Palavra do leitor
- 10 de janeiro de 2008
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Leis espirituais
O religioso vence o jurista em sua paixão pelas leis. Quem não se lembra das quatro famosas leis espirituais? Quantos pastores não se deixaram seduzir pelas cinco "leis" ou propósitos que regem uma igreja? Se todo um conjunto da humanidade representada pela amostra de um povo escolhido não conseguiu achar um representante que guardasse 10 leis dadas pelo próprio Deus, como podem alguns ainda pensarem que eles mesmo conseguirão ater-se à suas regras puramente humanas?
Assim a cada dia surgem leis e mais leis: jurídicas, físicas, científicas, espirituais... Para os pregadores tornou-se comum denominar qualquer setença como "princípio espiritual". Tudo é "um princípio" e não sobra lugar para tolerância e diálogo, pois obviamente os princípios são inegociáveis. Por exemplo, a Bíblia só pode ser entendida a partir de João 3:16? Contudo, "Deus te ama e tem um plano maravilhoso para sua vida" parece não ser o que João Batista, Jesus ou os apóstolos pregavam ou viviam: pregavam arrependimento (o plano maravilhoso que "você" tem para sua vida precisa ser abortado), e a alternativa que propunham e viviam não era algo nada parecido com um plano, muito menos maravilhoso! Cruz, chicotadas, apedrejamento, fome e calúnia eram algumas das coisas que faziam parte do pacote, chamado Reino de Deus.
Esse Reino foi descrito por Jesus de forma criativa e simples. Tão simples e tão criativa que foi de mais para a humanidade: "então façamos leis que organize, sistematize, complique e enjaule esse reino! Leis são rígidas e podem ser repetidas por pessoas robotizadas. Sim! E quem tiver a patente dessas leis, tem o reino!" - a terra é mesmo um planeta engraçado, como notou o Pequeno Príncipe, onde falta fantasia às pessoas que repetem como um eco o que lhes dizem. O pior é que no meio religioso isto é insentivado e tido como virtude.
Assim a cada dia surgem leis e mais leis: jurídicas, físicas, científicas, espirituais... Para os pregadores tornou-se comum denominar qualquer setença como "princípio espiritual". Tudo é "um princípio" e não sobra lugar para tolerância e diálogo, pois obviamente os princípios são inegociáveis. Por exemplo, a Bíblia só pode ser entendida a partir de João 3:16? Contudo, "Deus te ama e tem um plano maravilhoso para sua vida" parece não ser o que João Batista, Jesus ou os apóstolos pregavam ou viviam: pregavam arrependimento (o plano maravilhoso que "você" tem para sua vida precisa ser abortado), e a alternativa que propunham e viviam não era algo nada parecido com um plano, muito menos maravilhoso! Cruz, chicotadas, apedrejamento, fome e calúnia eram algumas das coisas que faziam parte do pacote, chamado Reino de Deus.
Esse Reino foi descrito por Jesus de forma criativa e simples. Tão simples e tão criativa que foi de mais para a humanidade: "então façamos leis que organize, sistematize, complique e enjaule esse reino! Leis são rígidas e podem ser repetidas por pessoas robotizadas. Sim! E quem tiver a patente dessas leis, tem o reino!" - a terra é mesmo um planeta engraçado, como notou o Pequeno Príncipe, onde falta fantasia às pessoas que repetem como um eco o que lhes dizem. O pior é que no meio religioso isto é insentivado e tido como virtude.
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