Palavra do leitor
- 15 de fevereiro de 2017
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Jesus no terreno da humanidade
As narrativas de muitos arraiais evangélicos são constituídas pelos enredos de uma oposição entre corpo e espírito, matéria e transcendência, concreto e abstrato, objetivo e subjetivo. De certo, a migração fluente e confluente da cultura helenística influenciou e formou, ou seja, moldou, expressamente, essa dinâmica hermenêutica. Em outras palavras, durante parte considerável de minha trajetória, dentro do cenário evangélico, observei uma ênfase as questões espirituais, sem levar uma analise séria e coerente sobre as vertentes da alma e do corpo.
Eis a linha arrebatadora e acarretadora de rejeições, por parte das tidas alas conservadoras, ao se enfrentar e confrontar com Jesus, porque (este) sempre atentou para a importância de uma convivência harmonia de todo o nosso ser. Para tanto, valho-me do texto de Lucas 5:1-11,pelo qual o Carpinteiro dos Recomeços, o kairos para todos pisa, caminha, deixa marcas, pegadas no terreno da história dos homens. Aliás, esse terreno, em determinados situações, arenoso, traiçoeiro, perigoso, rachado, esburacado, mas também propício a gerar frutos de vida, com nuances de arte, de estética, de beleza, de bondade, de sorriso, de abraço, de riso, de corações pulsando pela mais salutar e livre paixão, de emoções e sentimentos alforriados de serem armas de vingança, de ofensa, de hostilidade, de violência, de ódio, de morticínio.
Vou adiante, esse terreno marcado pelas feridas, pelas fraturas, pelas cicatrizes de guerras étnicas, ideológicas, movidas e impulsionadas pelos mais banais interesses. São os terrenos de desordem social, de mosaicos de anomia (como o acontecido, mais recentemente, no Espírito Santo, com a degradação das fronteiras do respeito ao próximo e aos limites), da corrupção endêmica e, cada vez mais, entranhada no inconsciente de nossa cultura, do apequenar das instituições públicas, do descrédito da maior corte jurídica do país (diante das posições adotadas pelo Supremo Tribunal Federal), da desilusão estampada, em nosso cotidiano.
Sem sombra de dúvida, o contexto vivenciado por Jesus tinha toda uma avalanche de opressões, de uma esperança mórbida no ar, de Deus não ser levado a sério (principalmente, quando se atentava para um emaranhado de discursos eloquentes dos doutores da lei, entretanto, a léguas de distância dos corações órfãos de uma mensagem efetiva, de mãos a estender, de braços a levantar, de ombros a sustentar).
Diametralmente em situação singular, Jesus vai ao terreno de pescadores, de gente com expectativas de acertar e lograr um retorno esplendoroso, de curiosos alderedor, de descrentes, de revolucionários enrustidos, de estrangeiros (árabes, persas, fenícios, romanos, gregos, por ali), de samaritanos a espreita e, enfim, de gente, como eu e você, com suas dúvidas, com suas incertezas, com suas perguntas afiadas e numa efervescência de ecoar – o quanto tudo aquilo não passava de bobagem, de conversa pra enrolar os incautos, os despreparados, os esquecidos. Mesmo assim, Jesus discorre palavras voltadas a remover todo um arsenal de interpretações da vida, por onde o próximo, ou seja, pessoas, não fossem nossas prioridades e nossos valores.
Presumidamente, todos ficaram, com maior incidência Pedro e os demais pescadores, com relação a pesca conquistada, ao atentarem para o comando de Jesus; agora, há uma inclinação inalterável para o enfoque por pessoas e nada mais e nada menos. Deveras, Jesus entra no terreno da humanidade e apresenta quais são as prioridades e os valores do Reino de Deus, ou seja, pessoas. De notar, parto dessas abordagens e isto me inquieta, me intriga, me importuna, me esgarça, me da uma tapa na cara, me chama para acordar e compreender o chamado de cada cristão, portanto, atentar – se, aferrar – se, arraigar – se, abraçar – se as prioridades e tais assentadas sobre valores compromissados por lutar pelo respeito e pela dignidade do ser humano.
Aqui encontramos o ponto de maior ruptura, a partir de uma leitura honesta, diante de um evangelho barateado, de barganhas, de líderes megalomaníacos, de oportunistas, de charlatões, de figuras espúrias, sem proporcionar nenhuma, mais nenhuma mudança na história de vidas, de pessoas. Vale dizer, o mais dantesco de tudo, são as prioridades e os valores de um Reino que os vangloriem, os enalteça, os divinize, os faça insubstituíveis. Novamente, Jesus nos cutuca e nos chama para ir além de um evangelho dominical e de feitos miraculosos, com o propósito de trabalharmos pelo mais simples e profundo milagre, ou seja, sermos humanos e nos permitirmos. . Indiscutivelmente, Jesus fez de Pedro um pescador de vidas e de levar as pessoas à vida e não a morte, não a exclusão, não a vergonha, não a degradação e aspira efetuar, em nós, ao qual não podemos apagar da memória que o nosso terreno precisa ser fecundado de vivificação, de imaginação, de criatividade, de irreverência, de coragem, de ousadia, de temperança e, portanto, da Graça do Ressurreto.
Eis a linha arrebatadora e acarretadora de rejeições, por parte das tidas alas conservadoras, ao se enfrentar e confrontar com Jesus, porque (este) sempre atentou para a importância de uma convivência harmonia de todo o nosso ser. Para tanto, valho-me do texto de Lucas 5:1-11,pelo qual o Carpinteiro dos Recomeços, o kairos para todos pisa, caminha, deixa marcas, pegadas no terreno da história dos homens. Aliás, esse terreno, em determinados situações, arenoso, traiçoeiro, perigoso, rachado, esburacado, mas também propício a gerar frutos de vida, com nuances de arte, de estética, de beleza, de bondade, de sorriso, de abraço, de riso, de corações pulsando pela mais salutar e livre paixão, de emoções e sentimentos alforriados de serem armas de vingança, de ofensa, de hostilidade, de violência, de ódio, de morticínio.
Vou adiante, esse terreno marcado pelas feridas, pelas fraturas, pelas cicatrizes de guerras étnicas, ideológicas, movidas e impulsionadas pelos mais banais interesses. São os terrenos de desordem social, de mosaicos de anomia (como o acontecido, mais recentemente, no Espírito Santo, com a degradação das fronteiras do respeito ao próximo e aos limites), da corrupção endêmica e, cada vez mais, entranhada no inconsciente de nossa cultura, do apequenar das instituições públicas, do descrédito da maior corte jurídica do país (diante das posições adotadas pelo Supremo Tribunal Federal), da desilusão estampada, em nosso cotidiano.
Sem sombra de dúvida, o contexto vivenciado por Jesus tinha toda uma avalanche de opressões, de uma esperança mórbida no ar, de Deus não ser levado a sério (principalmente, quando se atentava para um emaranhado de discursos eloquentes dos doutores da lei, entretanto, a léguas de distância dos corações órfãos de uma mensagem efetiva, de mãos a estender, de braços a levantar, de ombros a sustentar).
Diametralmente em situação singular, Jesus vai ao terreno de pescadores, de gente com expectativas de acertar e lograr um retorno esplendoroso, de curiosos alderedor, de descrentes, de revolucionários enrustidos, de estrangeiros (árabes, persas, fenícios, romanos, gregos, por ali), de samaritanos a espreita e, enfim, de gente, como eu e você, com suas dúvidas, com suas incertezas, com suas perguntas afiadas e numa efervescência de ecoar – o quanto tudo aquilo não passava de bobagem, de conversa pra enrolar os incautos, os despreparados, os esquecidos. Mesmo assim, Jesus discorre palavras voltadas a remover todo um arsenal de interpretações da vida, por onde o próximo, ou seja, pessoas, não fossem nossas prioridades e nossos valores.
Presumidamente, todos ficaram, com maior incidência Pedro e os demais pescadores, com relação a pesca conquistada, ao atentarem para o comando de Jesus; agora, há uma inclinação inalterável para o enfoque por pessoas e nada mais e nada menos. Deveras, Jesus entra no terreno da humanidade e apresenta quais são as prioridades e os valores do Reino de Deus, ou seja, pessoas. De notar, parto dessas abordagens e isto me inquieta, me intriga, me importuna, me esgarça, me da uma tapa na cara, me chama para acordar e compreender o chamado de cada cristão, portanto, atentar – se, aferrar – se, arraigar – se, abraçar – se as prioridades e tais assentadas sobre valores compromissados por lutar pelo respeito e pela dignidade do ser humano.
Aqui encontramos o ponto de maior ruptura, a partir de uma leitura honesta, diante de um evangelho barateado, de barganhas, de líderes megalomaníacos, de oportunistas, de charlatões, de figuras espúrias, sem proporcionar nenhuma, mais nenhuma mudança na história de vidas, de pessoas. Vale dizer, o mais dantesco de tudo, são as prioridades e os valores de um Reino que os vangloriem, os enalteça, os divinize, os faça insubstituíveis. Novamente, Jesus nos cutuca e nos chama para ir além de um evangelho dominical e de feitos miraculosos, com o propósito de trabalharmos pelo mais simples e profundo milagre, ou seja, sermos humanos e nos permitirmos. . Indiscutivelmente, Jesus fez de Pedro um pescador de vidas e de levar as pessoas à vida e não a morte, não a exclusão, não a vergonha, não a degradação e aspira efetuar, em nós, ao qual não podemos apagar da memória que o nosso terreno precisa ser fecundado de vivificação, de imaginação, de criatividade, de irreverência, de coragem, de ousadia, de temperança e, portanto, da Graça do Ressurreto.
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