Palavra do leitor
- 20 de abril de 2016
- Visualizações: 5477
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Jesus também foi traído
O Evangelho permanece atual. É uma notícia que nunca envelhece.
Ele sofreu as mesmas coisas que sofremos. Foi tentado naquilo que nós todos somos. Sem nunca pecar.
Jesus também foi traído.
A traição é um ato que a sociedade recrimina. Mas nem só por isso são poucos os traidores.
A fidelidade é uma virtude rara. Permanecer fiel a uma pessoa, a uma amizade, a um ideal, a um aliado, a Deus...
A traição de Judas não pegou o Cristo de surpresa. Ele já sabia que seria traído e por quem.
Podemos questionar onde estaria o livre arbítrio de Judas, uma vez que já estava profetizado que haveria um traidor. Mas as páginas da história deixam claro que Judas seguiu o seu “próprio” caminho.
A atualidade do tema nos faz examinar o relato do primeiro século com uma lupa do século 21. Jesus era uma pessoa incômoda para a elite de sua época. Já havia um plano para eliminá-lo. Mas Jesus não havia feito nada de errado. Nada que contrariasse a lei.Ele foi alvo da inveja.
As lideranças religiosas deliberaram prendê-lo. Mas na primeira tentativa, à luz do dia, frustrou-se. A coisa deveria então ocorrer na calada da noite. Mas como encontrar Jesus? Ele não iria se entregar, pois, afinal não pesava nenhuma acusação sobre Ele. Jesus também não iria colocar sua vida e de seus discípulo em risco. Ele sabia que corria perigo e tratava de aparecer em público somente em eventos nos quais a própria hipocrisia e medo do sinédrio impediriam que ele fosse preso. Naquelas mentes odiosas, estava claro, fazia-se necessária a traição.
Judas, que defendia os pobres, mas como pretexto para roubar do dinheiro que era lançado na bolsa, após um desentendimento sobre o assunto com o seu Mestre, saiu para traí-lo. Para tal assinou um contrato no Valor de 30 moedas de prata. O que realmente o motivou a isso teria sido a avareza. Alguns especulam sobre uma certa decepção política. Outros tentam formular uma “boa intenção” por traz do ato. O fato é, que quando Judas assiste o que se suscede a Jesus, um homem inocente, ele sente remorso e vai se suicidar. Lançando fora as trinta moedas que recebera...
A confiança que Jesus depositava em seus discípulos era relativa. Ele sabia que eram homens fracos, carentes de salvação. Ele sabia que Pedro iria negá-lo e que todos fugiriam. E ele sabia que Judas iria traí-lo. Jesus sabia que Judas roubava da bolsa. Mas Jesus confiava na amizade de todos. Por isso ele disse para Judas, “você me trai com um beijo, amigo?”
Aquele amigo, que vendeu seu mestre, foi quem levou os guardas do sinédrio ao local e momento privado, onde eles se reuniam. Levar pessoas a Jesus não era o problema. Mas trazer pessoas a Jesus por causa de dinheiro é traição.
Se você está sob a autoridade de alguém justo e conspira contra ele, isso é traição. Quando Tiradentes foi traído, pode-se argumentar que ali havia um grupo de rebeldes. Joaquim Silvério teria se mantido fiel ao Império Português, mas traiu seu líder inconfindente. Mas até os bandidos possuem seu código de ética.
Se o seu código de ética é traído por seu líder. E se o seu líder conspira contra você, o ato de rebeldia não pode ser categoricamente propagado como pura traição.
É o que ocorreu com Dietrich Bonhoeffer, ele conspirou contra um Hitler. Foi executado, mas deixou o testemunho para a história de uma Alemanha e igreja que não aceitou calada as abominações dos Nazistas. Aquele pastor permaneceu fiel à ética cristã.
É bom lembrar que a história da redenção não começa com um ato de traição. Pelo contrário ela sempre se iniciou com atos de obediência para reparar outros de desobediência.
Como honra e princípios são hoje virtudes meio que fora de moda, nem sempre é fácil discernir quem é que está traindo quem. Dizer-se traído, comparar-se com Jesus, pode suscitar a simpatia de alguns incaltos. Mas as verdades por trás dos fatos mostram que o abismo é mais profundo entre uma realidade e outra. Contribuo mais para minha sociedade quando reconheço e admito meus erros, ao invés de procurar Judas a meu redor.
Pois se formos nós os infiéis, Deus permanece fiel, pois Ele não pode negar-se a si mesmo. É baixarmos a cabeça, contar com o perdão e a graça divinas, garantidas pelo Evangelho, e seguirmos em frente.
Ele sofreu as mesmas coisas que sofremos. Foi tentado naquilo que nós todos somos. Sem nunca pecar.
Jesus também foi traído.
A traição é um ato que a sociedade recrimina. Mas nem só por isso são poucos os traidores.
A fidelidade é uma virtude rara. Permanecer fiel a uma pessoa, a uma amizade, a um ideal, a um aliado, a Deus...
A traição de Judas não pegou o Cristo de surpresa. Ele já sabia que seria traído e por quem.
Podemos questionar onde estaria o livre arbítrio de Judas, uma vez que já estava profetizado que haveria um traidor. Mas as páginas da história deixam claro que Judas seguiu o seu “próprio” caminho.
A atualidade do tema nos faz examinar o relato do primeiro século com uma lupa do século 21. Jesus era uma pessoa incômoda para a elite de sua época. Já havia um plano para eliminá-lo. Mas Jesus não havia feito nada de errado. Nada que contrariasse a lei.Ele foi alvo da inveja.
As lideranças religiosas deliberaram prendê-lo. Mas na primeira tentativa, à luz do dia, frustrou-se. A coisa deveria então ocorrer na calada da noite. Mas como encontrar Jesus? Ele não iria se entregar, pois, afinal não pesava nenhuma acusação sobre Ele. Jesus também não iria colocar sua vida e de seus discípulo em risco. Ele sabia que corria perigo e tratava de aparecer em público somente em eventos nos quais a própria hipocrisia e medo do sinédrio impediriam que ele fosse preso. Naquelas mentes odiosas, estava claro, fazia-se necessária a traição.
Judas, que defendia os pobres, mas como pretexto para roubar do dinheiro que era lançado na bolsa, após um desentendimento sobre o assunto com o seu Mestre, saiu para traí-lo. Para tal assinou um contrato no Valor de 30 moedas de prata. O que realmente o motivou a isso teria sido a avareza. Alguns especulam sobre uma certa decepção política. Outros tentam formular uma “boa intenção” por traz do ato. O fato é, que quando Judas assiste o que se suscede a Jesus, um homem inocente, ele sente remorso e vai se suicidar. Lançando fora as trinta moedas que recebera...
A confiança que Jesus depositava em seus discípulos era relativa. Ele sabia que eram homens fracos, carentes de salvação. Ele sabia que Pedro iria negá-lo e que todos fugiriam. E ele sabia que Judas iria traí-lo. Jesus sabia que Judas roubava da bolsa. Mas Jesus confiava na amizade de todos. Por isso ele disse para Judas, “você me trai com um beijo, amigo?”
Aquele amigo, que vendeu seu mestre, foi quem levou os guardas do sinédrio ao local e momento privado, onde eles se reuniam. Levar pessoas a Jesus não era o problema. Mas trazer pessoas a Jesus por causa de dinheiro é traição.
Se você está sob a autoridade de alguém justo e conspira contra ele, isso é traição. Quando Tiradentes foi traído, pode-se argumentar que ali havia um grupo de rebeldes. Joaquim Silvério teria se mantido fiel ao Império Português, mas traiu seu líder inconfindente. Mas até os bandidos possuem seu código de ética.
Se o seu código de ética é traído por seu líder. E se o seu líder conspira contra você, o ato de rebeldia não pode ser categoricamente propagado como pura traição.
É o que ocorreu com Dietrich Bonhoeffer, ele conspirou contra um Hitler. Foi executado, mas deixou o testemunho para a história de uma Alemanha e igreja que não aceitou calada as abominações dos Nazistas. Aquele pastor permaneceu fiel à ética cristã.
É bom lembrar que a história da redenção não começa com um ato de traição. Pelo contrário ela sempre se iniciou com atos de obediência para reparar outros de desobediência.
Como honra e princípios são hoje virtudes meio que fora de moda, nem sempre é fácil discernir quem é que está traindo quem. Dizer-se traído, comparar-se com Jesus, pode suscitar a simpatia de alguns incaltos. Mas as verdades por trás dos fatos mostram que o abismo é mais profundo entre uma realidade e outra. Contribuo mais para minha sociedade quando reconheço e admito meus erros, ao invés de procurar Judas a meu redor.
Pois se formos nós os infiéis, Deus permanece fiel, pois Ele não pode negar-se a si mesmo. É baixarmos a cabeça, contar com o perdão e a graça divinas, garantidas pelo Evangelho, e seguirmos em frente.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 20 de abril de 2016
- Visualizações: 5477
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados