Palavra do leitor
- 15 de junho de 2013
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Artigo publicado em resposta a Fatias de Homilética, no tablete “PPP”.
Mãe, mestra e monitora da Homilética
A Homilética é empresa “feminina” do lar, mas, não só doméstica, pois tem gente de fora, vivendo como membro da família, ajudando a homens e mulheres pregadores.
1 - A mãe dá autoridade –
§ A Homilética tem a Ética como irmã, mas, MAIS, a Bíblia como matriarca, e a Exegese, como mãe, esta a amamentando, e, até na idade adulta, norteando-a. O sermão deve ser baseado na Bíblia. Se do Texto para o tema, ou, deste para aquele, é secundário, pois o prioritário é ter Exegese, que é a busca do sentido do Texto bíblico, diferente da “eisegese”, que é o “sentido” que se tenta embutir no Texto. § A Homilética, como retórica sagrada, é a mestra da oratória sacra, mostrando-a que o sermão precisa ter base num Texto da Bíblia. Isso, inclusivamente, dá-lhe autoridade. A pregação é mais que palestra – esta pode começar do tema para o Texto, mas aquela deve ser do Texto que até determina o tema –. § Todavia, há ocasiões que o pregador pode partir do tema para o Texto. Voltando do velório do presidente eleito (mas não empossado), Dr. Tancredo de Almeida Neves, fiz um sermão de minhas incursões por ali, sem ser excursões fora da Bíblia; assim pretendi. O livrete da JUERP (...), “Homilética Prática”, de Thomas Hawkins, mostra formas variegadas de pregarmos a Bíblia, até com recursos audiovisuais. § O pregador pode fazer tudo isso, desde que com exegese sadia, pois o Texto bíblico é mais que ponto de partida, enquanto muitos pregadores lêem o Texto, e, logo, fogem dele (Texto como pretexto...). O importante é não se deixar de pregar a Bíblia, independente se se parte do Texto para o tema, ou deste para aquele. § Até para mais segurança, é melhor partir do Texto, pois a pregação é mais que peça de Ética, é exercício de Exegética, sendo melhor partir da matriarca, ajudada pela mãe, desde que esta não nos tire da linha daquela. § Pode ser sermão expositivo (de Texto maior), textual (de versículo), e/ou, temático (de tema, mas, também, com base bíblica). Herculano Gouveia, no seu já muito citado opúsculo, trata disso, e, dos pontos seguintes, bem como prossegue Andrew Watterson Blackwood, que, além do A Preparação de Sermões, tem o “A Preparação de Sermões Bíblicos”, editado pela hispânica Casa Bautista de Publicaciones.
2 - A mestra dá variedade –
§ A Homilética tem a Estética como colega, mas, MAIS, a Bíblia como mestra. A Bíblia ensina como o sermão pode ter beleza, e há, até, peças de oratória sagrada belíssimas nela (o livro O Deus Que Age, de G. Ernest Wright, tradução de Sumio Takatsu, de 1967, da ASTE, ajuda em mais que isso...). Quando o sermão está baseado, diretamente, na Bíblia, ele tem, também, variedade, pois a Bíblia é múltipla nos assuntos. § Quando, numa escola presbiteriana, fiz um módulo de doutorado livre (...) com o luterano dr. Rudi Zimmer, líder mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (...), ele nos mostrou como os luteranos, com calendário de pregações que contempla toda a Bíblia, podem pregar toda Escritura. § Isso é positivo, até para corrigir a tendência que pregadores temos de gostar dum tipo de Texto, com isso não tendo espaço para outros. O pregador precisa policiar isso – uns pregam mais nos Profetas, outros nas narrativas do Evangelho e outros em Paulo –. § Deve-se procurar pregar toda a Bíblia, não deixando que temas e outras preocupações nos levem à via inversa – do momento para a Bíblia –, ao invés do que se espera: Dela para outros pontos. § E isso traz variedade. Além do próprio calendário que Blackwood – no seu 1º livro mencionado! – propõe, e que aprendemos com luteranos, nós mesmos devemos trabalhar nosso calendário (mais que litúrgico!!) que, em si, já deve ser variado!!!...
3 - A monitora dá unidade –
§ A Homilética tem a Esquelética como secretária, mas-MAIS, a Bíblia como monitora da unidade, pois o sermão, baseado num Texto, como exercício exegético, do mais simples e superficial, ao mais elaborado e profundo, mostra unidade; Gouveia ecoa em minha memória que basear num Texto faz as aparentes brigonas e desafinadas variedade e unidade conviverem real e harmoniosamente; Gouveia cita alguém que mostra que o sermão é o tema desenvolvido, e este aquele reduzido, ou, vice-versa. § Essa unidade que o Texto bíblico já tem, deve ser passada para o esboço ou esquema, o esqueleto para se colocar carne ou conteúdo. § Meu sermão tem esquelética, mas, ao invés de levar papel pro púlpito, levo o esboço na cabeça. Mas, ele é indispensável, pois o sermão, diferente de conversa, tem um tema só, e a ele deve obedecer, o esqueleto sustentando o corpo de assuntos. § Respeitando os livros de esboços, que ajudam iniciantes (ou, mesmo quem tem dificuldade em esquematizar!), penso ser melhor cada um ir à Bíblia, e, ver a unidade, lá, e, logo, fazer seu esboço!!!
Então, os empreendimentos homiléticos estão a serviço da Bíblia, sendo descendente e filha dela, e, aluna e colega, que ouve e faz-se ouvir a matriarca com atenção.
(Tripas / tri-Paz – 280).
1 - A mãe dá autoridade –
§ A Homilética tem a Ética como irmã, mas, MAIS, a Bíblia como matriarca, e a Exegese, como mãe, esta a amamentando, e, até na idade adulta, norteando-a. O sermão deve ser baseado na Bíblia. Se do Texto para o tema, ou, deste para aquele, é secundário, pois o prioritário é ter Exegese, que é a busca do sentido do Texto bíblico, diferente da “eisegese”, que é o “sentido” que se tenta embutir no Texto. § A Homilética, como retórica sagrada, é a mestra da oratória sacra, mostrando-a que o sermão precisa ter base num Texto da Bíblia. Isso, inclusivamente, dá-lhe autoridade. A pregação é mais que palestra – esta pode começar do tema para o Texto, mas aquela deve ser do Texto que até determina o tema –. § Todavia, há ocasiões que o pregador pode partir do tema para o Texto. Voltando do velório do presidente eleito (mas não empossado), Dr. Tancredo de Almeida Neves, fiz um sermão de minhas incursões por ali, sem ser excursões fora da Bíblia; assim pretendi. O livrete da JUERP (...), “Homilética Prática”, de Thomas Hawkins, mostra formas variegadas de pregarmos a Bíblia, até com recursos audiovisuais. § O pregador pode fazer tudo isso, desde que com exegese sadia, pois o Texto bíblico é mais que ponto de partida, enquanto muitos pregadores lêem o Texto, e, logo, fogem dele (Texto como pretexto...). O importante é não se deixar de pregar a Bíblia, independente se se parte do Texto para o tema, ou deste para aquele. § Até para mais segurança, é melhor partir do Texto, pois a pregação é mais que peça de Ética, é exercício de Exegética, sendo melhor partir da matriarca, ajudada pela mãe, desde que esta não nos tire da linha daquela. § Pode ser sermão expositivo (de Texto maior), textual (de versículo), e/ou, temático (de tema, mas, também, com base bíblica). Herculano Gouveia, no seu já muito citado opúsculo, trata disso, e, dos pontos seguintes, bem como prossegue Andrew Watterson Blackwood, que, além do A Preparação de Sermões, tem o “A Preparação de Sermões Bíblicos”, editado pela hispânica Casa Bautista de Publicaciones.
2 - A mestra dá variedade –
§ A Homilética tem a Estética como colega, mas, MAIS, a Bíblia como mestra. A Bíblia ensina como o sermão pode ter beleza, e há, até, peças de oratória sagrada belíssimas nela (o livro O Deus Que Age, de G. Ernest Wright, tradução de Sumio Takatsu, de 1967, da ASTE, ajuda em mais que isso...). Quando o sermão está baseado, diretamente, na Bíblia, ele tem, também, variedade, pois a Bíblia é múltipla nos assuntos. § Quando, numa escola presbiteriana, fiz um módulo de doutorado livre (...) com o luterano dr. Rudi Zimmer, líder mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (...), ele nos mostrou como os luteranos, com calendário de pregações que contempla toda a Bíblia, podem pregar toda Escritura. § Isso é positivo, até para corrigir a tendência que pregadores temos de gostar dum tipo de Texto, com isso não tendo espaço para outros. O pregador precisa policiar isso – uns pregam mais nos Profetas, outros nas narrativas do Evangelho e outros em Paulo –. § Deve-se procurar pregar toda a Bíblia, não deixando que temas e outras preocupações nos levem à via inversa – do momento para a Bíblia –, ao invés do que se espera: Dela para outros pontos. § E isso traz variedade. Além do próprio calendário que Blackwood – no seu 1º livro mencionado! – propõe, e que aprendemos com luteranos, nós mesmos devemos trabalhar nosso calendário (mais que litúrgico!!) que, em si, já deve ser variado!!!...
3 - A monitora dá unidade –
§ A Homilética tem a Esquelética como secretária, mas-MAIS, a Bíblia como monitora da unidade, pois o sermão, baseado num Texto, como exercício exegético, do mais simples e superficial, ao mais elaborado e profundo, mostra unidade; Gouveia ecoa em minha memória que basear num Texto faz as aparentes brigonas e desafinadas variedade e unidade conviverem real e harmoniosamente; Gouveia cita alguém que mostra que o sermão é o tema desenvolvido, e este aquele reduzido, ou, vice-versa. § Essa unidade que o Texto bíblico já tem, deve ser passada para o esboço ou esquema, o esqueleto para se colocar carne ou conteúdo. § Meu sermão tem esquelética, mas, ao invés de levar papel pro púlpito, levo o esboço na cabeça. Mas, ele é indispensável, pois o sermão, diferente de conversa, tem um tema só, e a ele deve obedecer, o esqueleto sustentando o corpo de assuntos. § Respeitando os livros de esboços, que ajudam iniciantes (ou, mesmo quem tem dificuldade em esquematizar!), penso ser melhor cada um ir à Bíblia, e, ver a unidade, lá, e, logo, fazer seu esboço!!!
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