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Palavra do leitor

Mensalão: minha vergonha alheia

“A justiça não consiste em ser neutro entre o certo e o errado, mas em descobrir o certo e sustentá-lo, onde quer que ele se encontre, contra o errado.” Theodore Roosevelt

Embora essa definição do ex presidente americano me pareça muito adequada, na realidade, não é o que se verifica. O Decano Celso de Mello cujo voto foi decisivo votou no STF favoravelmente à aceitação dos “embargos infringentes” que, na prática, ensejará novo julgamento. Agora, com dois togados mais, “favoráveis” aos réus. No Brasil, isso é possível.

Um processo que rasteja há sete anos, demandou mais de cinquenta sessões, ainda precisaria garantir ampla defesa aos réus que foram defendidos até por ministros, além de uma plêiade de advogados? Ora, até um ser mononeuronial sabe que mera procrastinação é “argumento” de quem não possui outro; artifício jurídico de defesa do indefensável.

Pior, na explanação do ministro de “notável saber jurídico”, culpou o povo por suas paixões, exaltando o dever racional dos magistrados. Ora, data vênia, usar duas horas de retórica esmerada, porém, vã; tendo como alvo denunciar aos inocentes lesados e acolher artimanha dos culpados desmanchou meu respeito devotado ao jurista.

A impressão comum aos leigos que querem ver a justiça sem “cinquenta tons de cinza”, apenas, preto no branco, é que o “notável saber” desses magistrados serve para embalar lixo em papel celofane, como se, pra presente.

Lembro aqueles filmes sobre julgamentos americanos cujo intróito de meirinho é: “O povo contra fulano”. Mesmo se tratando de crime privado que afronte às leis. Mas, aqui, dado que foi comprovado o desvio de, pelo menos, 170 milhões do dinheiro do povo, seria muito mais cabível a introdução aquela. Com agravante que, além do furto privar todos os serviços possíveis aos seus legítimos donos, foi usado, em grande parte, para violar à democracia solapando à vontade expressa da vítima nas urnas.

“Ás vezes, a justiça é obrigada a tirar a venda dos olhos para poder enxergar o óbvio.” ( Juahrez Alves ) Sim, embora se pensasse que aquela venda na senhora Justiça fosse uma evocação da imparcialidade, agora desconfiamos que seja mesmo, cegueira, quando se trata dos poderosos.

Perguntasse alguém ao Manuel da Padaria como proceder num caso desses e em dez segundos responderia: “Sem chance, foi provado, julgado, defendido, porém, condenado, cadeia e ponto final.” Mas, ao seu Manuel falta o “notável saber”. Ele é apenas uma das vítimas, cujos impostos ajudam ainda a Pagar o salário dos ministros “racionais” de defendem aos clamores da justiça.

Se a justiça não existe para defender aos agravados e punir aos culpados ela não existe para nada; é puro desperdício de tempo e dinheiro. Fosse eu um Ministro probo, como Joaquim Barbosa, por exemplo, acho que renunciaria de vergonha. Sei que há mais quatro que votaram como ele; e que os do outro lado, não se resumem a Celso de Mello. Mas, o decisivo foi ele, que se aposentará ano que vem; para o qual se faziam os mais vistosos encômios. Triste fim de carreira! Um encontro de ocaso com eclipse.

Entretanto, uma dúvida me assalta, dado que também sofro as “paixões” do povo anelando justiça; se nós os pagamos, os Ministros, para fazerem justiça com seu “notável saber” por que somos ignorantes, ao menos isso sabemos? “Tudo o que sei é que nada sei?” Assim, como dizia Sócrates?

Claro que o povo não é composto de filósofos, tampouco, sua voz é a voz de Deus, como se fala. Mas, o "óbvio ululante", como dizia Nelson Rodrigues, quando tratado como complexo deve estar refém de complexos motivos que solapam sua obviedade.

Se a mais alta instância de nossa Justiça se abaixa, as demais acabarão “undergrounds”. Para nós do povo comum, não existe esse negócio de esquerda ou direita, crime comum ou político; para nós, ladrão é ladrão, roube com a mão que roubar, crime é crime, seja com a motivação que for. Aos que temem a Deus, isso é motivo suficiente para respeitar direitos alheios; porém, os que a Ele não atentam, por qual motivo sentir-se-iam compelidos a obedecer leis ainda, depois de tal exemplo de impunidade?

O fato é que estou com vergonha; não sei se, de ser brasileiro, humano, honesto; dizem que em alguns casos podemos sofrer vergonha alheia.

E querem que me preocupe com a espionagem do Tio Sam! Estou receoso com os tentáculos “bolivarianos” que privatizaram o Executivo, tomaram o Congresso, e ideologizaram ao Supremo. Eles não espionam e roubam o mundo por falta de condições técnicas, quando tiverem, farão. Aí, até a liberdade de opinar como inda tenho será tirada. Pior é que o “Gigante” foi drogado e ano que vem, tende a “legitimar” outra vez seus algozes.
Tio Hugo - RS
Textos publicados: 328 [ver]
Site: http://ofarol21.blogspot.com.br

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