da Igreja através do ministério de louvor.
Aquele que tem a "mentalidade de caranguejo" dirá: "quem ela pensa que é?", enquanto o que tem a mentalidade renovada pelo Espírito Santo, ficará feliz ao pensar nas muitas vidas, que serão alcançadas por meio desse talento.
Em Filipenses 2.3, onde há uma abordagem a respeito do amor, comunhão no Espírito, alegria pelo mesmo modo de pensar e uma só atitude, Paulo diz que não devemos fazer nada por ambição egoísta ou vaidade, mas sim considerarmos humildemente os outros como sendo superiores a nós mesmos.
Quem tem a mente de Cristo, enxerga as coisas do alto a partir de uma perspectiva espiritual, e não alimenta sentimentos carnais que deveriam ter sido enterrados, durante o sepultamento de seu "velho homem" que aconteceu por ocasião do batismo.
Nesse sentido, precisamos não apenas identificar e valorizar os recursos humanos que temos no corpo de Cristo, mas também reconhecer os dons e talentos individuais, para que a justa cooperação de todos os membros leve a Igreja ao cumprimento da sua missão.
Só um detalhe curioso: caranguejo não anda apenas de lado. Ele é capaz de realizar movimentos para qualquer direção, mas escolhe andar para os lados porque assim se locomove mais rapidamente.
Considerando que pecar pode ser entendido como "errar o alvo", certamente não acertaremos o nosso, se como Igreja escolhermos andar como esse crustáceo, não é mesmo?
Que O Senhor nos ajude a escolher andar na direção certa, não com uma "mentalidade de caranguejo", mas sim com a mente de Cristo, amém.
Versão em áudio.
Essa metáfora foi pensada, a partir da análise do comportamento de caranguejos colocados dentro de um balde, pois sempre que nessa condição algum caranguejo tenta sair dele, os demais o puxam para baixo impedindo a sua saída.
A máxima aqui resume-se na seguinte ideia: "se eu não consigo, você também não conseguirá".
Infelizmente, essa maneira de pensar não acontece apenas na realidade das empresas, aliás, podemos identificar muitas pessoas com uma "mentalidade de caranguejo" em nossas famílias, círculos de amizades e nas Igrejas.
Segundo os psicanalistas, esse não é um comportamento consciente e lógico do ser humano.
Trata-se de um mecanismo inconsciente que é acionado de modo natural e disfarçado de boas intenções. No entanto, convenhamos, não há nada de bom nisso, muito pelo contrário, porque é um comportamento motivado pela inveja, sentimento de insegurança e baixa autoestima.
Acredito que assimilamos esse fato relativamente bem, quando isso procede das pessoas mais distantes, mas o complicado mesmo é o exercício da comunhão, com esse tipo de comportamento mundano nas Igrejas, onde supostamente as pessoas convertidas deveriam agir de modo diferente.
O ponto é que muitos daqueles que são considerados novas criaturas em Cristo, conforme está escrito em 2 Coríntios 5.17, insistem em continuar sendo as mesmas pessoas, sem deixar para trás a mentalidade que se firma nas emoções egoístas presentes em nossa natureza humana.
O sentimento de inferioridade da pessoa que tem uma "mentalidade de caranguejo", a faz agir com desconfiança e boicote, através de pequenas ações aparentemente inofensivas. Geralmente, ela discorda das iniciativas de terceiros, aposta que elas não darão certo e não sabe esconder o sentimento interno de frustração quando isso não acontece.
As consequências desse comportamento na Igreja são destrutivas, onde muitos males derivam de falas que aparentemente se fundamentam no bem.
Acredito que por esse motivo, Paulo tenha escrito em sua carta aos Romanos 12.2-3, em um contexto que ele refere-se às diferentes funções dos membros de um mesmo corpo, que não devemos tomar a forma deste mundo, mas sermos transformados pela renovação da nossa mente, sem que tenhamos um conceito a respeito de nós mesmos além do que convém.
O modo de pensar sobre algo referente ao nosso irmão depende da nossa escolha, e isso significa que devemos racionalizar segundo a medida da nossa fé, em vez de pensar sobre o outro com base em nossas emoções.
Imagine que uma irmã recebeu do Senhor a dádiva de ter uma voz maravilhosa, para ser usada na edificação da Igreja através do ministério de louvor.
Aquele que tem a "mentalidade de caranguejo" dirá: "quem ela pensa que é?", enquanto o que tem a mentalidade renovada pelo Espírito Santo, ficará feliz ao pensar nas muitas vidas, que serão alcançadas por meio desse talento.
Em Filipenses 2.3, onde há uma abordagem a respeito do amor, comunhão no Espírito, alegria pelo mesmo modo de pensar e uma só atitude, Paulo diz que não devemos fazer nada por ambição egoísta ou vaidade, mas sim considerarmos humildemente os outros como sendo superiores a nós mesmos.
Quem tem a mente de Cristo, enxerga as coisas do alto a partir de uma perspectiva espiritual, e não alimenta sentimentos carnais que deveriam ter sido enterrados, durante o sepultamento de seu "velho homem" que aconteceu por ocasião do batismo.
Nesse sentido, precisamos não apenas identificar e valorizar os recursos humanos que temos no corpo de Cristo, mas também reconhecer os dons e talentos individuais, para que a justa cooperação de todos os membros leve a Igreja ao cumprimento da sua missão.
Só um detalhe curioso: caranguejo não anda apenas de lado. Ele é capaz de realizar movimentos para qualquer direção, mas escolhe andar para os lados porque assim se locomove mais rapidamente.
Considerando que pecar pode ser entendido como "errar o alvo", certamente não acertaremos o nosso, se como Igreja escolhermos andar como esse crustáceo, não é mesmo?
Que O Senhor nos ajude a escolher andar na direção certa, não com uma "mentalidade de caranguejo", mas sim com a mente de Cristo, amém.
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