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Palavra do leitor

Masoquismo espiritual

O homem, desde que o mundo é mundo trava a famigerada e eterna luta entre o bem e o mal, entre o que é legal e imoral e por aí afora. Se por um lado, o cotidiano algumas vez traz a gostosa sensação de bem estar, prazer e satisfação, por outro lado, outras emoções se opõem como se fossem uma espécie de punição em que há uma desagradável sensação de mal-estar, culpa, medo de ser punido e angústias.

É um mecanismo inevitável, muitas vezes somos jogados a escolher entre o paraíso e o inferno, mas na verdade, quem sabe, gostamos mesmo é de ficarmos com cada um de nossos pés nesses dois lados, no paraíso e no inferno. O que anda te trazendo alegria, satisfação, aquela deliciosa sensação de que o mundo é maravilhoso e viver é ótimo? Está pleno em sua vida profissional, em sua relação afetiva, ama seu patrão, seu trabalho, seus filhos só te dão alegria, voce curte a natureza, pratica esportes, tem diversão? Parabéns! O paraíso é aqui.

Mas, espere aí, não é bem assim? Odeia seu patrão, seu emprego, odeia sua vida afetiva, morre de ciúmes, não tolera seus filhos, amigos falsos, não tem fé em nada? Então seu mundo esta preto e branco.

E é assim que temos o exemplo de Judas Iscariotes. Como entender a relação de Judas com Jesus e qual é a sua verdadeira culpa? Judas andou, assentou-se à mesa e ouviu do Mestre as palavras que levam a vida eterna, entretanto, optou por outro caminho. O caminho da culpa, do vazio, a sensação de incompletude, de insatisfação que sempre será ''a conta a pagar'' em forma de uma ressaca moral. Estava Judas fadado a esse destino? Era o único culpado pelo beijo traidor? Ou tudo não passou de uma trama celestial? Ficamos a pensar como se sentiu Judas sobre tudo quanto lhe imputaram como procedimento. O pobre coitado ainda é condenado e julgado através dos séculos pelos chamados ''cristãos'' que não cumprem o '' não julgueis os outros para não serdes julgados, porque com o juizo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que medires vos hão de medir a vós'' (Mt 7: 1-2), como se isso fosse pouco, ainda nos dias atuais ele é malhado, humilhado e espetacularmente detonado.

Afinal, a falta de controle de nosso livre arbitrio nos faz enveredar por situações estralhas tal como Judas. Quantas vezes insistimos em fazer parte de um ministério, de uma igreja apenas para ter a sensação de pertencimento a um grupo, para fugirmos de um oco social? Egoísticamente seguimos a multidão e não a Cristo, buscamos sua direção, suas palavras, mas O perdemos de vista. A fé e o afeto de Judas por Cristo eram no começo dignos e nobres e nós como judas, nos entusiasmamos por Cristo, mas deixamos de andar com Ele quando o caminho se torna estreito e com uma corda bamba no meio.

Nesse masoquismo espiritual, a falta de direção nos leva a um real desejo de sair desse inferno, compensação de quem vê a queda de Judas como uma advertência para nós: um homem bom, escolhido e preparado por Deus para realizar uma grande missão, que conviveu intimamente com Jesus e que tendo todas as condições para ser fiel até o fim tinha caído tão fundo.

O que é realmente perigoso nesse masoquismo espiritual é uma consciência deformada. Apenas ela faz com que acordemos e descobrimos com amarga tristeza que muitas vezes agimos como Judas: Todos podemos trair!
Contagem - MG
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