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Palavra do leitor

Marcas de um legítimo cristão

"Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!" (Mateus 6: 23) (NVI).

Não existe nada mais perigoso do que algo falso que tem cara de legítimo e verdadeiro, visto que, ele pode até ter sido feito com um intuito honesto, mas não é autêntico e acaba enganando as pessoas.

Uma igreja, por exemplo, tem a capacidade de provocar justamente isso. Ela foi construída com um propósito legítimo, o pastor prega usando um livro sagrado, mas dependendo da sua teologia e do quanto ele estuda realmente a Bíblia, esta comunidade cristã acaba sendo uma porta para trevas e não para a luz. Por isso que vemos muitas delas mergulhadas em erros, imposições e problemas. Carson pontua que:

"A pessoa cujas trevas são mais densas é aquela que acredita que essas trevas são luz [...]" (2019, p. 89).

É por conta disso que eu insisto tanto em estudarmos sempre a Bíblia. É apenas quando conhecemos este livro sagrado que conseguimos identificar as igrejas que estão bem distantes da palavra de Deus e também entendemos qual deve ser o nosso posicionamento como cristãos. Uma boa igreja tem uma boa teologia e também um pastor centrado. Sendo que, estas são as primeiras marcas de um legítimo cristão, equilíbrio e uma teologia fundamentada na palavra de Deus.

A segunda marca é a humildade. É contraditório alguém ser cristão e, ao mesmo tempo, arrogante. Principalmente porque seguimos um Deus que também serviu e mandou que nós o imitássemos. E não é só isso.

Quem foi realmente alcançado pela graça, é grato a Deus por isso e como consequência, não é arrogante. A gratidão a Deus e a consciência de quem somos e do quanto não merecemos a sua graça, traz humildade para a nossa vida.

A terceira marca é o autoconhecimento, é entender bem quem nós somos, quais são as nossas falhas, dificuldades e também quais são as nossas qualidades para que desta forma, possamos avaliar as nossas atitudes e entendermos que tipo de cristãos estamos sendo. Carson explica que:

"Nós seres humanos, demonstramos uma enorme capacidade de autoengano. Por exemplo, adulteramos a justiça, tornando-a justiça própria — uma arrogância de superioridade moral — e transformamos a perfeição em nossa reputação perfeita. Mas realizamos essa adulteração com tanta habilidade que, na melhor das hipóteses, temos apenas vaga consciência da monstruosidade que forjamos" (2019, p. 109).

Acreditar que estamos sendo luz, sem perceber que estamos mergulhados nas trevas, é um grande perigo. Não entender a dimensão das nossas atitudes é uma das características dos seres humanos, que nem sempre têm consciência do seu autoengano. Na verdade, uma pessoa assim certamente é um indivíduo alheio às suas contradições, que segue, infelizmente, sem perceber seus erros. Por isso que o autoconhecimento é necessário.
Ricardo Barbosa em seu livro Identidade perdida, usando um conceito de Agostinho de Hipona, nos ensina um princípio muito importante, que é ter Cristo como modelo. É inevitável conhecermos primeiro a Jesus Cristo, o Deus que foi o ser humano perfeito, para assim, conseguirmos julgar de uma forma coerente a nossa humanidade. Ele é a base, o ponto de partida e o ser humano perfeito que precisamos ter como padrão (2012, p. 81). Barbosa complementa:

"O duplo conhecimento" de Deus e de nós é uma dádiva da graça de Deus" (2012, p. 82).
Conhecer a Deus e entender quem somos é uma ação totalmente interligada e muito necessária. É inevitável conhecermos a Deus, para assim, conseguirmos nos conhecer. Uma ação depende da outra (2012, p. 81-82). E este é o caminho para conseguirmos ser cristãos equilibrados, ter Jesus Cristo como modelo, e buscar também cultivar o autoconhecimento.

A vida cristã nos traz desafios, não é fácil seguir tanto na contramão do mundo, quanto lidar com os nossos erros e autoenganos, mas precisamos persistir, alicerçados da palavra de Deus e tendo Cristo como exemplo.

Este texto foi originalmente publicado no site Teologia Na Solitude!

Bibliografia
BARBOSA, Ricardo. Identidade perdida. Curitiba: Encontro Publicações, 2012.
CARSON, D. A. O sermão do monte. São Paulo: Vida Nova, 2019.
São José Dos Pinhais - PR
Textos publicados: 3 [ver]
Site: http://www.teologianasolitude.com.br

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