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Palavra do leitor

Jesus Cristo e Steves Jobs: dois foras da lei?

"ser criativo e inovador albergam uma resistência para não perder de vista a inocência da imaginação."

Na última semana, a notícia da morte de Steves Jobs, responsável por causar uma fronteira entre o antes e depois na concepção dos computadores, vitimado por uma neoplasia maligna no pâncreas, me levou a uma acurada elucubração. Mais precisamente, por meio de sua capacidade de dizer ao pré – estabelecido, numa época em que os computadores não passavam de ferramentas eqüidistantes da realidade cotidiana. A grosso modo, Steve arriscou e na trajetória da incerteza, lançou as redes no que tange a possibilidade criadora de os computadores se tornarem em instrumentos de uso pessoal e massivo. Não deu outra, as visões ortodoxas e reticentes rechaçaram, com veemência, respectiva aspiração. Independentemente disso, havia naquele indivíduo de aparência pacata, desvencilhado dos holofotes e das panacéias do status quo social de ser uma celebridade, uma coragem para ser ingênuo. Em outras palavras, ancorado no porto do por qual motivo não pode ser assim? Faz – se observar, a participação do outrora maestro da Apple, incontestavelmente, desencadeou uma irrupção de mudanças e transformações no contexto de uma sociedade permeada pelas inovações da tecnologia, da integração de idéias e informações. Por conseqüência, os nossos hábitos, posturas e decisões de viver sofreram e tem sido submetido a impactantes alterações. Hoje, graças a esse espírito ingênuo, a essa imaginação disposta a arriscar, podemos verificar, dentre tantas contribuições, mais recentemente, os tabletes manuseados nas esquinas, nas estações de metro, nas universidades e tantos outros espaços. Sem sombra de dúvida, cotejo – o a um fora da lei, não segundo uma conotação pejorativa.

Opostamente, alguém que, de certa maneira, guardadas as suas devidas proporções, desmistificou o uso dos computadores e dos celulares. Ora, a expressão fora da lei envolve um parar e ponderar sobre a validade de petrificados paradigmas, sistemas de conduta e norteamentos tidos como cartilhas de fé. Indo aos militantes sobre a inviabilidade da aplicação dos computadores para uso pessoal e massivo; agora devem torcer o nariz e obrigados a dar o braço a torcer. Faço correspondentes anotações, devido a questão de enfrentarmos um momento de escassez, para não dizer profunda sequidão, de personalidades munidas com essa coragem para uma ingenuidade capaz de apresentar alternativas, ou de autênticos foras da lei diante de um emaranhado de regramentos danosos para a sociedade. Nesta linha de desafios, coloco os pés e ando pelos enredos de João 01.01 e ali encontro a decisão irrevogável de Deus por ser um fora da lei, por meio de Cristo Jesus. Negar seria uma tolice, a transcendência entrou em cena e participou das ambigüidades de um povo sem imaginação e submergido nas férreas e inexoráveis pilhagens de sistemas e leis desprovidas de condições de dizer o quanto ainda vale a pena viver. Eis a trajetória feita por esse fora da lei, uma vez que esparramou uma esperança sensível aos deserdados de justiça, de alegria e de paz, sem desembocar em revoluções sanguíneas. Afinal de contas, defendia a revolução libertadora do espírito, da imaginação e da coragem para não deixar a peteca cair.

Basta irmos aos episódios de uma mulher adúltera embevecida pelo amor perdoador de um Deus de recomeços; ou o centurião romano, símbolo paradigmático da opressão e espoliação romana, como manifestação de uma fé alforriada; ou a convulsiva narrativa do samaritano, como personagem da prática sólida e perceptível da preservação, da inspiração e do agir em prol da vida humana, sem olhar para os muros das divergências raciais, étnicas, históricas, culturais, religiosas e por ai vai. Deveras, Jesus respondeu pela coragem do Criador a efeito de ser ingênuo, sim e sim, pela humanidade. Por tal modo, os labirintos de uma religiosidade pragmática, manipulada por um caudilho farisaístico vazio e outros coadjuvantes mais compromissados em solapar do ser humano uma espiritualidade imaginativa e criadora.

Partirmos dessas afirmações e chegamos a conclusão de, caso haja ainda uma coragem para isso, abrirmos os olhos e, quem sabe, aceitarmos o convite para nos desfazer de tantos entulhos de imposições advindos de paradigmas a léguas de distância das descobertas da revelação de Deus. Não pretendo aqui converter ninguém a esse ou aquele credo; no entanto, boa parte do sofrimento de muitos e, tristemente, nos arraiais evangélicos, tem como nascente o engano de conceber um evangelho de trincheiras, de arames farpados e de culpas irremovíveis. Talvez seja o momento de se tornar um fora da lei e, como resultado, ir além de uma vontade egocêntrica e partir a direção do siga – me, de submergir integralmente numa espiritualidade criadora de possibilidades, mesmo diante das tensões e das agruras dessa vida.

Ademais, podemos, sim e sim, deixar o legado simples de que a vida tem sentido, tem destino e tem motivo.
São Paulo - SP
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