Palavra do leitor
- 11 de setembro de 2007
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Menos igreja e mais happy hour
Estou impressionado com a intensa proliferação de templos evangélicos disputando o promissor mercado religioso; quando passo pelas principais ruas da minha cidade domingo à noite não consigo ficar alheio a este fato, diria preocupante. É no mínimo estranho, mas há casos em que duas comunidades distintas funcionam literalmente frente a frente, ou lado a lado.
Tenho a sensação de que a nossa espiritualidade é profundamente dependente da estrutura organizacional do espaço "sagrado", o templo, sem o qual não se consegue "conectar ao sobrenatural".
Estou quase convencido que o melhor da espiritualidade brasileira pode não estar nos grandes, e nem tampouco nos menores templos deste imenso país, ao contrário, acredito que algumas igrejas têm sido um estorvo ao crescimento espiritual de milhares de cristãos.
Acredito que uma autêntica espiritualidade poderia (ou deveria?) surgir de encontros informais e ocasionais, encontros numa pizzaria, churrasco no final de semana com os amigos, um café expresso, um bate papo na rua, no ônibus, etc.
Perdoem-me os mais conservadores, mas estou convencido que a espiritualidade de Jesus está longe da atitude beata de muitos dos freqüentadores dos cultos evangélicos do domingo à noite.
Os evangelhos apresentam um Jesus que viveu plenamente toda a complexidade humana, festejando, chorando, cheio de esperança, cheio de temores, orgulhoso da atitude dos homens, irado com a injustiça humana. Esta vida plena de Jesus segundo os evangelhos nos convida para uma espiritualidade criativa, não domada, que não se curva frente à "retidão do dogma", mas que se enternece pela fragilidade da vida.
Os "santos" freqüentadores do templo e da sinagoga acusaram Jesus de "beberrão e comilão", acredito que ficaram chocados quando o viram comendo e bebendo com os pecadores numa perfeita desarmonia religiosa.
Não são raros os casos em que os programas religiosos escravizam as pessoas roubando-lhes completamente o tempo que deveria ser destinado à família, aos amigos e a si mesmo.
Alguém poderá se escandalizar com esta afirmação, mas a verdade é que Jesus se "sujava" ao interagir com os "sujos", não estou me referindo a atos pecaminosos, estou me referindo ao contato ignorado pela "limpeza" ritualística dos doutores da lei.
A recusa de Jesus em não se enjaular no templo, de resistir ao cabresto do programa religioso e não se prostrar diante da observância cega do dogma deveria pautar nossa espiritualidade.
Portanto me perdoem a ousadia, mas precisamos menos igreja e mais happy hour.
Tenho a sensação de que a nossa espiritualidade é profundamente dependente da estrutura organizacional do espaço "sagrado", o templo, sem o qual não se consegue "conectar ao sobrenatural".
Estou quase convencido que o melhor da espiritualidade brasileira pode não estar nos grandes, e nem tampouco nos menores templos deste imenso país, ao contrário, acredito que algumas igrejas têm sido um estorvo ao crescimento espiritual de milhares de cristãos.
Acredito que uma autêntica espiritualidade poderia (ou deveria?) surgir de encontros informais e ocasionais, encontros numa pizzaria, churrasco no final de semana com os amigos, um café expresso, um bate papo na rua, no ônibus, etc.
Perdoem-me os mais conservadores, mas estou convencido que a espiritualidade de Jesus está longe da atitude beata de muitos dos freqüentadores dos cultos evangélicos do domingo à noite.
Os evangelhos apresentam um Jesus que viveu plenamente toda a complexidade humana, festejando, chorando, cheio de esperança, cheio de temores, orgulhoso da atitude dos homens, irado com a injustiça humana. Esta vida plena de Jesus segundo os evangelhos nos convida para uma espiritualidade criativa, não domada, que não se curva frente à "retidão do dogma", mas que se enternece pela fragilidade da vida.
Os "santos" freqüentadores do templo e da sinagoga acusaram Jesus de "beberrão e comilão", acredito que ficaram chocados quando o viram comendo e bebendo com os pecadores numa perfeita desarmonia religiosa.
Não são raros os casos em que os programas religiosos escravizam as pessoas roubando-lhes completamente o tempo que deveria ser destinado à família, aos amigos e a si mesmo.
Alguém poderá se escandalizar com esta afirmação, mas a verdade é que Jesus se "sujava" ao interagir com os "sujos", não estou me referindo a atos pecaminosos, estou me referindo ao contato ignorado pela "limpeza" ritualística dos doutores da lei.
A recusa de Jesus em não se enjaular no templo, de resistir ao cabresto do programa religioso e não se prostrar diante da observância cega do dogma deveria pautar nossa espiritualidade.
Portanto me perdoem a ousadia, mas precisamos menos igreja e mais happy hour.
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