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Palavra do leitor

Mais alegre do que pinto no lixo

Li recentemente o texto de Apocalipse e, por um momento, pensei no nosso contexto atual em qual relação pode ser identificada. Atendo-nos, por enquanto, ao texto sagrado, temos uma riqueza no enredo, das alegorias além da originalidade na essência de sua mensagem, melhor que qualquer estória hollywoodiana, com a imensa vantagem da história do Apocalipse ser a nossa história.

Hoje, em grandes proporções, há uma reação estranha da sociedade, infelizmente, constatada até no meio cristão, que é uma busca frenética pela ficção, por tudo que o imaginário humano puder alcançar. A valorização de mitos emergentes tem marcado a espiritualidade moderna. É a busca pelo transcendente, acredito que isso prova essa necessidade inerente do ser humano em sua insaciável, “odisséia”, que o escraviza. Enquanto isso não for atendido, não há razão, teorias ou sistemas filosóficos e religiosos que possam suprir essa carência.

As fontes para a suplência dessa necessidade, hoje são das mais variadas: Na literatura, a ficção está em alta – quanto mais distante e estranho, sem sentido da realidade e dos fatos, mais sucesso faz, o que importa é o desconhecido, o suspense. Nas músicas, no que é mais popularesco, imperam as sem sentido algum, sobretudo, as que trazem um convite à promiscuidade, que toma certo sentido de aniquilação do que sobrou da moral e dos bons costumes, tendo como alvo as famílias, por exemplo.

Nas produções cinematográficas seguem as mesmas regras das literaturas – Pega-se o autor que mais ousou no imaginário da ficção sem sentido e transforma em sucesso de bilheteria. O próprio Apocalipse não ficou de fora, mas o efeito desejado do autor do Livro não cede a qualquer interpretação barata, ainda que hollywoodiana.

O Rev. John Stott, diz que o mundo, quando em busca dessas respostas acerca de sua transcendência , passa pela igreja sem perceber. (Ouça o Espírito, Ouça o Mundo) O Pastor Ariovaldo nos convoca, pelo texto sagrado, a capitanearmos, como sacerdotes as vozes que glorificarão a Deus, a Jesus.

É preocupante esse comportamento da comunidade cristã, que adoram as figuras dos mitos modernos que vêm ocupando lugar no coração humano, daqueles que já deveriam estar esclarecidos disso. Mas também sei que pra se fazer ouvido hoje, é preciso saber contar a história, e foi esta arte que me motivou a escrever essas linhas, para dizer que já tem gente trabalhando.

Ao escrever este artigo, (inspirei-me no texto do pastor Ariovaldo Ramos Apocalipse 5... “Em outras Palavras”) lembrei-me de um senhor, que, depois de ter vasculhado minhas credenciais, sabendo que eu não havia estudado no exterior, que não falava nenhuma língua (nenhuma mesmo, academicamente, nem a portuguesa), disse-me escrevendo: “você cisca (no texto) que nem pinto no lixo” (Aqui em nossa região, quando alguém está feliz, diz-se estar mais alegre do que pinto no lixo)

Confesso que fiquei contente e gratificado ao ler o texto do Pastor Ariovaldo, e até aceito que estou contente por ter ciscado neste texto, mas discordo de ser comparado ao “pinto no lixo” prefiro ser comparado aos catadores de reciclados - vou explicar: o pinto no lixo está alegre pelo que acha, porém nada faz além - vai comer até morrer, porque acha pra si. - O catador de reciclagem se alegra quando acha em seu lixo, seja textual, teológico, intelectual, como queiram aquilo que, além de já ter sido bem utilizado, ainda tem muito que se aproveitar pra si e para os outros, não podendo ser descartado.

A minha Teologia é de rua, do bate papo na esquina na certeza de que ciscando a gente acha sim, verdadeiras pérolas deixadas por aqueles que foram e são acima de nós.
Campo Gande - MS
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