Palavra do leitor
- 06 de agosto de 2021
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Jerusalém herodiana
"Quando o rei Herodes ouviu isso, ficou perturbado, e toda Jerusalém com ele" Mt 2.2.
Desde a queda da humanidade, na opção de autonomia em relação a Deus e seu governo, sempre houve perturbação da ordem na forma de agitação social, ou de outra natureza e contexto.
Isso se deve ao fato que por ocasião do audacioso salto da dimensão da luz para o antro da escuridade, caracterizando a queda no pecado.
Esta ousadia, não apenas deformou o ser humano, mas colocou em marcha um processo deletério compreendido na segunda lei da termodinâmica [lei da desintegração], na qual a perfeição passa para desordem, numa ligeira decomposição na ordem dos elementos.
No contexto, o livro dito "não científico" enfatiza a desordem cósmica: "Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora" Rm 8.22. Aqui faz alusão figurada à desordem do ecossistema.
Porém, em passagem paralela está escrito de forma contundente e clara:
"... o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, os elementos, ardendo se desfarão, a terra e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade? Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo se fundirão?" 2 Pe 3.10-12.
Não obstante à gravidade da anomalia em processo de desintegração contínua na linha do tempo, paira acomodação, ceticismo, conformidade, e uma aceitação como se tudo tratasse meramente de fenômenos naturais. Entretanto, este não será o enfoque deste texto.
O contexto do versículo introdutório dá ênfase à perturbação de Herodes e toda Jerusalém com o fato novo. O nascimento de Cristo.
Na verdade o mundo de então e toda temporalidade, de igual forma perturbaram-se com este mistério. Afinal, a encarnação do Verbo [Jesus Cristo] Jo 1.14, perturbou o verbo de toda carne, em seu romance tenebroso.
Neste contexto, o noivo traído disse em tom de lamento: "A Luz veio ao mundo, porém os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" Jo 3.19.
Os cavilosos amantes também ficaram perplexos e perturbados com a maravilha. O primeiro homem alegou medo quando perdeu a imagem de Deus, porém seus descendentes revoltaram-se quando viram a "imagem" perdida, no Deus [Cristo] manifesto na forma humana.
Aquele recorreu ao bode expiatório, entretanto os românticos desertores perturbados recitaram unânimes: "Não queremos que este reine sobre nós" Lc 19.14.
A perturbação do rei era reflexo da revolta do príncipe deste mundo, o qual tentou usurpar ainda no Céu o trono do Eterno e Único Deus, e repercute com forte ressonância em toda alma que anseia reinar sem Deus, tornando-se [como] Deus, Gn 3.22.
Portanto, desde o nascimento de Cristo, o espírito do anticristo manifesta-se no mundo de forma subjetiva e coletiva, através dos poderes constituídos, por meio de resoluções internacionais, do humanismo, filosofias, política, religiões, decretos de lei, e outros.
Tamanha é a inquietação com relação a Cristo que até da literatura está sendo apagado, pois o período assinalado como antes de Cristo [a.C] foi substituído pela expressão [AEC] Antes da Era Comum, e depois de Cristo [AD, Ano Domini] passou a denominar-se [EC], Era Comum.
Na atualidade é politicamente incorreto ser a favor de Israel, visto ser o berço do cristianismo. Nos Estados Unidos não é correto falar Merry Christmas [feliz Natal], porém, "boas festas" é a expressão correlata convencional, para não "ofender" ou discriminar as demais religiões, e para não mencionar ou lembrar Cristo.
Portanto, o anticristo se levantou no Céu em oposição a Deus. Levou consigo uma legião de anjos que se tornaram demônios, depois induziu a humanidade ainda nos lombos de Adão, constituindo-se pai da mentira, príncipe deste mundo e deus deste século. Este, "cegou" [apagou da mente] os incrédulos, a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" 2 Co 4.4.
Entretanto, quando a Luz entra no mundo tenebroso há assombrosa perplexidade e revolta generalizada, insuflada pelas hostes invisíveis tentando confundir a luz com as trevas.
Assim reage Herodes hodierno, sua Jerusalém simulacro, e os sequazes abduzidos, que em cativeiro, interagem no princípio da "síndrome de Estocolmo", tendo intimidade e advogando em defesa de seu algoz.
Com o discurso de "adoração" e sórdido decreto, Herodes assassinou inocentes, Mt 2.16. Mais tarde, os súditos crucificaram Cristo com o braço político mundial, e na atualidade O estão matando na "Jerusalém de Herodes" com a falsa paz, falso Cristo, e arremedo ecuménico.
Entretanto, o "Morto" continua alertando do cume do gólgota: "Jerusalém, Jerusalém, que mata e apedreja…" Mt 23.37. Ela é a "grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado", Ap 11.8. Esta é "Jerusalém" com cara de Herodías.
Desde a queda da humanidade, na opção de autonomia em relação a Deus e seu governo, sempre houve perturbação da ordem na forma de agitação social, ou de outra natureza e contexto.
Isso se deve ao fato que por ocasião do audacioso salto da dimensão da luz para o antro da escuridade, caracterizando a queda no pecado.
Esta ousadia, não apenas deformou o ser humano, mas colocou em marcha um processo deletério compreendido na segunda lei da termodinâmica [lei da desintegração], na qual a perfeição passa para desordem, numa ligeira decomposição na ordem dos elementos.
No contexto, o livro dito "não científico" enfatiza a desordem cósmica: "Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora" Rm 8.22. Aqui faz alusão figurada à desordem do ecossistema.
Porém, em passagem paralela está escrito de forma contundente e clara:
"... o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, os elementos, ardendo se desfarão, a terra e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade? Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo se fundirão?" 2 Pe 3.10-12.
Não obstante à gravidade da anomalia em processo de desintegração contínua na linha do tempo, paira acomodação, ceticismo, conformidade, e uma aceitação como se tudo tratasse meramente de fenômenos naturais. Entretanto, este não será o enfoque deste texto.
O contexto do versículo introdutório dá ênfase à perturbação de Herodes e toda Jerusalém com o fato novo. O nascimento de Cristo.
Na verdade o mundo de então e toda temporalidade, de igual forma perturbaram-se com este mistério. Afinal, a encarnação do Verbo [Jesus Cristo] Jo 1.14, perturbou o verbo de toda carne, em seu romance tenebroso.
Neste contexto, o noivo traído disse em tom de lamento: "A Luz veio ao mundo, porém os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" Jo 3.19.
Os cavilosos amantes também ficaram perplexos e perturbados com a maravilha. O primeiro homem alegou medo quando perdeu a imagem de Deus, porém seus descendentes revoltaram-se quando viram a "imagem" perdida, no Deus [Cristo] manifesto na forma humana.
Aquele recorreu ao bode expiatório, entretanto os românticos desertores perturbados recitaram unânimes: "Não queremos que este reine sobre nós" Lc 19.14.
A perturbação do rei era reflexo da revolta do príncipe deste mundo, o qual tentou usurpar ainda no Céu o trono do Eterno e Único Deus, e repercute com forte ressonância em toda alma que anseia reinar sem Deus, tornando-se [como] Deus, Gn 3.22.
Portanto, desde o nascimento de Cristo, o espírito do anticristo manifesta-se no mundo de forma subjetiva e coletiva, através dos poderes constituídos, por meio de resoluções internacionais, do humanismo, filosofias, política, religiões, decretos de lei, e outros.
Tamanha é a inquietação com relação a Cristo que até da literatura está sendo apagado, pois o período assinalado como antes de Cristo [a.C] foi substituído pela expressão [AEC] Antes da Era Comum, e depois de Cristo [AD, Ano Domini] passou a denominar-se [EC], Era Comum.
Na atualidade é politicamente incorreto ser a favor de Israel, visto ser o berço do cristianismo. Nos Estados Unidos não é correto falar Merry Christmas [feliz Natal], porém, "boas festas" é a expressão correlata convencional, para não "ofender" ou discriminar as demais religiões, e para não mencionar ou lembrar Cristo.
Portanto, o anticristo se levantou no Céu em oposição a Deus. Levou consigo uma legião de anjos que se tornaram demônios, depois induziu a humanidade ainda nos lombos de Adão, constituindo-se pai da mentira, príncipe deste mundo e deus deste século. Este, "cegou" [apagou da mente] os incrédulos, a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" 2 Co 4.4.
Entretanto, quando a Luz entra no mundo tenebroso há assombrosa perplexidade e revolta generalizada, insuflada pelas hostes invisíveis tentando confundir a luz com as trevas.
Assim reage Herodes hodierno, sua Jerusalém simulacro, e os sequazes abduzidos, que em cativeiro, interagem no princípio da "síndrome de Estocolmo", tendo intimidade e advogando em defesa de seu algoz.
Com o discurso de "adoração" e sórdido decreto, Herodes assassinou inocentes, Mt 2.16. Mais tarde, os súditos crucificaram Cristo com o braço político mundial, e na atualidade O estão matando na "Jerusalém de Herodes" com a falsa paz, falso Cristo, e arremedo ecuménico.
Entretanto, o "Morto" continua alertando do cume do gólgota: "Jerusalém, Jerusalém, que mata e apedreja…" Mt 23.37. Ela é a "grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado", Ap 11.8. Esta é "Jerusalém" com cara de Herodías.
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