Palavra do leitor
- 24 de março de 2009
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Mendigando uma migalha de água
Meditando sobre a parábola do rico e de Lázaro (Lucas 16;19-31), pedi ajuda ao nosso Pai Celestial. Passados alguns dias, quando me banhava, a resposta foi sussurrada em meus ouvidos:
-- Percebe a postura do rico. Veja se ele não está mendigando por uma migalha d'água?
De fato, o rico mendigava por uma migalha d'água. Molhe a ponta do seu dedo e venha me refrescar a língua, clamava em tormentos. Uma analogia a penúria de Lázaro, que em meio ao sofrimento, mendigava, desejoso de se fartar com as migalhas que caiam de sua mesa.
O Senhor Jesus em sua narrativa, utiliza a figura de um homem rico, que compreendo como alguém possuidor de recursos, não para condenar a riqueza em si, mas para deixar claro que aquele era um homem de possibilidades, alguém que podia ajudar, que a questão não era financeira.
Mostra também que o rico era um homem religioso e que mesmo confrontado com a tragédia do seu destino, amava, desejava o bem e não se esquecia dos seus cinco irmãos. Entretanto, por ironia, o amor pelos seus cinco irmãos estava no centro da questão. Era um amor afetivo e carinhoso, mas que excluía e não tinha compromisso com o próximo. Um amor sem equidade, que não ultrapassava os limites dos seus vínculos e de seus interesses.
À sua porta, faminto e coberto de chagas, Lázaro, com um aspecto sujo e repugnante, “sem uma aparência digna, merecedora de solidariedade”, desejando tão pouco que tocava o coração de Deus, agonizava fora do alcance dos seus sentimentos.
No cotidiano da vida Deus prova nossos sentimentos, e muitas situações que as circunstancias nos apresentam têm um propósito divino e são preciosas, não apenas para na santidade do amor iluminarmos o mundo, mas também para a nossa edificação e crescimento espiritual.
O Senhor Jesus, cheio de compaixão, nos adverte sobre a forma como nos relacionamos e administramos os mantimentos da vida. Se fiéis no necessário, ou na insegurança do mundo, desprezando o “Amor”, amontoamos e “nos fazemos senhores” dos Seus recursos para nosso exclusivo conforto e regozijo, e muitas vezes também, para nosso próprio sofrimento. Um convite a uma reflexão, à luz das Sagradas Escrituras, sobre a riqueza solitária e a riqueza solidária em todos os níveis e perspectivas da existência.
A lógica de Deus é a lógica do amor. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as Igrejas.
-- Percebe a postura do rico. Veja se ele não está mendigando por uma migalha d'água?
De fato, o rico mendigava por uma migalha d'água. Molhe a ponta do seu dedo e venha me refrescar a língua, clamava em tormentos. Uma analogia a penúria de Lázaro, que em meio ao sofrimento, mendigava, desejoso de se fartar com as migalhas que caiam de sua mesa.
O Senhor Jesus em sua narrativa, utiliza a figura de um homem rico, que compreendo como alguém possuidor de recursos, não para condenar a riqueza em si, mas para deixar claro que aquele era um homem de possibilidades, alguém que podia ajudar, que a questão não era financeira.
Mostra também que o rico era um homem religioso e que mesmo confrontado com a tragédia do seu destino, amava, desejava o bem e não se esquecia dos seus cinco irmãos. Entretanto, por ironia, o amor pelos seus cinco irmãos estava no centro da questão. Era um amor afetivo e carinhoso, mas que excluía e não tinha compromisso com o próximo. Um amor sem equidade, que não ultrapassava os limites dos seus vínculos e de seus interesses.
À sua porta, faminto e coberto de chagas, Lázaro, com um aspecto sujo e repugnante, “sem uma aparência digna, merecedora de solidariedade”, desejando tão pouco que tocava o coração de Deus, agonizava fora do alcance dos seus sentimentos.
No cotidiano da vida Deus prova nossos sentimentos, e muitas situações que as circunstancias nos apresentam têm um propósito divino e são preciosas, não apenas para na santidade do amor iluminarmos o mundo, mas também para a nossa edificação e crescimento espiritual.
O Senhor Jesus, cheio de compaixão, nos adverte sobre a forma como nos relacionamos e administramos os mantimentos da vida. Se fiéis no necessário, ou na insegurança do mundo, desprezando o “Amor”, amontoamos e “nos fazemos senhores” dos Seus recursos para nosso exclusivo conforto e regozijo, e muitas vezes também, para nosso próprio sofrimento. Um convite a uma reflexão, à luz das Sagradas Escrituras, sobre a riqueza solitária e a riqueza solidária em todos os níveis e perspectivas da existência.
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