Palavra do leitor
- 05 de julho de 2013
- Visualizações: 2690
- 5 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
Mansidão que só revela covardia
"É nossa tarefa como cristãos (evangélicos ou não), que amamos ao Senhor, nos posicionarmos firmemente contra os absurdos que acontecem dentro ou fora do meio eclesiástico. Onde está nossa ira santa? Nosso zelo? A mídia, muitas vezes, banaliza coisas abomináveis. Assim, a tolerância com coisas intoleráveis passa a ser nosso padrão de conduta. Nos contentamos em orar, em pregar ou escrever sobre o assunto, mas nunca partimos para uma ação concreta. Ou ainda quando agimos, faço isso isoladamente, tranquilizando minha consciência achando assim que “fiz minha parte”.
Antes não entedia bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, que existe uma certa diferença entre o nosso Senhor e Gandhi. Não podemos mais ficar nos escondendo atrás de uma mansidão que só revela covardia, enquanto milhares de inocentes pagam com suas vidas. Uma teologia inteligente e coerente que leve à prática é o que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com esse mundo e os crimes hediondos que nele ocorrem. E somente bem organizados é que conseguiremos agir eficazmente contra os pecadões que estão se alastrando pelo nosso Brasil a fora."
O trecho acima foi publicado em 2007 neste artigo A grande diferença entre pecadinho e pecadão. Não seria estranho constatarmos que o percentual de evangélicos engajados em protestar hoje pelas ruas do Brasil é bem inferior a seu percentual na população brasileira. Dito de outra forma, há uma grande parcela de evangélicos, conservadores, que só quer manter o status quo, pois suas lideranças assim os orientam, embasados em uma teologia suspeita e tendenciosa. Podem até dizer serem contra esse ou aquele governo, mas no que diz respeito às mudanças radicais que o Brasil precisa, são então coniventes com as instituições que aí estão para garantir que nada mude.
Nada garante-nos que os protestos desses dias terminarão em algo bom. E ninguém precisa dessa garantia. O que basta é não nos calarmos e com coragem e sã consciência exigirmos que seja feito justiça, com justiça, nesse país.
De mão beijada ninguém abrirá mão de seus privilégios, de suas regalias, de suas vantagens, de seu patrimônio. Sim, porque para manter a posse disso tudo, muita propina precisou ser paga, muito recurso desviado, muito subsídio garantido.
Gandhi precisou ser uma alma iluminada (dessas que aparecem uma a cada milênio) para conseguir arrancar a Índia e o Paquistão das mãos dos ingleses. Sobrou-lhe imaginação para idealizar protestos pacíficos que demonstrassem um ideal melhor de sociedade para aqueles povos. Um ideal de liberdade. E foi assassinado sem ver a unificação que queria.
Também não precisaremos passar por Martin Luther King e outros tantos grandes revolucionários para chegarmos à conclusão de que para se realizar um sonho é preciso muito mais do que um sonho e belas palavras – ainda que ambos sejam imprescindíveis.
As palavras de Jesus na Palestina de Herodes foram precedidas da cabeça de João Batista e sucedidas pelo seu próprio corpo crucificado.
Duro é o penhor a ser pago no resgate de um povo, de uma nação.
Quem deseja sequestrar toda uma gente, precisa estar consciente de que se não houver coisa melhor a ser oferecida aos sequestrados, eles logo vão querer voltar para as mãos de seus antigos donos.
A delicadeza do momento está na exatidão do cálculo dos custos necessários para se atingir o resultado esperado: justiça, liberdade, paz, prosperidade. Nada disso será galgado sem sacrifício. E quem estará disposto a pagar tão alto preço? Aqueles que já não possuem nada?
Em matéria de justiça, ninguém melhor do que o cristão (autêntico) para contribuir, na demanda por, e em sua implementação. Pois justiça será bem mais que uma fórmula matemática, ou a proclamação de sentenças no Judiciário. Justiça é a mão de Deus em toda sua bondade e benigidade estendida para todo e qualquer homem.
O momento é especial pois obviamente não se repetirá tão cedo. O gigante já se cansa e já vai adormecendo de novo, e só Deus sabe quando, e nos braços de quem, ele acordará novamente.
Antes não entedia bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, que existe uma certa diferença entre o nosso Senhor e Gandhi. Não podemos mais ficar nos escondendo atrás de uma mansidão que só revela covardia, enquanto milhares de inocentes pagam com suas vidas. Uma teologia inteligente e coerente que leve à prática é o que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com esse mundo e os crimes hediondos que nele ocorrem. E somente bem organizados é que conseguiremos agir eficazmente contra os pecadões que estão se alastrando pelo nosso Brasil a fora."
O trecho acima foi publicado em 2007 neste artigo A grande diferença entre pecadinho e pecadão. Não seria estranho constatarmos que o percentual de evangélicos engajados em protestar hoje pelas ruas do Brasil é bem inferior a seu percentual na população brasileira. Dito de outra forma, há uma grande parcela de evangélicos, conservadores, que só quer manter o status quo, pois suas lideranças assim os orientam, embasados em uma teologia suspeita e tendenciosa. Podem até dizer serem contra esse ou aquele governo, mas no que diz respeito às mudanças radicais que o Brasil precisa, são então coniventes com as instituições que aí estão para garantir que nada mude.
Nada garante-nos que os protestos desses dias terminarão em algo bom. E ninguém precisa dessa garantia. O que basta é não nos calarmos e com coragem e sã consciência exigirmos que seja feito justiça, com justiça, nesse país.
De mão beijada ninguém abrirá mão de seus privilégios, de suas regalias, de suas vantagens, de seu patrimônio. Sim, porque para manter a posse disso tudo, muita propina precisou ser paga, muito recurso desviado, muito subsídio garantido.
Gandhi precisou ser uma alma iluminada (dessas que aparecem uma a cada milênio) para conseguir arrancar a Índia e o Paquistão das mãos dos ingleses. Sobrou-lhe imaginação para idealizar protestos pacíficos que demonstrassem um ideal melhor de sociedade para aqueles povos. Um ideal de liberdade. E foi assassinado sem ver a unificação que queria.
Também não precisaremos passar por Martin Luther King e outros tantos grandes revolucionários para chegarmos à conclusão de que para se realizar um sonho é preciso muito mais do que um sonho e belas palavras – ainda que ambos sejam imprescindíveis.
As palavras de Jesus na Palestina de Herodes foram precedidas da cabeça de João Batista e sucedidas pelo seu próprio corpo crucificado.
Duro é o penhor a ser pago no resgate de um povo, de uma nação.
Quem deseja sequestrar toda uma gente, precisa estar consciente de que se não houver coisa melhor a ser oferecida aos sequestrados, eles logo vão querer voltar para as mãos de seus antigos donos.
A delicadeza do momento está na exatidão do cálculo dos custos necessários para se atingir o resultado esperado: justiça, liberdade, paz, prosperidade. Nada disso será galgado sem sacrifício. E quem estará disposto a pagar tão alto preço? Aqueles que já não possuem nada?
Em matéria de justiça, ninguém melhor do que o cristão (autêntico) para contribuir, na demanda por, e em sua implementação. Pois justiça será bem mais que uma fórmula matemática, ou a proclamação de sentenças no Judiciário. Justiça é a mão de Deus em toda sua bondade e benigidade estendida para todo e qualquer homem.
O momento é especial pois obviamente não se repetirá tão cedo. O gigante já se cansa e já vai adormecendo de novo, e só Deus sabe quando, e nos braços de quem, ele acordará novamente.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 05 de julho de 2013
- Visualizações: 2690
- 5 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados