Palavra do leitor
- 03 de agosto de 2023
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Meditando em 2 Pedro 1.1-2
"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor" (2Pe 1:1-2, ARC).
2Pe 1:1. "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo".
A autoria dessa epístola não é identificada simplesmente como Simão Pedro, aquele mesmo que era pescador (Mt 4:18), que negou a Cristo (Mt 26:69ss), mas antes como "servo e apóstolo de Jesus Cristo". A experiência de ter um encontro com Jesus muda identidades, histórias, destinos, de modo tal que se torna, verdadeiramente, uma nova criação (Jo 3:3, 5; 2Co 5:17).
Pedro foi um dos pilares da igreja primitiva (Gl 2:9) e o livro de Atos dedica boa parte de seu conteúdo para falar de seu ministério, no entanto, não é desse modo que se apresenta: antes de mais nada, ele é servo ("escravo", NVT); depois ele é apóstolo; mas não de qualquer um, não de qualquer mestre, mas sim de Jesus Cristo, O Filho Amado – conforme ele ouviu Deus Pai dizer sobre O Messias (2Pe 1:16-18). "aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa". A fé que o alcançara alcançou a outros também. Cada crente é único, mas não somos exclusivos, afinal, a fé é para todos indistintamente: "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens," (Tt 2:11, ARC). É necessário crer! Crer pressupõe que se escute acerca da fé; mas para isso é necessário que se compartilhe, pregue, ensine; e para pregar é preciso ser enviado (Rm 10:13-15). O Mestre já há muito nos conclamou: "Portanto, ide, [...]" (Mt 28:19, ARC). Essa fé não é algo sem valor, na verdade, ela é "preciosa"; o valor não é monetário, mas sim de riqueza espiritual, de importância, preciosidade, até porque a partir da presença – ou ausência – dessa fé é determinado o lugar onde se passará a eternidade (Mc 16:16; Jo 3:16-19, 36). "pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo". A fé supracitada não é comprada, muito menos obtida mediante algum tipo de esforço ou cumprimento de tarefas, essa fé é ganhada, recebida, doada (Ef 2:8-9); essa fé tem origem divina, ela não é terrena; alcançar essa fé perpassa pelos méritos da "justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo". Deus Pai, através da obra e sacrifício do Salvador Jesus Cristo, nos declara justos, isto é, absolvidos da sentença que antes sobre nós pesava, de modo que agora podemos desfrutar da Sua presença e aceitação (Rm 3:23-26). Para se tornar justo e ser aceito pelo Deus Pai, é necessário somente crer no Salvador Jesus Cristo, e crer no Salvador Jesus Cristo somente. Cristo é suficiente (Jo 14:6; At 4:12).
2Pe 1:2. "graça e paz vos sejam multiplicadas".
Graça e paz remetia às maneiras gregas e judias, respectivamente, de se realizar saudações. Graça é o favor imerecido de Deus (Ef 2:1-10); paz é o resultado da reconciliação com O Pai mediante O Filho (Rm 5:1-2), Filho Este que concede Sua paz (Jo 14:27). Pedro deseja aos ouvintes que ambas sejam multiplicadas em suas vidas. "pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor".
A graça e paz desejadas seriam multiplicadas na vida dos ouvintes na medida que "[...] crescem no conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor" (2Pe 1:2, NVT). Não se refere a qualquer conhecimento; antes era um conhecimento específico, o de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Moody explica que aqui reverbera a apologética cristã contra o gnosticismo da época. Verdadeiramente, é em Cristo que "[...] estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2:3, ARC). Mais uma vez, Cristo é suficiente. Também, não podemos deixar esquecer que, no Antigo Testamento, "conhecer" não era apenas um ato intelectual, apontava também para relacionamentos (cf. por ex., Gn 4:1). Davi escreve: "Provai e vede que o Senhor é bom [...]" (Sl 34:8; cf. 1Pe 2:3). A medida que O conhecemos, as delícias da Sua presença são multiplicadas em nossas vidas (cf. Sl 16:11).
2Pe 1:1. "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo".
A autoria dessa epístola não é identificada simplesmente como Simão Pedro, aquele mesmo que era pescador (Mt 4:18), que negou a Cristo (Mt 26:69ss), mas antes como "servo e apóstolo de Jesus Cristo". A experiência de ter um encontro com Jesus muda identidades, histórias, destinos, de modo tal que se torna, verdadeiramente, uma nova criação (Jo 3:3, 5; 2Co 5:17).
Pedro foi um dos pilares da igreja primitiva (Gl 2:9) e o livro de Atos dedica boa parte de seu conteúdo para falar de seu ministério, no entanto, não é desse modo que se apresenta: antes de mais nada, ele é servo ("escravo", NVT); depois ele é apóstolo; mas não de qualquer um, não de qualquer mestre, mas sim de Jesus Cristo, O Filho Amado – conforme ele ouviu Deus Pai dizer sobre O Messias (2Pe 1:16-18). "aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa". A fé que o alcançara alcançou a outros também. Cada crente é único, mas não somos exclusivos, afinal, a fé é para todos indistintamente: "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens," (Tt 2:11, ARC). É necessário crer! Crer pressupõe que se escute acerca da fé; mas para isso é necessário que se compartilhe, pregue, ensine; e para pregar é preciso ser enviado (Rm 10:13-15). O Mestre já há muito nos conclamou: "Portanto, ide, [...]" (Mt 28:19, ARC). Essa fé não é algo sem valor, na verdade, ela é "preciosa"; o valor não é monetário, mas sim de riqueza espiritual, de importância, preciosidade, até porque a partir da presença – ou ausência – dessa fé é determinado o lugar onde se passará a eternidade (Mc 16:16; Jo 3:16-19, 36). "pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo". A fé supracitada não é comprada, muito menos obtida mediante algum tipo de esforço ou cumprimento de tarefas, essa fé é ganhada, recebida, doada (Ef 2:8-9); essa fé tem origem divina, ela não é terrena; alcançar essa fé perpassa pelos méritos da "justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo". Deus Pai, através da obra e sacrifício do Salvador Jesus Cristo, nos declara justos, isto é, absolvidos da sentença que antes sobre nós pesava, de modo que agora podemos desfrutar da Sua presença e aceitação (Rm 3:23-26). Para se tornar justo e ser aceito pelo Deus Pai, é necessário somente crer no Salvador Jesus Cristo, e crer no Salvador Jesus Cristo somente. Cristo é suficiente (Jo 14:6; At 4:12).
2Pe 1:2. "graça e paz vos sejam multiplicadas".
Graça e paz remetia às maneiras gregas e judias, respectivamente, de se realizar saudações. Graça é o favor imerecido de Deus (Ef 2:1-10); paz é o resultado da reconciliação com O Pai mediante O Filho (Rm 5:1-2), Filho Este que concede Sua paz (Jo 14:27). Pedro deseja aos ouvintes que ambas sejam multiplicadas em suas vidas. "pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor".
A graça e paz desejadas seriam multiplicadas na vida dos ouvintes na medida que "[...] crescem no conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor" (2Pe 1:2, NVT). Não se refere a qualquer conhecimento; antes era um conhecimento específico, o de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Moody explica que aqui reverbera a apologética cristã contra o gnosticismo da época. Verdadeiramente, é em Cristo que "[...] estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2:3, ARC). Mais uma vez, Cristo é suficiente. Também, não podemos deixar esquecer que, no Antigo Testamento, "conhecer" não era apenas um ato intelectual, apontava também para relacionamentos (cf. por ex., Gn 4:1). Davi escreve: "Provai e vede que o Senhor é bom [...]" (Sl 34:8; cf. 1Pe 2:3). A medida que O conhecemos, as delícias da Sua presença são multiplicadas em nossas vidas (cf. Sl 16:11).
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