Palavra do leitor
- 07 de abril de 2020
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Lembre-se do preço e não se esqueça do significado
"Comemorem esse dia como festa religiosa para lembrar que eu, o Senhor, fiz isso. Vocês e seus descendentes devem comemorar a Festa da Páscoa para sempre." Êxodo 12.14 - NTLH
Como estatuto perpétuo na lei, Deus ordenou que seu povo sempre celebrasse a Páscoa de maneira não somente a cumprir um ritual, mas como forma de trazer à memória das pessoas o valor desse acontecimento. A Páscoa antecedeu a saída do povo hebreu das terríveis mãos do Faraó, logo, a constante lembrança dessa festa certamente ajudaria o povo de Deus a não se esquecer da sua história de libertação da escravidão no Egito. Caso houvesse esse esquecimento isso certamente levaria os hebreus a se prenderem a outras formas de escravidão durante sua jornada de vida.
Além de trazer à memória das pessoas a graça divina realizada no passado, a festa registrada inicialmente no Antigo Testamento (Êx 12.11; Dt 16.5-6), apontava para o acontecimento marcante que mais tarde haveria de vir através de Jesus. Em Cristo a libertação não seria meramente das maldades do Faraó ou dos Impérios existentes, mas uma libertação do próprio pecado. Em Cristo, não mais seria ofertado um cordeiro que, embora sem defeito (Êx 12.5), era incapaz de afastar de forma perpétua a consequência do pecado, mas o próprio Filho de Deus seria entregue satisfazendo plenamente a justiça divina (Rm 3.21-26).
Embora o posto de vilão pela perda do significado da Páscoa seja dado aos ovos de chocolate, talvez não sejam eles o real motivo da confusão. É provável que a raiz do problema esteja na nossa tendência a desvalorizar o significado das coisas que recebemos e o custo tido para que elas chegassem até nós. Por exemplo, nem sempre os filhos se lembram dos cuidados e investimentos em suas vidas feitos por seus pais, principalmente quando estes não podem satisfazer os desejos daqueles. Assim, um acontecimento isolado é o suficiente para o esquecimento de toda uma história e do sacrifício para que ela fosse construída pelos pais em amor aos filhos. De semelhante modo, o esquecimento do quanto custou a Cristo nos libertar da morte causada pelo pecado certamente nos fará ver de forma distorcida o seu sacrifício e o que se espera de nós a partir disso.
O custo começou com a sua encarnação (Jo 1.14), se tornando como um de nós, de forma a mostrar que não somente entende os nossos sofrimentos, mas compartilha dos mesmos (Hb 4.15). Cristo também se fez servo (Jo 13.14-17), nos dando o exemplo de como devemos agir diante do nosso próximo. Mas certamente a expressão maior do preço de nossa libertação foi sua morte na cruz em lugar dos pecadores (Fp 2.8). Aquilo que merecíamos ele suportou para que assim fôssemos aceitos diante de Deus.
Ao sermos libertos pelo alto preço pago por Cristo na cruz passamos agora a pertencer ao próprio Deus, membros da sua família (Gl 3.26-29). Se as circunstâncias nos fazem esquecer quem somos diante de Deus e o preço pago para assim sermos reconhecidos, haverá um grande risco de nos perdermos nas mentiras de nossas mentes, nas falsas tendências desse mundo ou nas estratégias de Satanás. De forma sutil, a desvalorização de algo tão importante como o significado da Páscoa pode nos influenciar a também desvalorizar coisas elementares como a família, o valor de uma amizade, a importância da manutenção de um relacionamento, a busca por sermos discípulos de Jesus.
Embora seja uma festa, a Páscoa nem sempre é celebrada em contexto de paz. A última Páscoa dos discípulos ao lado de Jesus, por exemplo, foi celebrada num momento de tensão quando o próprio Cristo anunciava que em breve ele seria traído, morreria e ressuscitaria (Mt 26.17-30). De igual modo, pode ser que o nosso contexto não seja o mais favorável para uma celebração. Contudo, o decreto de Deus não se trata de um mero capricho ou cumprimento de calendário. Celebrar a Páscoa é relembrar quem é o nosso Senhor, o que ele fez e prometeu fazer; celebrar a Páscoa é redirecionar nossa mente para aquilo que somos graças ao sacrifício de Cristo.
Que possamos comemorar a Páscoa com todo o nosso coração, dando real valor ao que nos trouxe vida, compartilhando com todos a boa notícia da ressurreição, e levando esperança às pessoas ao nosso redor.
Feliz Páscoa!
Como estatuto perpétuo na lei, Deus ordenou que seu povo sempre celebrasse a Páscoa de maneira não somente a cumprir um ritual, mas como forma de trazer à memória das pessoas o valor desse acontecimento. A Páscoa antecedeu a saída do povo hebreu das terríveis mãos do Faraó, logo, a constante lembrança dessa festa certamente ajudaria o povo de Deus a não se esquecer da sua história de libertação da escravidão no Egito. Caso houvesse esse esquecimento isso certamente levaria os hebreus a se prenderem a outras formas de escravidão durante sua jornada de vida.
Além de trazer à memória das pessoas a graça divina realizada no passado, a festa registrada inicialmente no Antigo Testamento (Êx 12.11; Dt 16.5-6), apontava para o acontecimento marcante que mais tarde haveria de vir através de Jesus. Em Cristo a libertação não seria meramente das maldades do Faraó ou dos Impérios existentes, mas uma libertação do próprio pecado. Em Cristo, não mais seria ofertado um cordeiro que, embora sem defeito (Êx 12.5), era incapaz de afastar de forma perpétua a consequência do pecado, mas o próprio Filho de Deus seria entregue satisfazendo plenamente a justiça divina (Rm 3.21-26).
Embora o posto de vilão pela perda do significado da Páscoa seja dado aos ovos de chocolate, talvez não sejam eles o real motivo da confusão. É provável que a raiz do problema esteja na nossa tendência a desvalorizar o significado das coisas que recebemos e o custo tido para que elas chegassem até nós. Por exemplo, nem sempre os filhos se lembram dos cuidados e investimentos em suas vidas feitos por seus pais, principalmente quando estes não podem satisfazer os desejos daqueles. Assim, um acontecimento isolado é o suficiente para o esquecimento de toda uma história e do sacrifício para que ela fosse construída pelos pais em amor aos filhos. De semelhante modo, o esquecimento do quanto custou a Cristo nos libertar da morte causada pelo pecado certamente nos fará ver de forma distorcida o seu sacrifício e o que se espera de nós a partir disso.
O custo começou com a sua encarnação (Jo 1.14), se tornando como um de nós, de forma a mostrar que não somente entende os nossos sofrimentos, mas compartilha dos mesmos (Hb 4.15). Cristo também se fez servo (Jo 13.14-17), nos dando o exemplo de como devemos agir diante do nosso próximo. Mas certamente a expressão maior do preço de nossa libertação foi sua morte na cruz em lugar dos pecadores (Fp 2.8). Aquilo que merecíamos ele suportou para que assim fôssemos aceitos diante de Deus.
Ao sermos libertos pelo alto preço pago por Cristo na cruz passamos agora a pertencer ao próprio Deus, membros da sua família (Gl 3.26-29). Se as circunstâncias nos fazem esquecer quem somos diante de Deus e o preço pago para assim sermos reconhecidos, haverá um grande risco de nos perdermos nas mentiras de nossas mentes, nas falsas tendências desse mundo ou nas estratégias de Satanás. De forma sutil, a desvalorização de algo tão importante como o significado da Páscoa pode nos influenciar a também desvalorizar coisas elementares como a família, o valor de uma amizade, a importância da manutenção de um relacionamento, a busca por sermos discípulos de Jesus.
Embora seja uma festa, a Páscoa nem sempre é celebrada em contexto de paz. A última Páscoa dos discípulos ao lado de Jesus, por exemplo, foi celebrada num momento de tensão quando o próprio Cristo anunciava que em breve ele seria traído, morreria e ressuscitaria (Mt 26.17-30). De igual modo, pode ser que o nosso contexto não seja o mais favorável para uma celebração. Contudo, o decreto de Deus não se trata de um mero capricho ou cumprimento de calendário. Celebrar a Páscoa é relembrar quem é o nosso Senhor, o que ele fez e prometeu fazer; celebrar a Páscoa é redirecionar nossa mente para aquilo que somos graças ao sacrifício de Cristo.
Que possamos comemorar a Páscoa com todo o nosso coração, dando real valor ao que nos trouxe vida, compartilhando com todos a boa notícia da ressurreição, e levando esperança às pessoas ao nosso redor.
Feliz Páscoa!
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