Palavra do leitor
- 12 de maio de 2009
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Jesus e os números (parte 2)
Nada contra ambição de melhorar, de ser bom no que faz, de buscar o melhor. Conheço outro líder que quer ser o maior pastor do Rio de Janeiro (hoje é o Rio; amanhã, o mundo). Ama de paixão o Rick Wrong, perdão, Warren. Disse com um olhar fixo num ponto de fuga acima de nossos ombros que seria melhor que um determinado colega bem-sucedido na Zona Oeste da Cidade. Ele é apaixonado por mídia. Cuide-se, Marcelo Rossi! Exige que sua congregação pague horários em rádios. Ele quer ser pastor de jogadores de futebol, de cantores evangélicos, de políticos, enfim, de gente famosa, influente e com dinheiro. Mas quem não quer? Obviamente a divulgação de sua igreja a catapultará ao imaginário popular que se impressiona com números e fama. É preciso vender seu nome, vender sua igreja, vender seus projetos faraônicos (para não dizer megalomaníacos) pois é disso que o povo gosta: "Se está na televisão, numa programação de rádio e no jornal (fora das páginas policiais, claro) então é bom". Poucos são os que não se importam em ser pastoreados por um famoso "Quem?" Deus deve estar feliz com esta "evangelização" porque dá audiência para Jesus. Jesus fica mais famoso, fica mais poderoso, mais rico, mais tudo, enfim. O papa não pode ser mais pop que Jesus, irmão!
Alguém me explique porque a semente do Evangelho não fica só no "cem por um". Temos o "30" e o "60" também, não é? Alguém por favor, me explique – sem recalque de igreja pequena nem com arrogância das grandes – o que significa “poucos são os que a encontram” ao se referir à porta estreita? Alguém, por favor, me esclareça por que a igreja de Laodicéia se parece tanto com as megaigrejas de hoje? Não que as pequenas sejam – por serem pequenas – imunes à anomalias, mas a Bíblia é tão clara naquela passagem... Me convença, alguém, que Laodicéia era um igrejão que acabou porque o anjo daquela igreja obedeceu a Jesus e pregou que suas ovelhas eram pobres, cegas e nuas! Sim, porque isto deve acabar com qualquer igreja! Jesus estava meio esquecido da importância dos números?
Li no Jornal Batista o texto de um colega no qual defendia a tese de que a Bíblia gosta de números. Nos levou até à igreja primitiva. Baseado no relato de Lucas nos lembrou que no culto de inauguração Pedro ganhou – ou a igreja ganhou, sei lá – três mil membros. Depois foi mais à frente e disse que Lucas registrou mais almas e eram tantas que parou de contar. Ufa, que show da fé! Realmente, seguindo este raciocínio, as igrejas nanicas estão com seus dias contados. Contados? Bem, se este é o critério de avaliação de Deus em que o interesse primordial é contar membros, pastores de igrejas pequenas tem de correr atrás do prejuízo!
Se o critério de avaliação divino é qualidade, então que Ele exercite Sua longanimidade. Esse negócio de comprar certificado de ISO9000 é desonesto. Então, muita calma nesta hora. Até porque qualidade não rima com pragmatismo nem irmão discipulado com pastor dissimulado – se é que ninguém percebeu. Para haver qualidade é preciso muito trabalho e paciência: qualidade que falta a quem só pensa em quantidade, quem vive na base do maquiavelismo e quem tem pressa. Pressa de quê? Não entendo esta pressa. Deus tem pressa? O único apressado que eu vejo na Bíblia é Satanás (Ap. 12.12) quando vê que seu tempo está acabando (até ele fixa os olhos na figueira).
Alguém me explique porque a semente do Evangelho não fica só no "cem por um". Temos o "30" e o "60" também, não é? Alguém por favor, me explique – sem recalque de igreja pequena nem com arrogância das grandes – o que significa “poucos são os que a encontram” ao se referir à porta estreita? Alguém, por favor, me esclareça por que a igreja de Laodicéia se parece tanto com as megaigrejas de hoje? Não que as pequenas sejam – por serem pequenas – imunes à anomalias, mas a Bíblia é tão clara naquela passagem... Me convença, alguém, que Laodicéia era um igrejão que acabou porque o anjo daquela igreja obedeceu a Jesus e pregou que suas ovelhas eram pobres, cegas e nuas! Sim, porque isto deve acabar com qualquer igreja! Jesus estava meio esquecido da importância dos números?
Li no Jornal Batista o texto de um colega no qual defendia a tese de que a Bíblia gosta de números. Nos levou até à igreja primitiva. Baseado no relato de Lucas nos lembrou que no culto de inauguração Pedro ganhou – ou a igreja ganhou, sei lá – três mil membros. Depois foi mais à frente e disse que Lucas registrou mais almas e eram tantas que parou de contar. Ufa, que show da fé! Realmente, seguindo este raciocínio, as igrejas nanicas estão com seus dias contados. Contados? Bem, se este é o critério de avaliação de Deus em que o interesse primordial é contar membros, pastores de igrejas pequenas tem de correr atrás do prejuízo!
Se o critério de avaliação divino é qualidade, então que Ele exercite Sua longanimidade. Esse negócio de comprar certificado de ISO9000 é desonesto. Então, muita calma nesta hora. Até porque qualidade não rima com pragmatismo nem irmão discipulado com pastor dissimulado – se é que ninguém percebeu. Para haver qualidade é preciso muito trabalho e paciência: qualidade que falta a quem só pensa em quantidade, quem vive na base do maquiavelismo e quem tem pressa. Pressa de quê? Não entendo esta pressa. Deus tem pressa? O único apressado que eu vejo na Bíblia é Satanás (Ap. 12.12) quando vê que seu tempo está acabando (até ele fixa os olhos na figueira).
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