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Palavra do leitor

Karl Marx e um toque da Graça

Afinal de contas: Qual é a minha responsabilidade?

‘’O amor apregoado na Graça Jesus não se consiste em um conjunto de virtudes supremas, numa consciência de respeito ao próximo, num ativismo social (seja filantrópico, altruísta ou humanista), num martírio do próprio ser, mas sim em reconhecer que simboliza a revelação de Deus, ao qual nos trouxe a unidade e a reconciliação, não apenas com o Criador e se estende ao próximo, a vida. ’’

A Igreja deve se envolver em questões políticas? As suas ações e articulações devem ser aceitas nas deliberações a serem realizadas pelo estado e suas esferas legislativas, administrativas e judiciárias? Vou adiante, a agenda da igreja se atrela a assumir um papel de interferência nas diretrizes públicas? Então, as palavras discorridas por Jesus o comparam a um estadista, a construir uma plataforma sociopolítica e revolucionária, a apresentar uma realidade alternativa, principalmente, aos afligidos, aos esquecidos e aos banidos de pão, de água, de sentido, de destino, de esperança, de justiça, de dignidade? Parto dessas pontuações e me estranhar a maneira como uma abundância de pessoas procuram soerguer a bandeira de um evangelho apto a provocar mudanças e alterações na sociedade, como o único antídoto para erradicar com as profundas marcas e miséria, de espoliação de povos, de desumanização, de indiferença e por ai vai.

Ao folhearmos os ensinamentos de Cristo, em momento algum, observamos o enfoque sobre uma abordagem voltado pontuar uma de como deveria ser os rumos da política, do estado, das instituições legais. Em direção oposta, nos chama para uma redenção, uma reconciliação, uma eleição e, por tal modo, adentramos na trajetória d Reino de Deus. Evidentemente, ao sermos gerados em Cristo e para Cristo, a nossa percepção, a nossa observação, a nossa experiência, a nossa intuição, o nosso coração, o nosso passado, o nosso presente e até os fins dos tempos passa a conceber tudo ao nosso redor, sem ser feito a partir de nossa ótica e si mesmo. Deixo ser mais claro, as palavras de Jesus não nos contemplam com uma caixinha de surpresas para encontrarmos solução e resolução no que toca aos problemas do mundo (os pobres sempre tereis convosco). De certo, a gênese dessas ambigüidades, dessas tensões e dessas vicissitudes se encontram na nossa vontade arraigadamente ancorada no egoísmo. Sem sombra de dúvida, a responsabilidade do cristão perpassa por participar, sim e sim, as mudanças em prol da paz, da justiça e do enfrentamento das anomalias que nos assolam. Agora, em hipótese alguma, isto envolve aceitar a teoria dos conchavos, do toma cá e me conceda lá, dos acertos espúrios e ignominiosos, de usar o púlpito para insuflar as massas de idealismos eqüidistante as boas novas.

Cabe salientar, os ensinamentos de Cristo nos levam a decisão por servir e pelo serviço, independentemente de estarmos como parlamentares ou como pessoas do dia – a – dia. Nessa linha de raciocínio, sou responsável pela vida, pelo próximo e não somente delimitado as cercanias das discussões partidárias e ideológicas. Enfim, espero ter contribuído de alguma maneira para pararmos e elucubrarmos sobre o nosso papel, em meio a uma geração submetida ao caudilho ditatorial do endeusamento da imagem, do imediatismo e do instantâneo.

Karl Marx e um toque da Graça Jesus
Muitos tecem os mais enfáticos e ardorosos comentários e reprovação, com relação ao expressivo trabalho do prolífico filósofo Karl Marx. Por ora, ater – me – ei a uma veia pulsátil e de intensa relevância no seu labor histórico. Em outras palavras, a proposta de uma justiça social efetiva, contundente e profícua. Deveras, embora suas idéias tivessem seguido outros rumos, negar seria uma temeridade sobre essa presença, essa verdade suprema, essa justiça também contida nos ensinamentos e Jesus. Abro um parêntese e enfoco que não tenho nenhuma intenção de forjar uma visão de um evangelho, ao qual deve ser visto como o gérmen de uma plataforma socialista. Mas sim, preconizo, quer queiram ou não, observarmos nessa busca por uma justiça e um respeito ao ser humano, uma absorção e assimilação das pegadas do Messias.

Acredito, piamente, que essa simbiose ocorreu com uma justiça e um humanismo esvaziado e, por isso, tão somente, permanecem como belas peças de museu, mas sem qualquer aplicabilidade, diante de uma realidade, cada vez mais, coisificada. Dou mais uma pincelada e observo um evangelho de desigrejados, como se a vida kahal, a comunidade messiânica não passasse de uma falácia, se o evangelho do discipulado, da confissão e do serviço idem.

Não bastassem tais sintomas de uma crença na fé autárquica (eu e Deus e está bom demais), trilhamos por um evangelho esvaziado desse ensinamento suscetível a causar uma revolução, uma hecatombe, uma eclosão colossal em nossa vontade voltada para si mesma. Por ora, tenhamos a coragem para rever também, em nossas vidas, esse toque da Graça Jesus e não aceitar uma Cruz esvaziada de Deus, do próximo e a vida.
São Paulo - SP
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