Palavra do leitor
- 19 de julho de 2012
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Legalismo idiota
A maioria das igrejas evangélicas no Brasil incham os peitos e exclamam a plenos pulmões: “Não somos religiosos! Religião é coisa de legalista! Somos livres!”
Por meio dessa suposta aversão à religião e ao legalismo, e pela luta de alguns “revolucionários” na segunda metade do século passado, destruímos o tradicionalismo. O frio culto das igrejas tradicionais agora transformou-se em um culto livre! Agora podemos bater palmas, pular, gritar e até mesmo urrar na presença do Pai. Agora a adoração pode ser extravagante, pois somos livres. Esse negócio de religião, de seguir regrinhas, está por fora!
Mas, será mesmo que esse tipo de discurso tem libertado os cristãos do cárcere do legalismo?
O legalismo farisaico, tão combatido por Jesus, caracterizava-se pela adição de regras e regulamentos à Lei dada por Deus à Moisés. No intuito de cumprirem à Lei, este partido judaico impunha severos regulamentos ao povo, tão severos que nem eles mesmos cumpriam. Para obedecerem a guarda do sábado, por exemplo, os fariseus determinaram quantos passos uma pessoa deveria dar no dia de sábado, apesar de a Lei não dizer nada a esse respeito. Então, ironicamente, os judeus acabaram perdendo o foco da Lei, transformando os estatutos criados por eles mesmos mais importantes que a finalidade da Lei.
Hoje, percebemos que apesar dessa aversão ao “tradicionalismo” de muitos evangélicos, o legalismo está tão presente em nossas igrejas como na época dos fariseus. E diria mais, que o legalismo contemporâneo é mais idiota que o daquela época, já que pelo menos os fariseus tentavam zelar pela Lei, mas de maneira equivocada.
No evangelicalismo atual, os mesmos que dizem ser a favor de tal liberdade, impõem, de forma subreptícia, várias regras aos irmãos para considerá-lo crente, e regras estas que não estão na Bíblia. Vou dar alguns exemplos. Para ser crente hoje você só pode escutar música gospel, mas umas novelinhas de vez enquanto as irmãs podem assistir né. Não podemos beber bebidas alcóolicas, mas comer até explodir em festas de aniversário dos irmãos, cometendo o pecado da gula, pode! E não se esqueça de nunca tocar nos “ungidos” do Senhor.
Certa vez, um pastor disse que ficou horrorizado, pois num casamento evangélico, estavam tocando músicas seculares e tinham irmãos que estavam dançando na festa. E eu me pergunto, que tipo de liberdade é essa, que nos obriga a escutar música gospel, que proíbe danças em festas, mas que colocam as coisas mais estapafúrdias dentro do culto? Até mesmo essa dita liberdade dentro do culto pode ser questionada. Já escutei um líder de louvor repreender um irmão que fazia o back vocal, pois ele não estava fazendo expressões de emoção enquanto cantava. Fora as famosas chamadas técnicas dos ministros de louvor, que arrancam o couro dos irmãos pois eles não estão na “unção”.
Para mim, este tipo de liberdade nada mais é do que um legalismo idiota, que se contradiz a si mesmo. Portanto, aqueles que o seguem estão acometidos pelo o que eu chamo de transtorno bipolar gospel, uma anomalia psíquica que só é revertida com altas doses de estudo da Palavra de Deus.
Por meio dessa suposta aversão à religião e ao legalismo, e pela luta de alguns “revolucionários” na segunda metade do século passado, destruímos o tradicionalismo. O frio culto das igrejas tradicionais agora transformou-se em um culto livre! Agora podemos bater palmas, pular, gritar e até mesmo urrar na presença do Pai. Agora a adoração pode ser extravagante, pois somos livres. Esse negócio de religião, de seguir regrinhas, está por fora!
Mas, será mesmo que esse tipo de discurso tem libertado os cristãos do cárcere do legalismo?
O legalismo farisaico, tão combatido por Jesus, caracterizava-se pela adição de regras e regulamentos à Lei dada por Deus à Moisés. No intuito de cumprirem à Lei, este partido judaico impunha severos regulamentos ao povo, tão severos que nem eles mesmos cumpriam. Para obedecerem a guarda do sábado, por exemplo, os fariseus determinaram quantos passos uma pessoa deveria dar no dia de sábado, apesar de a Lei não dizer nada a esse respeito. Então, ironicamente, os judeus acabaram perdendo o foco da Lei, transformando os estatutos criados por eles mesmos mais importantes que a finalidade da Lei.
Hoje, percebemos que apesar dessa aversão ao “tradicionalismo” de muitos evangélicos, o legalismo está tão presente em nossas igrejas como na época dos fariseus. E diria mais, que o legalismo contemporâneo é mais idiota que o daquela época, já que pelo menos os fariseus tentavam zelar pela Lei, mas de maneira equivocada.
No evangelicalismo atual, os mesmos que dizem ser a favor de tal liberdade, impõem, de forma subreptícia, várias regras aos irmãos para considerá-lo crente, e regras estas que não estão na Bíblia. Vou dar alguns exemplos. Para ser crente hoje você só pode escutar música gospel, mas umas novelinhas de vez enquanto as irmãs podem assistir né. Não podemos beber bebidas alcóolicas, mas comer até explodir em festas de aniversário dos irmãos, cometendo o pecado da gula, pode! E não se esqueça de nunca tocar nos “ungidos” do Senhor.
Certa vez, um pastor disse que ficou horrorizado, pois num casamento evangélico, estavam tocando músicas seculares e tinham irmãos que estavam dançando na festa. E eu me pergunto, que tipo de liberdade é essa, que nos obriga a escutar música gospel, que proíbe danças em festas, mas que colocam as coisas mais estapafúrdias dentro do culto? Até mesmo essa dita liberdade dentro do culto pode ser questionada. Já escutei um líder de louvor repreender um irmão que fazia o back vocal, pois ele não estava fazendo expressões de emoção enquanto cantava. Fora as famosas chamadas técnicas dos ministros de louvor, que arrancam o couro dos irmãos pois eles não estão na “unção”.
Para mim, este tipo de liberdade nada mais é do que um legalismo idiota, que se contradiz a si mesmo. Portanto, aqueles que o seguem estão acometidos pelo o que eu chamo de transtorno bipolar gospel, uma anomalia psíquica que só é revertida com altas doses de estudo da Palavra de Deus.
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