Palavra do leitor
- 23 de março de 2021
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Juízes incompetentes
O Brasil entrou em alvoroço quando ficou decidido no STF que Sérgio Moro teria sido um juiz incompetente para julgar o ex-presidente Lula.
Vendo toda aquela polêmica, me ocorreu que no julgamento de Jesus houve fato semelhante. O relato se encontra no capítulo 23 do Evangelho de São Lucas.
Pilatos a princípio não achou nenhuma culpa em Jesus. (Diferentemente de Lula que havia sido condenado em três instâncias). Então Pilatos ficou sabendo que Jesus vinha da Galileia, outra jurisdição que pertencia a Herodes. E tratou de passar para Herodes aquele complicado caso – primeira lição:
1) Não fuja de suas responsabilidades, encare-as! Quando algo vier a suas mãos para fazer, faze-o conforme as suas forças. Não busque subterfúgios para fugir daquilo que lhe compete resolver. Você não ganhará tempo e a situação irá só se agravar. Tome atitude. Faça o que é correto e pronto. Tudo estará resolvido. Assuma as consequências, ainda que elas não lhes sejam favoráveis, sabendo que Deus assim estará do seu lado.
Pois bem, Herodes recebe a Jesus com muita alegria. Herodes há muito desejava vê-lo. Esperava ver algo maravilhoso. O resultado foi que ele lhe interrogou com muitas palavras, mas Jesus nada lhe respondia.
Todos nós, crentes, um dia recebemos Jesus também com muita alegria. Todos nós, de certa forma, também desejávamos e desejamos muito também contemplá-lo. Também não é raro querermos ver algo maravilhoso, por parte de Jesus. As semelhanças se aprofundam. Muitas vezes interrogamos o Mestre também com muitas perguntas e por fim, semelhantemente, recebemos em contrapartida nada mais, nada menos, que o silêncio de Deus. Aqui podemos tirar sérias e duras lições:
2) Aproxime-se de Jesus com santa e reverente alegria, nunca com leviandade. Às vezes brincamos demais com aquilo que não é objeto de brincadeira. "Irreverência" é quase sempre usada na mídia como algo virtuoso. A sociedade, hoje, oferece mais espaço para a descontração e somos poupados de ambientes pesados com semblantes carrancudos. Mas isso não deve ser desculpa para negligenciarmos a santidade e a devida reverência ao sagrado.
3) Deseje muito ver Jesus, mas deseje sempre com as corretas motivações. Nunca instrumentalize Deus como um objeto de entretenimento. Seja a sós, em nosso tempo devocional, ou seja em um ambiente coletivo de culto, nossas motivações devem se submeterem àquelas impostas por Deus. Jesus ainda é servo e nos serve? Sim! Claro. Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Ele nos ama. Mas Ele também é o Senhor. Nós somos pecadores e Ele, Santo. Nem sempre nossas motivações são santas, há muito egoísmo, há muito materialismo, há muita pressa, há muita euforia. Deixemos que Deus nos revele Suas próprias motivações. Agrada-te do Senhor (e Ele fará aquilo que deseja o teu coração).
4) Assim como, em si, não há nada de errado em se alegrar com Jesus, nem em desejar vê-lo, também não há problemas em querermos ver o sobrenatural de Deus – especialmente quando nossa necessidade vai além do natural. Mas nunca deixemos que o fascínio pelo milagre seja mero capricho de nossas vaidades, de nossas curiosidades infantis. Não tentarás o Senhor teu Deus! O sobrenatural é um pequeno sinal que aponta para um destino bem maior e mais fascinante. Quando estamos perdidos numa trilha nos alegramos muito ao encontrarmos uma placa apontando a direção e uma localidade, mas não ficamos ali deslumbrados com a placa, como se tudo já estivesse resolvido. O que nos deve empolgar é a nova perspectiva adquirida de chegada ao destino final.
5) Por fim a parte mais dura, do silêncio de Jesus. Costumo dizer que Deus nunca se cala, nós é que nos tornamos insensíveis. Mas de fato, o texto sagrado relata o silêncio de Deus, o silêncio de Jesus. Não é de se espantar, que se nos achegamos a Deus com uma alegria leviana, com desejos egoístas e buscando entretenimento, querendo encaixá-lo em nosso mundo de pecados, não somente estaremos insensíveis às suas palavras, como Ele também não terá nada para nos dizer. Ainda que o interroguemos com muitas perguntas. Portanto, vigie para que você não se torne insensível à voz divina e Ele se cale diante de seus questionamentos.
Aquele triste episódio termina com um fato no mínimo curioso. Herodes e Pilatos, dois homens que andavam em inimizades fizeram as pazes entre si. Isso me leva a pensar: Teria sido uma espécie de efeito colateral, pelo simples fato de terem estado diante de alguém tão manso e humilde? Ou será que diante de uma vítima tão inocente, a maldade e a crueldade de ambos foram potencializadas, e quiseram unir forças ao exercitarem seu poder inescrupuloso contra o Messias?
Obviamente que nem aqueles dois romanos e nem ninguém no Universo teria competência para julgar o Filho de Deus. Mas Ele, sim, tem plena competência e autoridade para julgar o mundo inteiro. Ou seja, todos os poderes executivos, judiciários e legislativos de todas as nações. Diante de seu tribunal estaremos todos, até eu e você.
A Ele toda glória!
Vendo toda aquela polêmica, me ocorreu que no julgamento de Jesus houve fato semelhante. O relato se encontra no capítulo 23 do Evangelho de São Lucas.
Pilatos a princípio não achou nenhuma culpa em Jesus. (Diferentemente de Lula que havia sido condenado em três instâncias). Então Pilatos ficou sabendo que Jesus vinha da Galileia, outra jurisdição que pertencia a Herodes. E tratou de passar para Herodes aquele complicado caso – primeira lição:
1) Não fuja de suas responsabilidades, encare-as! Quando algo vier a suas mãos para fazer, faze-o conforme as suas forças. Não busque subterfúgios para fugir daquilo que lhe compete resolver. Você não ganhará tempo e a situação irá só se agravar. Tome atitude. Faça o que é correto e pronto. Tudo estará resolvido. Assuma as consequências, ainda que elas não lhes sejam favoráveis, sabendo que Deus assim estará do seu lado.
Pois bem, Herodes recebe a Jesus com muita alegria. Herodes há muito desejava vê-lo. Esperava ver algo maravilhoso. O resultado foi que ele lhe interrogou com muitas palavras, mas Jesus nada lhe respondia.
Todos nós, crentes, um dia recebemos Jesus também com muita alegria. Todos nós, de certa forma, também desejávamos e desejamos muito também contemplá-lo. Também não é raro querermos ver algo maravilhoso, por parte de Jesus. As semelhanças se aprofundam. Muitas vezes interrogamos o Mestre também com muitas perguntas e por fim, semelhantemente, recebemos em contrapartida nada mais, nada menos, que o silêncio de Deus. Aqui podemos tirar sérias e duras lições:
2) Aproxime-se de Jesus com santa e reverente alegria, nunca com leviandade. Às vezes brincamos demais com aquilo que não é objeto de brincadeira. "Irreverência" é quase sempre usada na mídia como algo virtuoso. A sociedade, hoje, oferece mais espaço para a descontração e somos poupados de ambientes pesados com semblantes carrancudos. Mas isso não deve ser desculpa para negligenciarmos a santidade e a devida reverência ao sagrado.
3) Deseje muito ver Jesus, mas deseje sempre com as corretas motivações. Nunca instrumentalize Deus como um objeto de entretenimento. Seja a sós, em nosso tempo devocional, ou seja em um ambiente coletivo de culto, nossas motivações devem se submeterem àquelas impostas por Deus. Jesus ainda é servo e nos serve? Sim! Claro. Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Ele nos ama. Mas Ele também é o Senhor. Nós somos pecadores e Ele, Santo. Nem sempre nossas motivações são santas, há muito egoísmo, há muito materialismo, há muita pressa, há muita euforia. Deixemos que Deus nos revele Suas próprias motivações. Agrada-te do Senhor (e Ele fará aquilo que deseja o teu coração).
4) Assim como, em si, não há nada de errado em se alegrar com Jesus, nem em desejar vê-lo, também não há problemas em querermos ver o sobrenatural de Deus – especialmente quando nossa necessidade vai além do natural. Mas nunca deixemos que o fascínio pelo milagre seja mero capricho de nossas vaidades, de nossas curiosidades infantis. Não tentarás o Senhor teu Deus! O sobrenatural é um pequeno sinal que aponta para um destino bem maior e mais fascinante. Quando estamos perdidos numa trilha nos alegramos muito ao encontrarmos uma placa apontando a direção e uma localidade, mas não ficamos ali deslumbrados com a placa, como se tudo já estivesse resolvido. O que nos deve empolgar é a nova perspectiva adquirida de chegada ao destino final.
5) Por fim a parte mais dura, do silêncio de Jesus. Costumo dizer que Deus nunca se cala, nós é que nos tornamos insensíveis. Mas de fato, o texto sagrado relata o silêncio de Deus, o silêncio de Jesus. Não é de se espantar, que se nos achegamos a Deus com uma alegria leviana, com desejos egoístas e buscando entretenimento, querendo encaixá-lo em nosso mundo de pecados, não somente estaremos insensíveis às suas palavras, como Ele também não terá nada para nos dizer. Ainda que o interroguemos com muitas perguntas. Portanto, vigie para que você não se torne insensível à voz divina e Ele se cale diante de seus questionamentos.
Aquele triste episódio termina com um fato no mínimo curioso. Herodes e Pilatos, dois homens que andavam em inimizades fizeram as pazes entre si. Isso me leva a pensar: Teria sido uma espécie de efeito colateral, pelo simples fato de terem estado diante de alguém tão manso e humilde? Ou será que diante de uma vítima tão inocente, a maldade e a crueldade de ambos foram potencializadas, e quiseram unir forças ao exercitarem seu poder inescrupuloso contra o Messias?
Obviamente que nem aqueles dois romanos e nem ninguém no Universo teria competência para julgar o Filho de Deus. Mas Ele, sim, tem plena competência e autoridade para julgar o mundo inteiro. Ou seja, todos os poderes executivos, judiciários e legislativos de todas as nações. Diante de seu tribunal estaremos todos, até eu e você.
A Ele toda glória!
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