Palavra do leitor
- 17 de setembro de 2012
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Jesus Nas Ruas
Situações difíceis foram “feitas” pra serem vivenciadas por aqueles a quem o Senhor concedeu senso e compaixão; constrangimentos só acontecem pelo fato simples de existirem pessoas com sensibilidade suficiente para se colocarem à disposição do Espírito de Deus e passar esses vexames que “estragam” nossas tardes.
Não, eu não estou dizendo do senso de humor de Deus em deixar-nos em saias justas, entre testemunhar e ver o que acontece ou agir como agem os “gentios e publicanos”, tal senso nos persegue há tempos e Ele, sem dúvida, se diverte com as nossas equações morais e sofrimentos agudos de consciência. Particularmente não gosto de lidar com menores de rua, aliás, não é novidade minha total incompetência pra lidar com qualquer humano que tenha menos de um metro e meio de altura ou menos de 21 anos de idade; nasci adulto, isso é triste.
Entretanto a questão que me traz de volta a essa singular vida de articulista foi o e-mail recebido do meu amigo e parceiro, Tony Floriano, um encontro com esses meninos elétricos, falantes, ousados e destemidos – não espere que eu os critique, pois venho das ruas, e admiro sua eficiência em levantar dinheiro pra comida, droga e prostitutas – ainda que reprove o meio e o fim de tal eficácia.
Alimentar ou não um menino de rua que lhe aborda no restaurante? Deixar-lhe uns trocados? Ignorar-lhe a presença? (opção C, quase impossível). É um momento constrangedor sim, e mais, é perigoso também, não duvidem que você e sua família correm riscos sérios; a prudência manda resguardar-se enquanto o cristianismo manda expor-se, a lembrança de outros momentos ruins manda afastar-se enquanto a visão do faminto lhe ordena que estenda a mão; ah, dias ruim, caro amigo.
Alimentar os famintos não é, nem de longe obrigação de quem quer que seja; antes e sem hipocrisia – ainda que me chamem disso n’outras vezes – é um privilégio, não apenas alimentar por alimentar, se livrando assim e rapidamente da importunação, mas fazer isso prazerosamente. Meu amigo, o Tony que é psicanalista, mas antes é crente em Jesus, sendo absolutamente honesto diz não saber o motivo de alimentar o garoto, compaixão ou constrangimento, mas eu digo caro amigo, foi por amor, mesmo disfarçado de estoica postura de livrar-se de um “pedinte”.
Em Jesus, o Cristo de Deus, nós nos movemos em direção a essas situações por sermos antes movidos por Ele a sermos sal e luz e mão que acolhe. Eu, aqui na Missão Vida, faço isso todos os dias por vocação religiosa, chamado missionário ou qualquer seja a definição que se adeque, enquanto os crentes aí fora, fazem isso por puro amor, e se constrangimento há, é do Espírito, que permite a cada discípulo e discípula ser cada vez mais parecido com Jesus, e não com o samaritano somente.
O fato de gastar sua tarde pensando no assunto e se gastando com o mesmo já responde suas inquietações e amplia meu sentimento bom para este dia e todos os outros quando eu olhar algum olhar pidão e ouvir algumas palavras ensaiadas de um menino das ruas, seja aqui, seja onde for.
“Então as ovelhas vão dizer: “Mestre, do que está falando? Quando foi que te vimos com fome e te alimentamos”? O Rei dirá: “Toda vez que vocês fizeram essas coisas a algum marginalizado ou excluído, aquele era eu – estavam ajudando a mim”. Mateus 25: 37 – A Mensagem.
Não, eu não estou dizendo do senso de humor de Deus em deixar-nos em saias justas, entre testemunhar e ver o que acontece ou agir como agem os “gentios e publicanos”, tal senso nos persegue há tempos e Ele, sem dúvida, se diverte com as nossas equações morais e sofrimentos agudos de consciência. Particularmente não gosto de lidar com menores de rua, aliás, não é novidade minha total incompetência pra lidar com qualquer humano que tenha menos de um metro e meio de altura ou menos de 21 anos de idade; nasci adulto, isso é triste.
Entretanto a questão que me traz de volta a essa singular vida de articulista foi o e-mail recebido do meu amigo e parceiro, Tony Floriano, um encontro com esses meninos elétricos, falantes, ousados e destemidos – não espere que eu os critique, pois venho das ruas, e admiro sua eficiência em levantar dinheiro pra comida, droga e prostitutas – ainda que reprove o meio e o fim de tal eficácia.
Alimentar ou não um menino de rua que lhe aborda no restaurante? Deixar-lhe uns trocados? Ignorar-lhe a presença? (opção C, quase impossível). É um momento constrangedor sim, e mais, é perigoso também, não duvidem que você e sua família correm riscos sérios; a prudência manda resguardar-se enquanto o cristianismo manda expor-se, a lembrança de outros momentos ruins manda afastar-se enquanto a visão do faminto lhe ordena que estenda a mão; ah, dias ruim, caro amigo.
Alimentar os famintos não é, nem de longe obrigação de quem quer que seja; antes e sem hipocrisia – ainda que me chamem disso n’outras vezes – é um privilégio, não apenas alimentar por alimentar, se livrando assim e rapidamente da importunação, mas fazer isso prazerosamente. Meu amigo, o Tony que é psicanalista, mas antes é crente em Jesus, sendo absolutamente honesto diz não saber o motivo de alimentar o garoto, compaixão ou constrangimento, mas eu digo caro amigo, foi por amor, mesmo disfarçado de estoica postura de livrar-se de um “pedinte”.
Em Jesus, o Cristo de Deus, nós nos movemos em direção a essas situações por sermos antes movidos por Ele a sermos sal e luz e mão que acolhe. Eu, aqui na Missão Vida, faço isso todos os dias por vocação religiosa, chamado missionário ou qualquer seja a definição que se adeque, enquanto os crentes aí fora, fazem isso por puro amor, e se constrangimento há, é do Espírito, que permite a cada discípulo e discípula ser cada vez mais parecido com Jesus, e não com o samaritano somente.
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“Então as ovelhas vão dizer: “Mestre, do que está falando? Quando foi que te vimos com fome e te alimentamos”? O Rei dirá: “Toda vez que vocês fizeram essas coisas a algum marginalizado ou excluído, aquele era eu – estavam ajudando a mim”. Mateus 25: 37 – A Mensagem.
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