Palavra do leitor
- 08 de fevereiro de 2015
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Médico bêbado
“Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos; mas, que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30; 12
Uma pecha atual mui difundida é chamar alguém de "sem noção". Se, atribuímos isso a um, qualquer, que mal avalia ações, palavras, quiçá, as consequências dessas, a Palavra de Deus expande a coisa de modo a atingir toda uma geração. Presunção de pureza disfarçando imundície.
De onde se origina tamanha distorção? Ocorre-me uma frase de Henry Lacordaire: “O homem justo é honrado mede seus direitos com a régua de seus deveres.” Parece que o dito cujo é bom nesse negócio de ter noção.
Entretanto, a geração aludida nos Provérbios combina mais com a máxima de Charles Talley-Rand: "O mais lucrativo dos comércios seria comprar os homens pelo que valem e vendê-los pelo que julgam valer." O fato é que somos mui indulgentes para com nossas falhas, enquanto, severos com as alheias.
A medicina age e receita medicamentos em função de um diagnóstico; o qual, deriva da leitura perspicaz dos sintomas; a alma enferma deveria saber ler esses indícios, caso, não fosse desprovida de noção. Muitos cometem coisas abjetas e jactam-se: “Durmo com a consciência tranquila.”
Nesses casos, a consciência, que está para a alma como o médico para o corpo, jaz, cauterizada entorpecida. Se alguém se submetesse à “análise” de um médico bêbado, não deveria estranhar se o tratamento agravasse, invés de sanar eventual doença. De igual modo, confiar no testemunho de uma consciência que, de tão habituada à mesquinhez, não sabe mais a diferença entre isso e bom caráter.
Nossos caracteres não são corretamente mensurados em tempos de calmaria, antes, nos de revezes, quando as coisas vão mal. A presumida integridade de tempo bom pode esvair-se ao assolar uma tempestade.
Fiz pequena reforma em parte da casa, trocando o assoalho antigo por novo. Aparentemente nada de errado havia com o velho tablado; parecia suster tantos quantos coubessem no ambiente. Acontece que, fora atacado por cupins em tempos idos. Meu falecido pai estancara a praga, mas, o dano feito permaneceu na madeira. Mesmo parecendo íntegro num olhar superficial, não consegui tirar nenhuma tábua inteira; todas quebraram ao esforço da ferramenta, pois, sua inteireza era aparente, muitas, sequer para lenha prestaram.
Assim se passa com muitas almas que ostentam presumido caráter, mas, fraquejam vergonhosamente à menor pressão da adversidade. Dessas dolorosas descobertas que vertem máximas como: “A ocasião faz o ladrão.” Na verdade não o faz; é só o “Pé de cabra” que acaba revelando o dano dos cupins da cobiça.
A excelência do caráter de Jó só foi revelado aos homens em meio a imensas agruras. Em seus dias prósperos só era visível ao Eterno. Sabendo de qual “matéria-prima” Seu servo era feito, O Santo permitiu que fosse testado às últimas conseqüências.
Entretanto, aquilo que é patente ao Criador, muitos vezes nos está oculto. Assim, permite que sejamos testados, para que outros, e, sobretudo, nós, saibamos quais valores repousam em nossas almas.
Isso quanto aos que professam crer no Senhor. Os que estão espiritualmente mortos, a preocupação primeira do Senhor é trazê-los à vida.
Aos que afirmam Crer em Jesus, resta uma prova de fogo, como ensina Paulo: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará; porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 a 13
Então, não basta temos a consciência em silêncio; antes, que esteja viva, mesmo quê, eventualmente, nos acuse de erros. Que respeito há no silêncio de um morto?
Claro que é fácil sermos “puros” aos nossos próprios olhos, mas, nosso padrão de pureza é outro; “Quem rejeitar a mim e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12; 48
Enfim, a pureza aos olhos Divinos necessariamente deriva dos preceitos de Sua palavra, como disse o salmista: “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme tua palavra.” Sal 119; 9
Concluindo; pouco importa se gostamos disso ou daquilo, e nada vemos de mal em determinada postura. Se colide com os ensinos da Palavra é imundo aos olhos do Santo. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar...” Hc 1; 13
Muitas gerações abraçaram a perfídia, a violência, a luxúria; mas, nenhuma tanto quanto essa; seja nossa, pois, a advertência de Pedro: “Salvai-vos dessa geração perversa...”
Uma pecha atual mui difundida é chamar alguém de "sem noção". Se, atribuímos isso a um, qualquer, que mal avalia ações, palavras, quiçá, as consequências dessas, a Palavra de Deus expande a coisa de modo a atingir toda uma geração. Presunção de pureza disfarçando imundície.
De onde se origina tamanha distorção? Ocorre-me uma frase de Henry Lacordaire: “O homem justo é honrado mede seus direitos com a régua de seus deveres.” Parece que o dito cujo é bom nesse negócio de ter noção.
Entretanto, a geração aludida nos Provérbios combina mais com a máxima de Charles Talley-Rand: "O mais lucrativo dos comércios seria comprar os homens pelo que valem e vendê-los pelo que julgam valer." O fato é que somos mui indulgentes para com nossas falhas, enquanto, severos com as alheias.
A medicina age e receita medicamentos em função de um diagnóstico; o qual, deriva da leitura perspicaz dos sintomas; a alma enferma deveria saber ler esses indícios, caso, não fosse desprovida de noção. Muitos cometem coisas abjetas e jactam-se: “Durmo com a consciência tranquila.”
Nesses casos, a consciência, que está para a alma como o médico para o corpo, jaz, cauterizada entorpecida. Se alguém se submetesse à “análise” de um médico bêbado, não deveria estranhar se o tratamento agravasse, invés de sanar eventual doença. De igual modo, confiar no testemunho de uma consciência que, de tão habituada à mesquinhez, não sabe mais a diferença entre isso e bom caráter.
Nossos caracteres não são corretamente mensurados em tempos de calmaria, antes, nos de revezes, quando as coisas vão mal. A presumida integridade de tempo bom pode esvair-se ao assolar uma tempestade.
Fiz pequena reforma em parte da casa, trocando o assoalho antigo por novo. Aparentemente nada de errado havia com o velho tablado; parecia suster tantos quantos coubessem no ambiente. Acontece que, fora atacado por cupins em tempos idos. Meu falecido pai estancara a praga, mas, o dano feito permaneceu na madeira. Mesmo parecendo íntegro num olhar superficial, não consegui tirar nenhuma tábua inteira; todas quebraram ao esforço da ferramenta, pois, sua inteireza era aparente, muitas, sequer para lenha prestaram.
Assim se passa com muitas almas que ostentam presumido caráter, mas, fraquejam vergonhosamente à menor pressão da adversidade. Dessas dolorosas descobertas que vertem máximas como: “A ocasião faz o ladrão.” Na verdade não o faz; é só o “Pé de cabra” que acaba revelando o dano dos cupins da cobiça.
A excelência do caráter de Jó só foi revelado aos homens em meio a imensas agruras. Em seus dias prósperos só era visível ao Eterno. Sabendo de qual “matéria-prima” Seu servo era feito, O Santo permitiu que fosse testado às últimas conseqüências.
Entretanto, aquilo que é patente ao Criador, muitos vezes nos está oculto. Assim, permite que sejamos testados, para que outros, e, sobretudo, nós, saibamos quais valores repousam em nossas almas.
Isso quanto aos que professam crer no Senhor. Os que estão espiritualmente mortos, a preocupação primeira do Senhor é trazê-los à vida.
Aos que afirmam Crer em Jesus, resta uma prova de fogo, como ensina Paulo: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará; porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 11 a 13
Então, não basta temos a consciência em silêncio; antes, que esteja viva, mesmo quê, eventualmente, nos acuse de erros. Que respeito há no silêncio de um morto?
Claro que é fácil sermos “puros” aos nossos próprios olhos, mas, nosso padrão de pureza é outro; “Quem rejeitar a mim e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12; 48
Enfim, a pureza aos olhos Divinos necessariamente deriva dos preceitos de Sua palavra, como disse o salmista: “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme tua palavra.” Sal 119; 9
Concluindo; pouco importa se gostamos disso ou daquilo, e nada vemos de mal em determinada postura. Se colide com os ensinos da Palavra é imundo aos olhos do Santo. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar...” Hc 1; 13
Muitas gerações abraçaram a perfídia, a violência, a luxúria; mas, nenhuma tanto quanto essa; seja nossa, pois, a advertência de Pedro: “Salvai-vos dessa geração perversa...”
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