Palavra do leitor
- 03 de dezembro de 2020
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Jesus vê em seus discípulos pessoas misericordiosas
Se vivendo neste mundo tenebroso eu não sou pobre de espírito, não choro, não sou manso e não tenho fome de justiça eu não sou um discípulo de Cristo. Não sou humano, como Cristo foi. Pois Cristo também experimentou todas essas coisas. Deus permitiu-se ser humano, para permitir que nos tornemos divinos: sermos misericordiosos (conosco mesmo e com nosso próximo); termos um coração puro (em nós e frente a nosso próximo); sermos pacificadores (frente a nossos conflitos interiores e em meio a uma sociedade repleta de conflitos interpessoais e de grupos); e a nobreza de sermos perseguidos por causa da causa nobre da justiça e do evangelho.
As quatro primeiras bem aventuranças estão bem próximas da grandeza de Deus: o Reino de Deus, o consolo de Deus, a terra de Deus e os frutos justos dessa terra prometida (que saciam a fome). Quem possui estas coisas é bem aventurado. E quem as possui? São os pobres, os que choram, os mansos e os que tem fome. Em uma sentença: os que se relacionam com Deus e O possuem como seu Deus. São os que necessitam desesperadamente e exclusivamente dele, só dele e de nada mais.
As próximas quatro bem aventuranças quando comparadas com as quatro primeiras mostram ter grandezas quase independentes. Embora também gravitem em torno da magnitude de Deus, elas parecem possuir cada uma seu universo próprio: os universos da misericórdia, da santidade, da filiação divina e novamente do Reino Celestial. E quem povoa estes universos? São os misericordiosos, os intrinsicamente puros, os pacificadores e os perseguidos.
Olhemos com mais atenção esse primeiro universo, o da misericórdia.
A bem aventurança da misericórdia é a maior de todas pois reflete em cheio o caráter de Deus. Todavia os misericordiosos só são bem aventurados porque também alcançarão a tão necessitada misericórdia. Ou seja, ser misericordioso e não necessitar e nem receber a misericórdia só é arrogância. É negar o caráter da humildade de espírito expresso na primeira bem aventurança. Por isso a misericórdia deve ser precedida necessariamente pela fome e pela sede de justiça. Os misericordiosos não são ocasionalmente movidos por um simples sentimento de dó por quem está sofrendo, nem muito menos só pelo ato de demonstrar empatia ao resgatar alguém do seu sofrimento. Os misericordiosos são constantemente impulsionados por essa necessidade básica de fome e sede de justiça.
A misericórdia não deriva necessariamente de uma vida aparentemente religiosa. A misericórdia, sim, aos olhos de Deus, é a vida religiosa e não as atividades, as programações ou obrigações impostas pela estrutura "religiosa". Jesus contou-nos uma parábola, que ficou conhecida como a do Bom Samaritano. Ali o Samaritano, em contraste com outros dois homens religiosos, usou de misericórdia para com um outro caído vítima nas mãos de salteadores. O propósito da parábola foi responder à pergunta feita por um doutor da lei: quem é o meu próximo (a quem devo amar como a mim mesmo)? Ao qual Jesus deixa transparecer que nosso próximo é a pessoa que usa de misericórdia para conosco. No caso da parábola essa pessoa a ser amada seria um samaritano – alguém vítima de preconceito pelo povo judeu. Quais pessoas tem usado de misericórdia para comigo e me socorrido em tempos de crise? A essa pessoa, minha próxima, devo o meu amor. E quantas vezes não somos ingratos, justamente com quem nos estende a mão e está mais próximo da gente na hora de aflição?
Como em todo o Sermão do Monte, também nas bem aventuranças as consequências são bem práticas. Nas quatro primeiras beatitudes a prática está em aquietar-se, em puxar o freio de mão, em baixar a bola, em assumir a pequenez, em parar e deixar que Deus, e só Deus, aja em nosso favor: nos dando o reino, nos consolando, nos dando a terra e saciando nossa fome e sede. Em contrapartida, nas demais bem aventuranças seguintes a prática sai da passividade de quem está recebendo e vai ativamente ao encontro do outro necessitado para compartilharmos aquilo que já recebemos.
Vocês, misericordiosos – que se dispõe a estender a mão, que saem de sua zona de conforto para ajudar aqueles que estão caídos no caminho – também alcançarão misericórdia, vocês são bem aventurados. É Cristo quem está falando.
As quatro primeiras bem aventuranças estão bem próximas da grandeza de Deus: o Reino de Deus, o consolo de Deus, a terra de Deus e os frutos justos dessa terra prometida (que saciam a fome). Quem possui estas coisas é bem aventurado. E quem as possui? São os pobres, os que choram, os mansos e os que tem fome. Em uma sentença: os que se relacionam com Deus e O possuem como seu Deus. São os que necessitam desesperadamente e exclusivamente dele, só dele e de nada mais.
As próximas quatro bem aventuranças quando comparadas com as quatro primeiras mostram ter grandezas quase independentes. Embora também gravitem em torno da magnitude de Deus, elas parecem possuir cada uma seu universo próprio: os universos da misericórdia, da santidade, da filiação divina e novamente do Reino Celestial. E quem povoa estes universos? São os misericordiosos, os intrinsicamente puros, os pacificadores e os perseguidos.
Olhemos com mais atenção esse primeiro universo, o da misericórdia.
A bem aventurança da misericórdia é a maior de todas pois reflete em cheio o caráter de Deus. Todavia os misericordiosos só são bem aventurados porque também alcançarão a tão necessitada misericórdia. Ou seja, ser misericordioso e não necessitar e nem receber a misericórdia só é arrogância. É negar o caráter da humildade de espírito expresso na primeira bem aventurança. Por isso a misericórdia deve ser precedida necessariamente pela fome e pela sede de justiça. Os misericordiosos não são ocasionalmente movidos por um simples sentimento de dó por quem está sofrendo, nem muito menos só pelo ato de demonstrar empatia ao resgatar alguém do seu sofrimento. Os misericordiosos são constantemente impulsionados por essa necessidade básica de fome e sede de justiça.
A misericórdia não deriva necessariamente de uma vida aparentemente religiosa. A misericórdia, sim, aos olhos de Deus, é a vida religiosa e não as atividades, as programações ou obrigações impostas pela estrutura "religiosa". Jesus contou-nos uma parábola, que ficou conhecida como a do Bom Samaritano. Ali o Samaritano, em contraste com outros dois homens religiosos, usou de misericórdia para com um outro caído vítima nas mãos de salteadores. O propósito da parábola foi responder à pergunta feita por um doutor da lei: quem é o meu próximo (a quem devo amar como a mim mesmo)? Ao qual Jesus deixa transparecer que nosso próximo é a pessoa que usa de misericórdia para conosco. No caso da parábola essa pessoa a ser amada seria um samaritano – alguém vítima de preconceito pelo povo judeu. Quais pessoas tem usado de misericórdia para comigo e me socorrido em tempos de crise? A essa pessoa, minha próxima, devo o meu amor. E quantas vezes não somos ingratos, justamente com quem nos estende a mão e está mais próximo da gente na hora de aflição?
Como em todo o Sermão do Monte, também nas bem aventuranças as consequências são bem práticas. Nas quatro primeiras beatitudes a prática está em aquietar-se, em puxar o freio de mão, em baixar a bola, em assumir a pequenez, em parar e deixar que Deus, e só Deus, aja em nosso favor: nos dando o reino, nos consolando, nos dando a terra e saciando nossa fome e sede. Em contrapartida, nas demais bem aventuranças seguintes a prática sai da passividade de quem está recebendo e vai ativamente ao encontro do outro necessitado para compartilharmos aquilo que já recebemos.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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