Palavra do leitor
- 09 de outubro de 2009
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Lutero e a interpretação da Bíbla
Prezado leitor, em meio a crise teologia que vivemos, onde a autoridade bíblica é colocada de lado, jugo ser extremamente salutar para a Igreja do Senhor Jesus, o resgate da interpretação bíblica do Pai da Reforma Protestante.
O povo evangélico se encontra perdido, desorientado por interpretações nefastas que prejudicam a fé evangélica. Neste contexto, sigamos o exemplo de Lutero que em tempos de incertezas teológicas, voltou à origem de sua fé, a Palavra de Deus.
Para Lutero, a Bíblia é a autoridade máxima que está acima das tradições, dos papas, dos concílios, e das emoções. Ela é a norma determinadora para todas as decisões de fé e da vida.
Lutero de modo intenso estudou as Escrituras sempre com a preocupação de chegar ao sentido mais claro e puro de cada passagem. O método hermenêutico escolhido para isso foi o literal ou gramático histórico, uma vez que para ele, o Espírito Santo é o escritor mais simples que existiu no céu e na terra, razão pela qual também as suas palavras não podem ter senão um sentido simples, o qual chamamos sentido escrito ou literal.
Seguindo essa nova linha de interpretação, ele rompe com a hermenêutica em voga na Idade Média, que fazendo uso da quadriga dizia que cada passagem das Escrituras deveria ser analisada nos quatro sentidos seguintes:
(1) Sentido literal ou gramático histórico; (2) Sentido alegórico ou espiritual,(3) Sentido tropológico ou moral; (4) Sentido anagogico ou escatológico.
Lutero sempre criticou os exegetas da escolástica em termo bem duros. Ele via um grande perigo no método alegórico, e culpava Jerônimo e Orígenes, como responsáveis pela predileção desse método por parte da Igreja. Na verdade Lutero dizia que a exegese alegórica eclipsava o real sentido das Escrituras, a saber: o sentido cristológico, em um comentário atualíssimo ele alude: “Conheço o conteúdo das Escrituras, pois elas não contêm outra coisa a não ser o Cristo.” e “aquele que ler a Bíblia deve simplesmente prestar atenção para não errar, pois as Escrituras podem permitir que sejam estendidas e conduzidas, mas que ninguém as conduza de acordo com suas próprias inclinações; antes, que essa pessoa as leve para a fonte, isto é, a cruz de Cristo. Então, certamente acertará o alvo.”
Cristo é o centro e o Senhor das Escrituras, e todas as interpretações das Escrituras devem apontar, promover, tratar e enfatizar Cristo (Christum treibet).
Em decorrência disso, Lutero faz distinções entre os livros da Bíblia, criando de certo modo um novo cânon dentro do cânon já existente. Somente os livros que tratam de Cristo e sua obra contêm poderosa e espiritualmente a palavra de Deus.
Para Lutero o Antigo Testamento não é somente um livro destinado aos Judeus, ele também tem uma mensagem para os cristãos, uma vez que Cristo teria sido anunciado no Antigo Testamento: “Ali encontrarás as fraldas e a manjedoura, na qual Cristo está deitado, para a qual o anjo também orienta os pastores. São fraldas simples e insignificantes, no entanto, caro é o tesouro, Cristo, que nelas está deitado”.
Lutero via um teor puramente cristocêntrico nos Salmos, dizia ele que devemos atribuir cada oração ao próprio Senhor Jesus. Os demais escritos do Antigo Testamento nada mais são do que explicações da lei de Moisés, e Moisés, nada mais pretendem do que levar o povo para Cristo. Se o Antigo Testamento é essencialmente lei para Lutero, o Novo Testamento é o evangelho, as boas novas do Jesus Cristo. Os livros que mais tratam de Cristo são: As Epístolas Paulinas, particularmente Romanos, a primeira Epístola de João, primeira de Pedro e os quatro Evangelhos, principalmente João por descrever magistralmente a fé em Cristo.
Quando Lutero diz que prefere os livros que apresentam a pessoa de Cristo com clareza, é porque para ele a Bíblia tem um teor puramente cristocêntrico, sendo inadmissível que se obscureça a sua presença. Cristo é a própria Palavra de Deus. Dizia ele que as Escrituras Sagradas “são o testemunho inspirado da perfeita revelação de Deus em Jesus Cristo.
Cristo é o centro da interpretação bíblica de Lutero em termos absolutos, uma vez que para ele, somente por meio de Cristo é que se pode conhecer a Deus de modo fidedigno. As Escrituras são sagradas, pelo fato de Cristo ser a própria Palavra de Deus, o Logos que se fez carne.
Lutero crê ser a Bíblia o “Livro do Espírito Santo” para ele todas as palavras são inspiradas pelo Espírito Santo, mesmo que tenha sido escrita por homens.
Um dos aspectos marcantes em Lutero é a sua incondicional obediência a autoridade bíblica. Ele era extremamente disciplinado em procurar o real significado da mensagem bíblica para obedecê-la. De fato sua razão estava cativa a Palavra de Deus. Ele deixou marcas indeléveis na história do pensamento cristão, e na vida de milhões e milhões de pessoas. Tudo isso se deu pela sua irrestrita submissão á infalível Palavra de Deus.
Que o Senhor nos dê o bom entendimento de sua Palavra.
Ig. Batista Castanheira
O povo evangélico se encontra perdido, desorientado por interpretações nefastas que prejudicam a fé evangélica. Neste contexto, sigamos o exemplo de Lutero que em tempos de incertezas teológicas, voltou à origem de sua fé, a Palavra de Deus.
Para Lutero, a Bíblia é a autoridade máxima que está acima das tradições, dos papas, dos concílios, e das emoções. Ela é a norma determinadora para todas as decisões de fé e da vida.
Lutero de modo intenso estudou as Escrituras sempre com a preocupação de chegar ao sentido mais claro e puro de cada passagem. O método hermenêutico escolhido para isso foi o literal ou gramático histórico, uma vez que para ele, o Espírito Santo é o escritor mais simples que existiu no céu e na terra, razão pela qual também as suas palavras não podem ter senão um sentido simples, o qual chamamos sentido escrito ou literal.
Seguindo essa nova linha de interpretação, ele rompe com a hermenêutica em voga na Idade Média, que fazendo uso da quadriga dizia que cada passagem das Escrituras deveria ser analisada nos quatro sentidos seguintes:
(1) Sentido literal ou gramático histórico; (2) Sentido alegórico ou espiritual,(3) Sentido tropológico ou moral; (4) Sentido anagogico ou escatológico.
Lutero sempre criticou os exegetas da escolástica em termo bem duros. Ele via um grande perigo no método alegórico, e culpava Jerônimo e Orígenes, como responsáveis pela predileção desse método por parte da Igreja. Na verdade Lutero dizia que a exegese alegórica eclipsava o real sentido das Escrituras, a saber: o sentido cristológico, em um comentário atualíssimo ele alude: “Conheço o conteúdo das Escrituras, pois elas não contêm outra coisa a não ser o Cristo.” e “aquele que ler a Bíblia deve simplesmente prestar atenção para não errar, pois as Escrituras podem permitir que sejam estendidas e conduzidas, mas que ninguém as conduza de acordo com suas próprias inclinações; antes, que essa pessoa as leve para a fonte, isto é, a cruz de Cristo. Então, certamente acertará o alvo.”
Cristo é o centro e o Senhor das Escrituras, e todas as interpretações das Escrituras devem apontar, promover, tratar e enfatizar Cristo (Christum treibet).
Em decorrência disso, Lutero faz distinções entre os livros da Bíblia, criando de certo modo um novo cânon dentro do cânon já existente. Somente os livros que tratam de Cristo e sua obra contêm poderosa e espiritualmente a palavra de Deus.
Para Lutero o Antigo Testamento não é somente um livro destinado aos Judeus, ele também tem uma mensagem para os cristãos, uma vez que Cristo teria sido anunciado no Antigo Testamento: “Ali encontrarás as fraldas e a manjedoura, na qual Cristo está deitado, para a qual o anjo também orienta os pastores. São fraldas simples e insignificantes, no entanto, caro é o tesouro, Cristo, que nelas está deitado”.
Lutero via um teor puramente cristocêntrico nos Salmos, dizia ele que devemos atribuir cada oração ao próprio Senhor Jesus. Os demais escritos do Antigo Testamento nada mais são do que explicações da lei de Moisés, e Moisés, nada mais pretendem do que levar o povo para Cristo. Se o Antigo Testamento é essencialmente lei para Lutero, o Novo Testamento é o evangelho, as boas novas do Jesus Cristo. Os livros que mais tratam de Cristo são: As Epístolas Paulinas, particularmente Romanos, a primeira Epístola de João, primeira de Pedro e os quatro Evangelhos, principalmente João por descrever magistralmente a fé em Cristo.
Quando Lutero diz que prefere os livros que apresentam a pessoa de Cristo com clareza, é porque para ele a Bíblia tem um teor puramente cristocêntrico, sendo inadmissível que se obscureça a sua presença. Cristo é a própria Palavra de Deus. Dizia ele que as Escrituras Sagradas “são o testemunho inspirado da perfeita revelação de Deus em Jesus Cristo.
Cristo é o centro da interpretação bíblica de Lutero em termos absolutos, uma vez que para ele, somente por meio de Cristo é que se pode conhecer a Deus de modo fidedigno. As Escrituras são sagradas, pelo fato de Cristo ser a própria Palavra de Deus, o Logos que se fez carne.
Lutero crê ser a Bíblia o “Livro do Espírito Santo” para ele todas as palavras são inspiradas pelo Espírito Santo, mesmo que tenha sido escrita por homens.
Um dos aspectos marcantes em Lutero é a sua incondicional obediência a autoridade bíblica. Ele era extremamente disciplinado em procurar o real significado da mensagem bíblica para obedecê-la. De fato sua razão estava cativa a Palavra de Deus. Ele deixou marcas indeléveis na história do pensamento cristão, e na vida de milhões e milhões de pessoas. Tudo isso se deu pela sua irrestrita submissão á infalível Palavra de Deus.
Que o Senhor nos dê o bom entendimento de sua Palavra.
Ig. Batista Castanheira
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