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Palavra do leitor

Laicidade sim, "lascividade" não!

"Laicidade é a doutrina ou sistema que preconiza a exclusão das Igrejas do exercício do poder político e/ou administrativo", disse alguém.

Sim, podemos e devemos nos abstrair do exercício do poder político porque a nossa missão, como cristãos, é muito clara na chamada "Grande Comissão" que o Senhor Jesus nos outorgou:

• Ensinar, fazer discípulos (Mateus 28.19);
• Pregar o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15);
• Ser testemunhas [do Senhor Jesus] até aos confins da terra (Atos 1.8).

Diz a Wikipédia: "Lascívia ou luxúria é uma emoção de intenso desejo pelo corpo. Segundo a doutrina católica, é um dos sete pecados capitais".

Surgiu nas redes sociais uma postagem que dizia: "Não foi o Estado que criou a família; logo, não tem autoridade para mudar o conceito original de família" (Novo Código Civil); isso culminou com uma discussão inglória sobre o mérito da questão.

Alguns há que acham "natural" que o conceito de família se "adapte" às novas situações [modalidades] que a sociedade vai criando, vai aceitando, embora tais [novos] procedimentos sejam claramente condenados pela Palavra de Deus.

"Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam" (Gálatas 5.19-21).

"Para os estudiosos da Bíblia, a palavra lascívia é interpretada como impureza, impudor. O comportamento lascivo vai além do pecado e envolve o desprezo pelo que é certo" (desconheço o autor).

Não fomos comissionados para desprezar o que é correto, o que é bom, o que é puro, o que é justo, mas para viver, ensinar, pregar, testemunhar a Palavra de Deus, que é a verdade, verdade que nos ensina a buscar o que é respeitável, o que é puro, o que é justo, o que edifica em nossas vidas e na vida do próximo.

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco" (Filipenses 4.8-9).

Disse eu, certa feita que as práticas sexuais contrárias à natureza criada por Deus, inclusive as extraconjugais, não me surpreendem, isso no sentido de saber que há distorções, que há subversões e que a cada dia elas se tornarão mais intensas, mais aberrantes, mais pervertidas como "sinais" do tempo do fim.

A humanidade já passou por situações idênticas, como já disse em artigo anterior, e, após a imoralidade, após o desrespeito a Deus, Ele enviou juízo sobre a terra sendo exemplos o Dilúvio e a Destruição de Sodoma e Gomorra.

O que "surpreende" é que quando pensamos que uma perversão é a pior que poderia existir surgem novas e muito piores "modalidades" de contrariar a Deus, de entristecer o Espírito Santo de Deus.

O Senhor Jesus, respondendo aos seus discípulos a respeito do tempo do fim [sinais de sua vinda e da consumação do século] disse:

"Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E por se MULTIPLICAR A INIQUIDADE [o destaque é meu], o amor se esfriará de quase todos" (Mateus 24.10-12).

Note-se que o Senhor Jesus falou que iria se "multiplicar a iniquidade"; por isso o amor se esfriará de quase todos; já se esfriou, conforme tenho afirmado em artigos anteriores.

A iniquidade, é verdade, está se multiplicando, e cada vez o escândalo é maior e mais grave; essa situação, ora comentada, nada mais é que o resultado do esfriamento do amor, de sua ausência nessas vidas; não é novidade para quem lê a Palavra de Deus, foi o Senhor Jesus quem a profetizou; Ele concluiu afirmando:

"Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim" (Mateus 24.13-14).

Não desejo a condenação de ninguém, pelo contrário, tenho dito que, na condição de cristãos, temos que "arrombar as portas do inferno" para retirar de lá o máximo de almas que nos for possível resgatar: ensinando, pregando e testemunhando a Palavra de Deus, pois "é vontade de Deus que nenhum pereça, mas que todos alcancem o arrependimento" (2 Pedro 3.9).

Finalizando, o que estão propondo é zombaria em relação ao nosso Deus e Pai, para o que também a Palavra dele define mui claramente as consequências:

"Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6.6-7).
São Paulo - SP
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