Palavra do leitor
- 04 de abril de 2011
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Meio evangélico ou evangélico íntegro?
Convencionou-se, especialmente nos últimos anos, rebaixar a moral do assim chamado "meio evangélico" – como se tal coisa existisse.
Críticas que outrora voavam em enxames de fora para dentro, agora confluem de dentro da própria aldeia protestante brasileira.
Apenas duas pequeninas coisas gostaria de aqui refletir.
Uma é que - acho que já bati o suficiente nessa tecla - o problema não é das instituições evangélicas, mas generalizado em todas instituições, ou organizações sociais: escolas, hospitais, empresas, repartições públicas, grêmios, escolas de samba, e o diabo a quatro, onde se reúnem pessoas para estabelecerem regras, estruturas e formalidades.
Sobre isso Jacques Ellul e Ivan Illich já escreveram o suficiente, ainda que nada de surpreendente, pois afinal nós todos intuitivamente já estávamos cansados de saber que quase tudo que a sociedade atual angariou como progresso não passa de uma farsa. E com a igreja ou “meio evangélico”, católico, espírita, ortodoxo, mórmon, ou seja lá qual parcela você queira incluir (ou excluir - não importa) não será diferente, ela estará contaminada por essa tendência maldita das instituições engessadas.
Segunda, é que não se pode apressadamente – como todos nós geralmente fazemos - puxar o chavão, “onde tem gente tem problemas”, e cairmos na resignação. Não, no fundo, problemas tem em todo lugar, até onde mesmo não tem gente. Mas queremos pensar no outro lado, lá, onde tem gente e não necessariamente tem problemas. Sim é possível. Por mais incrível que pareça existem lugares onde as pessoas até mesmo contribuem para a resolução de problemas.
Recapitulando, onde geralmente se diz pejorativamente que o “meio evangélico” é isso ou aquilo, as queixas são aplicáveis a qualquer outro meio. Na associação de bairro não será diferente, na paróquia católica eles passam pelos mesmos problemas, e na creche da esquina, ou no botequim da praça estará ali a sina das organizações humanas – com suas hierarquias, tomadas de decisões, jogos de poderes, distribuição de tarefas, e etc. Coisas que roubam a espontaneidade da vida.
Nossa ilusão é acharmos que só porque dizermos-nos santos, acharmos que assim é ou será.
Por outro lado é sempre importante encararmos os desafios locais, os problemas localizados, e de forma honesta e corajosa rever as lógicas dos relacionamentos em jogo e tentar reinventá-los, para que se tornem mais humanos e menos mecanizados.
Ness ponto a integridade proposta pelos evangelhos pode contribuir muito. Desde que colocada em prática.
Mas quem é idôneo para essas coisas?
Críticas que outrora voavam em enxames de fora para dentro, agora confluem de dentro da própria aldeia protestante brasileira.
Apenas duas pequeninas coisas gostaria de aqui refletir.
Uma é que - acho que já bati o suficiente nessa tecla - o problema não é das instituições evangélicas, mas generalizado em todas instituições, ou organizações sociais: escolas, hospitais, empresas, repartições públicas, grêmios, escolas de samba, e o diabo a quatro, onde se reúnem pessoas para estabelecerem regras, estruturas e formalidades.
Sobre isso Jacques Ellul e Ivan Illich já escreveram o suficiente, ainda que nada de surpreendente, pois afinal nós todos intuitivamente já estávamos cansados de saber que quase tudo que a sociedade atual angariou como progresso não passa de uma farsa. E com a igreja ou “meio evangélico”, católico, espírita, ortodoxo, mórmon, ou seja lá qual parcela você queira incluir (ou excluir - não importa) não será diferente, ela estará contaminada por essa tendência maldita das instituições engessadas.
Segunda, é que não se pode apressadamente – como todos nós geralmente fazemos - puxar o chavão, “onde tem gente tem problemas”, e cairmos na resignação. Não, no fundo, problemas tem em todo lugar, até onde mesmo não tem gente. Mas queremos pensar no outro lado, lá, onde tem gente e não necessariamente tem problemas. Sim é possível. Por mais incrível que pareça existem lugares onde as pessoas até mesmo contribuem para a resolução de problemas.
Recapitulando, onde geralmente se diz pejorativamente que o “meio evangélico” é isso ou aquilo, as queixas são aplicáveis a qualquer outro meio. Na associação de bairro não será diferente, na paróquia católica eles passam pelos mesmos problemas, e na creche da esquina, ou no botequim da praça estará ali a sina das organizações humanas – com suas hierarquias, tomadas de decisões, jogos de poderes, distribuição de tarefas, e etc. Coisas que roubam a espontaneidade da vida.
Nossa ilusão é acharmos que só porque dizermos-nos santos, acharmos que assim é ou será.
Por outro lado é sempre importante encararmos os desafios locais, os problemas localizados, e de forma honesta e corajosa rever as lógicas dos relacionamentos em jogo e tentar reinventá-los, para que se tornem mais humanos e menos mecanizados.
Ness ponto a integridade proposta pelos evangelhos pode contribuir muito. Desde que colocada em prática.
Mas quem é idôneo para essas coisas?
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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