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Palavra do leitor

Mais que mil!

Diz a voz popular que só valorizamos algo ou alguém depois que os perdemos; exemplificando: na década de 1940, morávamos em Belo Horizonte, rua Talco 122, em uma casa que tinha um imenso quintal: horta, jardim, pomar etc. – depois que mudamos, começamos a sentir falta dos frutos que apodreciam nos pés, pois ninguém os comia [exceto os pássaros].

Há mais de um ano estamos vivendo o momento que chamamos de "pandemia" e a respectiva "quarentena" do "fique em casa", situação que vai afastando as pessoas de atividades do dia a dia: aulas, trabalho, cultos etc.

Quero fixar meu texto na questão espiritual que chamam de vida "religiosa", ou melhor, vida espiritual que, para mim, expressa melhor essa vivência presencial com irmãos na fé, com a Palavra de Deus.

Não houve uma paralização total tendo em vista a criação das "lives", reuniões virtuais diárias – não é a mesma coisa tendo em vista o afastamento físico da família de Deus, que se reunia, pelo menos, uma vez por semana.

"O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; EU, OS TEUS ALTARES, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! (...) um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade" (Salmos 84.3,10).

Este foi, em 1985, o tema do culto de comemoração dos quinze anos de nossa filha, "um dia nos teus átrios vale mais que mil"; como família, conseguimos preservar essa afirmativa, esse "modus vivendi" até hoje, pelo que devemos a Deus o agradecimento constante:

"Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Tessalonicenses 5.18).

Voltando ao início, sentimos falta de muitas coisas que nos foram coibidas pela quarentena, mas a maior perda se refere à comunhão com os irmãos na fé, os cultos presenciais, o louvor congregacional, a edificação espiritual através de palavras que Deus inspira aos pregadores, a ceia que tomamos juntos em um ato de fé em memória do Senhor Jesus:

"E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado com favor de vós" (Lucas 22.19-21).

Ninguém sabe quando a pandemia terá fim, se é que o terá; prognósticos, todavia, fazemos em relação à vida espiritual presencial, tendo em vista, por exemplo, que na área educacional os alunos estão sem motivação para as aulas "on line", os professores em dificuldades de adaptação a uma nova metodologia, a virtual.

Há um receio de "esfriamento" provocado por uma acomodação de "assistir" cultos via computador; assistir é diferente de participar – o Senhor Jesus, em seu sermão profético, disse:

"E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mateus 24.12) – a iniquidade, sabemos todos, cresce a cada momento em proporções inimagináveis; aliada à ausência de edificação espiritual, o final não poderá ser muito auspicioso.

Receios há, também, em relação à apostasia [abandono da fé], condição seguinte ao esfriamento, o que a Palavra de Deus também profetiza:

"Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência" (1 Timóteo 4.1-2) – inegável, também, a existência, hoje, de tais ensinos e enganos.

O Senhor Jesus ensinou: "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará" (Mateus 6.6).

Disse uma mulher ao Senhor Jesus: "Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve orar. Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores" (João 4. 20-24).

Há que se pensar, planejar o que será a Igreja brasileira "póspandêmica" em seguida a essa situação inusitada.

O Senhor Jesus predisse que "haverá tempo e já chegou" que os verdadeiros adoradores o adorarão em espírito e em verdade.

Assim, deverá ser uma vida espiritual no recôndito dos nossos corações, no secreto do nosso quarto; em espírito e em verdade já não mais só no monte, já não mais só em Jerusalém, já não mais só nos átrios, já não mais só nos altares, já não mais só no templos, mas em espírito e em verdade em toda parte, extensões dos nossos quartos, inclusive nos templos, pois "um dia nos teus átrios vale mais que mil!"

Pense nisto!
São Paulo - SP
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