Palavra do leitor
- 24 de novembro de 2014
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Meia-verdade!
Foi na segunda grande guerra mundial, 1939/45, quando a Alemanha invadiu a Polônia, a qual teve seu território dividido com a URSS; em 1942 os judeus poloneses ficaram confinados em guetos ou fugiram para evitar seu extermínio nos campos de concentrações.
Conta-se, que os judeus poloneses, foram expulsos da União Soviética, e uma grande parte deles voltou para a sua terra de origem, aquela que Deus lhes deu em possessão PERPÉTUA (Gn 48 4).
Saindo, às pressas, o judeu Salomon [nome fictício] além das malas, sacos e sacolas, levou consigo um busto de Joseph Stalin, este responsável pelos tristes acontecimentos não só para Salomon como para milhares deles exterminados em campos de concentrações.
Na barreira de identificação, um soldado russo perguntou-lhe: “o que é isso que você está levando?” – Salomon então disse: “Você deveria perguntar não ‘o que é isso’, mas ‘quem é esse’?” e continuou: “saiba que é um busto de um grande homem, que tem feito muito por esse povo sofrido: o “camarada” Joseph Stalin. Vou levá-lo para não me esquecer dele”.
O soldado, então, aquiesceu e deixou-o passar, seguindo viagem rumo à sua terra natal; em chegando lá [Tel Aviv/Israel], novamente na barreira de identificação, ele foi detido e o oficial israelense lhe perguntou: “o que é isso que você traz consigo?” – disse o judeu: “você não deveria perguntar ‘o que é isso’? mas sim ‘quem é esse’?” – a autoridade, então, reconheceu que teria que perguntar ‘quem é?”, e assim o fez.
Salomon, então, disse: “esse é um ditador sanguinário, perverso, a quem devemos muita infelicidade em nossas vidas, milhares de conterrâneos não tiveram tempo de fugir e ficaram retidos em campos de concentrações ou foram mortos em campos de extermínio; trago-o para contar aos meus parentes sobre ele e mostrar-lhes a sua fisionomia malévola!” – “pode passar, disse o fiscal de barreira, você está em Israel, e aqui há liberdade!”
Ao sair dali, em direção à rua, seu sobrinho que viera lhe buscar, ajudou a carregar a bagagem e, chegando em casa, o tio foi acomodando seus pertences sobre a cama, dentro de um armário e no chão.
O sobrinho, então, pergunta “quem é esse que você trouxe?” ao que o tio responde:
“você deveria perguntar ‘o que é isso’? e não ‘quem é esse’!” [o jogo virou] – o sobrinho, muito respeitoso, indaga: “o que é isso?”, e o idoso tio lhe responde: “12 kilos de ouro puro!”
Ou seja, com semi-verdades, em duas versões, logrou ele êxito no seu intento de sair da URSS e chegar à sua terra de origem, Israel, com uma riqueza muito expressiva; coisas dessa natureza, creio, têm sido suficientes para que muita gente ache válido usar meias-verdades, ou seja, mentiras em casos de riscos, em situação na qual a verdade poderá complicar-lhes a vida.
Vi-me, há uns 12 anos, numa “saia justa”, mas havia umas 4 semi-verdades que poderiam ser bem aceitas, e uma verdade pura que poderia prejudicar-me; optei por ela e, pela graça de Deus, foi aceita sem desdobramentos indesejados.
É verdade que a Escritura Sagrada não esconde os malfeitos de seus personagens, não os varre para debaixo do tapete, conforme já tive oportunidade de dizer em texto anterior.
A título de exemplo, temos a história de Abraão que, em Gerar, apresentou sua esposa Sara como sua irmã e, ao ser descoberto, alegou que teve receio caso informasse ser sua esposa, tendo em vista que poderiam matá-lo para ficar com ela (Gn 20 1-18); era uma meia-verdade tendo em vista que Sara era sua irmã, de fato, filha de seu pai.
O mesmo aconteceu com Isaque, filho de Abraão e Sara, também em Gerar, que declarou que Rebeca, sua esposa, era sua irmã, com receio de que fosse morto para possuírem-na (Gn 26 7).
Ainda assim, como ocorrera com seu pai, Isaque foi abençoado por Deus (v. 12).
Havia [há] da parte de Deus, unilateralmente, a respeito de Abraão, Isaque e Jacó [Israel] um pacto eterno [promessa] de fazer deles uma grande nação, dar-lhes uma terra em caráter PERPÉTUO, e abençoar os que os abençoam e amaldiçoar os que os amaldiçoam [Gn. 4.32-37; 12.1-3,7; 13.15; 15.18; 17.7-8; 17.21; 22.17-18; 24.7; 26. 3-4,24; 27.29; 28.14, Sl 105 5-11 entre outros textos].
"Deus não é homem para que minta!" (Nm 23 19).
Já no Novo Testamento temos a história de Ananias e Safira que venderam uma propriedade e combinaram reter uma parte para si, entregando apenas o restante aos pés dos apóstolos; o apóstolo Pedro lhes disse, em momentos diferentes [3 horas]
“Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5 2), e, ambos, ao ouvirem essa palavra, caíram mortos (v. 4).
Havia também, nesse episódio, após o Pentecoste, um pacto [unilateral] daquele povo de vender as suas posses e entregar tudo na Casa de Deus, com vistas a serem repartidas entre todos [At 2. 42-47].
Finalmente, não podemos esquecer, em nossas ações, que o Senhor Jesus falando, certa feita, a respeito de juramento, disse: “Seja, porém a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disso passar vem do maligno” (Mt 5 37).
Conta-se, que os judeus poloneses, foram expulsos da União Soviética, e uma grande parte deles voltou para a sua terra de origem, aquela que Deus lhes deu em possessão PERPÉTUA (Gn 48 4).
Saindo, às pressas, o judeu Salomon [nome fictício] além das malas, sacos e sacolas, levou consigo um busto de Joseph Stalin, este responsável pelos tristes acontecimentos não só para Salomon como para milhares deles exterminados em campos de concentrações.
Na barreira de identificação, um soldado russo perguntou-lhe: “o que é isso que você está levando?” – Salomon então disse: “Você deveria perguntar não ‘o que é isso’, mas ‘quem é esse’?” e continuou: “saiba que é um busto de um grande homem, que tem feito muito por esse povo sofrido: o “camarada” Joseph Stalin. Vou levá-lo para não me esquecer dele”.
O soldado, então, aquiesceu e deixou-o passar, seguindo viagem rumo à sua terra natal; em chegando lá [Tel Aviv/Israel], novamente na barreira de identificação, ele foi detido e o oficial israelense lhe perguntou: “o que é isso que você traz consigo?” – disse o judeu: “você não deveria perguntar ‘o que é isso’? mas sim ‘quem é esse’?” – a autoridade, então, reconheceu que teria que perguntar ‘quem é?”, e assim o fez.
Salomon, então, disse: “esse é um ditador sanguinário, perverso, a quem devemos muita infelicidade em nossas vidas, milhares de conterrâneos não tiveram tempo de fugir e ficaram retidos em campos de concentrações ou foram mortos em campos de extermínio; trago-o para contar aos meus parentes sobre ele e mostrar-lhes a sua fisionomia malévola!” – “pode passar, disse o fiscal de barreira, você está em Israel, e aqui há liberdade!”
Ao sair dali, em direção à rua, seu sobrinho que viera lhe buscar, ajudou a carregar a bagagem e, chegando em casa, o tio foi acomodando seus pertences sobre a cama, dentro de um armário e no chão.
O sobrinho, então, pergunta “quem é esse que você trouxe?” ao que o tio responde:
“você deveria perguntar ‘o que é isso’? e não ‘quem é esse’!” [o jogo virou] – o sobrinho, muito respeitoso, indaga: “o que é isso?”, e o idoso tio lhe responde: “12 kilos de ouro puro!”
Ou seja, com semi-verdades, em duas versões, logrou ele êxito no seu intento de sair da URSS e chegar à sua terra de origem, Israel, com uma riqueza muito expressiva; coisas dessa natureza, creio, têm sido suficientes para que muita gente ache válido usar meias-verdades, ou seja, mentiras em casos de riscos, em situação na qual a verdade poderá complicar-lhes a vida.
Vi-me, há uns 12 anos, numa “saia justa”, mas havia umas 4 semi-verdades que poderiam ser bem aceitas, e uma verdade pura que poderia prejudicar-me; optei por ela e, pela graça de Deus, foi aceita sem desdobramentos indesejados.
É verdade que a Escritura Sagrada não esconde os malfeitos de seus personagens, não os varre para debaixo do tapete, conforme já tive oportunidade de dizer em texto anterior.
A título de exemplo, temos a história de Abraão que, em Gerar, apresentou sua esposa Sara como sua irmã e, ao ser descoberto, alegou que teve receio caso informasse ser sua esposa, tendo em vista que poderiam matá-lo para ficar com ela (Gn 20 1-18); era uma meia-verdade tendo em vista que Sara era sua irmã, de fato, filha de seu pai.
O mesmo aconteceu com Isaque, filho de Abraão e Sara, também em Gerar, que declarou que Rebeca, sua esposa, era sua irmã, com receio de que fosse morto para possuírem-na (Gn 26 7).
Ainda assim, como ocorrera com seu pai, Isaque foi abençoado por Deus (v. 12).
Havia [há] da parte de Deus, unilateralmente, a respeito de Abraão, Isaque e Jacó [Israel] um pacto eterno [promessa] de fazer deles uma grande nação, dar-lhes uma terra em caráter PERPÉTUO, e abençoar os que os abençoam e amaldiçoar os que os amaldiçoam [Gn. 4.32-37; 12.1-3,7; 13.15; 15.18; 17.7-8; 17.21; 22.17-18; 24.7; 26. 3-4,24; 27.29; 28.14, Sl 105 5-11 entre outros textos].
"Deus não é homem para que minta!" (Nm 23 19).
Já no Novo Testamento temos a história de Ananias e Safira que venderam uma propriedade e combinaram reter uma parte para si, entregando apenas o restante aos pés dos apóstolos; o apóstolo Pedro lhes disse, em momentos diferentes [3 horas]
“Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5 2), e, ambos, ao ouvirem essa palavra, caíram mortos (v. 4).
Havia também, nesse episódio, após o Pentecoste, um pacto [unilateral] daquele povo de vender as suas posses e entregar tudo na Casa de Deus, com vistas a serem repartidas entre todos [At 2. 42-47].
Finalmente, não podemos esquecer, em nossas ações, que o Senhor Jesus falando, certa feita, a respeito de juramento, disse: “Seja, porém a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disso passar vem do maligno” (Mt 5 37).
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