Palavra do leitor
- 24 de outubro de 2022
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José e Jesus
José passa a manhã escolhendo as melhores toras, pausa para o almoço e retorna à tarde para iniciar a contagem. Começará a trabalhar com elas a partir de amanhã, se o clima for oportuno. Parece que será. Há poucas nuvens no céu. Como faz em todos os dias, antes de ir para casa visitará Maria, sua noiva. Esperam se casar em breve, tão logo José termine mais dois serviços e termine de construir o futuro lugar do casal. Mas esse sonho será interrompido. Maria está diferente. Maria está grávida. E José não é o pai.
Já em casa, põe-se a arrumar suas poucas coisas com a missão de partir dali no meio da madrugada, abandonar Maria, abandonar o ofício, abandonar tudo. O carpinteiro adormece e, em um sonho, conversa com um ser celestial. "Não será uma vergonha, José. Será glorioso". Alívio. Amanhã tornará à labuta, mas não será fácil manter o segredo em relação a algo tão grandioso. Maria carregava o Messias em seu ventre e José teria a responsabilidade de ser um pai para aquele que já era filho, de ser um tutor para aquele que haveria de possuir mais sabedoria do que todos.
"Como dar conta disso?" É o que se pergunta todo aquele que recebe um encargo dos céus. Esperamos que a resposta seja um tratado solene cheio de explicações, diagramas e babados, o mais preciso possível. Mas o anjo não deu discurso, tampouco rabiscou algum decreto. A resposta para José, para mim e para você é simples: "Você não pode dar conta disso. Não conte com suas próprias forças. Eu estarei com você. Eu já vi o final". E ele será chamado de Emanuel, Deus conosco.
Temos dificuldade em viver dessa forma, não é? Queremos dar conta do que o Senhor disse que faria. É como se estivéssemos preocupados com a reputação de Deus. É como se duvidássemos de que o plano de Deus foi bem elaborado. José teve seus medos e, provavelmente, seus questionamentos, mas foi obediente em tudo. José não estava sozinho. Sua paternidade tinha uma imensa e poderosa sombra. Se José tentasse uma educação rabínica para Jesus, falharia. Se tentasse mostrar a Jesus como deveria se comportar um Messias, falharia. Se tentasse ao seu modo, falharia. Existe o meu modo, o seu modo e o modo de Deus. Em qual você mais confia? Qual você tem utilizado? O menino Jesus, nascido em Belém, crescido em Nazaré, tornou-se (ou já era) alguém que daria orgulho a qualquer pai. A paternidade de José foi um sucesso. Não há mais nada acerca de José no Novo Testamento. Não é preciso. Em Jesus tudo se explica. José cumpriu sua missão. José deu conta. Porque não quis dar conta sozinho.
Rafael de Freitas
Capelão e Coordenador de Missões na Missão Cristo na Estrada
cristonaestrada.com
Já em casa, põe-se a arrumar suas poucas coisas com a missão de partir dali no meio da madrugada, abandonar Maria, abandonar o ofício, abandonar tudo. O carpinteiro adormece e, em um sonho, conversa com um ser celestial. "Não será uma vergonha, José. Será glorioso". Alívio. Amanhã tornará à labuta, mas não será fácil manter o segredo em relação a algo tão grandioso. Maria carregava o Messias em seu ventre e José teria a responsabilidade de ser um pai para aquele que já era filho, de ser um tutor para aquele que haveria de possuir mais sabedoria do que todos.
"Como dar conta disso?" É o que se pergunta todo aquele que recebe um encargo dos céus. Esperamos que a resposta seja um tratado solene cheio de explicações, diagramas e babados, o mais preciso possível. Mas o anjo não deu discurso, tampouco rabiscou algum decreto. A resposta para José, para mim e para você é simples: "Você não pode dar conta disso. Não conte com suas próprias forças. Eu estarei com você. Eu já vi o final". E ele será chamado de Emanuel, Deus conosco.
Temos dificuldade em viver dessa forma, não é? Queremos dar conta do que o Senhor disse que faria. É como se estivéssemos preocupados com a reputação de Deus. É como se duvidássemos de que o plano de Deus foi bem elaborado. José teve seus medos e, provavelmente, seus questionamentos, mas foi obediente em tudo. José não estava sozinho. Sua paternidade tinha uma imensa e poderosa sombra. Se José tentasse uma educação rabínica para Jesus, falharia. Se tentasse mostrar a Jesus como deveria se comportar um Messias, falharia. Se tentasse ao seu modo, falharia. Existe o meu modo, o seu modo e o modo de Deus. Em qual você mais confia? Qual você tem utilizado? O menino Jesus, nascido em Belém, crescido em Nazaré, tornou-se (ou já era) alguém que daria orgulho a qualquer pai. A paternidade de José foi um sucesso. Não há mais nada acerca de José no Novo Testamento. Não é preciso. Em Jesus tudo se explica. José cumpriu sua missão. José deu conta. Porque não quis dar conta sozinho.
Rafael de Freitas
Capelão e Coordenador de Missões na Missão Cristo na Estrada
cristonaestrada.com
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