Palavra do leitor
- 21 de julho de 2012
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"Línguas de fogo": o fogo estranho
“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará”. Mat 3; 11 e 12
Um tema recorrente no meio evangélico são os tais “cultos de fogo” ou, as “línguas de fogo” que seriam demonstrações práticas de poder espiritual.
A única “base bíblica” para essa pretensão, é o conhecido texto de Atos 2 onde, por ocasião do Batismo no Espírito Santo, foram vistas “Línguas como que de fogo” quando os batizados passaram a falar em novas línguas.
Outros eventos de batismo no Espírito são registrados em Atos, mas o fenômeno visível, não mais. Todo estudante de hermenêutica sabe, que doutrinas que têm tal base, não têm nenhuma.
O fogo, não raro, é apresentado como elemento de purificação preferencial, e somente objetos que não o pudessem suportar, seriam purificados com água.
“Toda a coisa que pode resistir ao fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa, todavia se purificará com a água da purificação; mas tudo que não pode resistir ao fogo, fareis passar pela água.” Nm 31; 23
O texto acima sugere que o “fogo” com o qual o Senhor nos batizaria, “queimaria a palha” para separar do trigo. Fácil concluir que trata-se de um agente purificador, não potencializador como é propalado.
Mediante Isaías, Deus dissera: “Eis que te purifiquei, mas, não como a prata, provei-te na fornalha da aflição” Is 48; 10 e Paulo amplia a ideia: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 13
Quando o texto diz que Jesus nos batizaria com o Espírito Santo ( E ) com fogo, está falando de duas coisas separadas. O batismo, Deus em nós; o fogo, nós na disciplina para purificação da morada de Deus. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual...” I Ped 2; 5
O Salvador apresentou Sua própria Palavra como sendo um fogo, agente de separação; “Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?” Luc 12; 49
Não que eu seja adepto do cessacionismo, acho que os dons do Espírito Santo são atuais, pois, não encontro um texto sequer que me autorize a crer diverso disso; agora, essas gritarias desordenadas, essas bagunças emocionais que descambam para o ridículo que alguns chamam de “Cultos de fogo”, não passam de cegueira teológica; drogados emocionais, lavrando vastos campos para plantação do engano, chamando ao inimigo para bailar, antes, que glorificando a Deus.
O evento de atos 2, deve ser avaliado noutro arcabouço. Tiago ensina: “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Tg 3; 8
A ambiguidade de verter bênção e maldição de mesma fonte torna impura a língua do homem, e além de ser um contraponto a Babel, onde Deus confundiu para espalhar, agora, Ele simplificava de novo a comunicação, para agregar num mesmo Espírito, a diversidade de nações.
Não existe ensino que devamos falar “línguas de fogo”, tampouco, adorarmos a Deus em “cultos de fogo”, antes, onde houver manifestação espiritual, haja também propósito, razão, decência e ordem. “...sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12; 1
Algum alucinado qualquer decidiu que o dom de línguas é a maior manifestação de poder espiritual e a moda “pegou”.
Ora, no texto onde Paulo apresenta os dons espirituais, os dois primeiros da lista são a Palavra da Sabedoria e Palavra da ciência, não, dom de línguas.
Estevão, o primeiro mártir, em seu discurso de defesa fez um resumo admirável de todas as Escrituras, então existentes, não há registro que tenha falado em línguas, todavia, “não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.” Atos 6; 10
O culto com “fogo estranho” custou a vida aos dois filhos de Aarão.
Mediante Jeremias, as futilidades humanas, sonhos, desejos do coração, são alegorizadas como palha, e a Palavra de Deus, o Fogo que as queima.
“O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o SENHOR. Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiúça a pedra?” Jr 23; 28 e 29
Portanto, se convém apresentar ao Senhor um “culto de fogo” seja a exposição contínua, veraz, e oportuna de Sua Santa Palavra, pois, Ele ordenou: “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.” Lev; 6; 13
Um tema recorrente no meio evangélico são os tais “cultos de fogo” ou, as “línguas de fogo” que seriam demonstrações práticas de poder espiritual.
A única “base bíblica” para essa pretensão, é o conhecido texto de Atos 2 onde, por ocasião do Batismo no Espírito Santo, foram vistas “Línguas como que de fogo” quando os batizados passaram a falar em novas línguas.
Outros eventos de batismo no Espírito são registrados em Atos, mas o fenômeno visível, não mais. Todo estudante de hermenêutica sabe, que doutrinas que têm tal base, não têm nenhuma.
O fogo, não raro, é apresentado como elemento de purificação preferencial, e somente objetos que não o pudessem suportar, seriam purificados com água.
“Toda a coisa que pode resistir ao fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa, todavia se purificará com a água da purificação; mas tudo que não pode resistir ao fogo, fareis passar pela água.” Nm 31; 23
O texto acima sugere que o “fogo” com o qual o Senhor nos batizaria, “queimaria a palha” para separar do trigo. Fácil concluir que trata-se de um agente purificador, não potencializador como é propalado.
Mediante Isaías, Deus dissera: “Eis que te purifiquei, mas, não como a prata, provei-te na fornalha da aflição” Is 48; 10 e Paulo amplia a ideia: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.” I Cor 3; 13
Quando o texto diz que Jesus nos batizaria com o Espírito Santo ( E ) com fogo, está falando de duas coisas separadas. O batismo, Deus em nós; o fogo, nós na disciplina para purificação da morada de Deus. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual...” I Ped 2; 5
O Salvador apresentou Sua própria Palavra como sendo um fogo, agente de separação; “Vim lançar fogo na terra; e que mais quero, se já está aceso?” Luc 12; 49
Não que eu seja adepto do cessacionismo, acho que os dons do Espírito Santo são atuais, pois, não encontro um texto sequer que me autorize a crer diverso disso; agora, essas gritarias desordenadas, essas bagunças emocionais que descambam para o ridículo que alguns chamam de “Cultos de fogo”, não passam de cegueira teológica; drogados emocionais, lavrando vastos campos para plantação do engano, chamando ao inimigo para bailar, antes, que glorificando a Deus.
O evento de atos 2, deve ser avaliado noutro arcabouço. Tiago ensina: “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Tg 3; 8
A ambiguidade de verter bênção e maldição de mesma fonte torna impura a língua do homem, e além de ser um contraponto a Babel, onde Deus confundiu para espalhar, agora, Ele simplificava de novo a comunicação, para agregar num mesmo Espírito, a diversidade de nações.
Não existe ensino que devamos falar “línguas de fogo”, tampouco, adorarmos a Deus em “cultos de fogo”, antes, onde houver manifestação espiritual, haja também propósito, razão, decência e ordem. “...sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rom 12; 1
Algum alucinado qualquer decidiu que o dom de línguas é a maior manifestação de poder espiritual e a moda “pegou”.
Ora, no texto onde Paulo apresenta os dons espirituais, os dois primeiros da lista são a Palavra da Sabedoria e Palavra da ciência, não, dom de línguas.
Estevão, o primeiro mártir, em seu discurso de defesa fez um resumo admirável de todas as Escrituras, então existentes, não há registro que tenha falado em línguas, todavia, “não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.” Atos 6; 10
O culto com “fogo estranho” custou a vida aos dois filhos de Aarão.
Mediante Jeremias, as futilidades humanas, sonhos, desejos do coração, são alegorizadas como palha, e a Palavra de Deus, o Fogo que as queima.
“O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o SENHOR. Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiúça a pedra?” Jr 23; 28 e 29
Portanto, se convém apresentar ao Senhor um “culto de fogo” seja a exposição contínua, veraz, e oportuna de Sua Santa Palavra, pois, Ele ordenou: “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.” Lev; 6; 13
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