Palavra do leitor
- 11 de maio de 2007
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Já chegou ao Brasil e está no meio de nós
Mais brasileiros confiam na igreja segundo pesquisa da CNT/Sensus, precisamente 37% da população. E os outros 63%, não estariam convencidos sobre "sua" igreja?
A missão de Bento XVI seria reconquistar fiéis no Brasil. O cardeal d. Cláudio Hummes afirma: "Nós tivemos no Brasil uma evasão de católicos acentuada (...): ao redor de 1% ao ano". "É importante que a Igreja Católica pergunte a si mesma – e o papa quer ajudar nesta reflexão – o que se deve de fato fazer" (BBC).
Para o renomado e sensurado Leonardo Boff, em entrevista à DW-World, a culpa é da própria igreja católica com sua hierarquia muito rígida e enorme carência de padres. A prioridade do papa, diz ele, deveria ser os graves problemas sociais e ambientais do Brasil. Nisso ele vê os evangélicos como aliados: "Quando diferentes igrejas se unem em torno da temática da pobreza, da desigualdade social, da temática ecológica e elaboram uma posição comum, então surge uma grande cooperação."
Evangélicos seriam concorrentes sob o ponto de vista do marqueteiro dos católicos, Antônio Kater, e aplicar estratégias de marketing seria a solução. Na revista "Isto é" ele fala que "a Igreja Católica tem mais de dois mil anos de história porque tem o melhor logotipo, a cruz; (...) e o grande produto, a salvação." Para ele se Jesus Cristo fosse vivo, não diria aos fiéis que "o reino de Deus é como um tesouro escondido", e sim "o reino de Deus é como ganhar sozinho na loto". Erro duplo: Jesus está vivo e sabia exatamente o que falava.
Mateus compilou no capítulo 13 do seu evangelho 6 parábolas onde Jesus explica de forma especial a essência do Reino dos céus. Ele não falou de palácios, sistemas de governo ou exércitos, pelo contrário o Mestre cita uma lavoura, um grão de mostarda, o fermento, uma pérola, um tesouro, uma rede. O juízo eterno é o tema da primeira e última parábola. O grão de mostarda e o fermento apontam para a dinâmica da fé em Deus. Isso condiz com os rudimentos da doutrina cristã em Hebreus 6.1-2. O Rei do universo é digno então de temor, fé e confiança. A cruz surge nas entrelinhas das parábolas da pérola e do tesouro revelando um outro ponto básico, o arrependimento de obras mortas, que é a atitude de deixarmos tudo (vendermos) para comprarmos o que realmente tem valor. Achar tesouros, idéia que facina as crianças, é mais raro que ganhar na loto! Enquanto um bilhete custa uma mixaria e está vinculado ao ócio, achar um tesouro escondido envolveu trabalho, pois o "sortudo" arava um campo, que para comprá-lo custou-lhe tudo.
Seria a salvação um produto ou a cruz uma patente católica? Numa terrível crise existencial, apavorado com a idéia da morte, deparei-me com um livreto católico com o título "A Bíblia foi escrita para você", nele o autor escrevia que todo cristão deve ter a certeza da salvação. Esse é meu problema... pensei. Porém os sacramentos católicos não me convenceram. Mas a salvação dos evangélicos me foi apresentada como um presente. Depois notei que tínhamos também nossos sacramentos como os rituais de atender a um apelo ou fazer uma oração de entrega. Não desmereço a efetividade de certo pragmatismo, mas somente apelo para a singeleza de Cristo que é incomparavelmente melhor. Quando recebemos um discípulo seu ou uma criança em seu nome, assim é que o recebemos! (Mt 10.40 e Mc 9.37). Isso se dá na igreja (seu corpo) que expressa santidade, amor e unidade. Estes sim são os verdadeiros santos, de carne, mas que conhecemos em espírito (2 Co 5.16) com quem convivemos!
No capítulo entitulado o evangelho do Reino de Deus, Joseph Ratzinger argumenta em seu novo livro, que este evangelho consiste em ação. A pregação é seguida da manifestação do poder, escreveu John Winber, o fundador da Vineyard, em seu famoso livro "Evangelização com poder". Os pentecostais e neo-pentecostais enfatizam a manifestação sobrenatural que fascina e é bíblica, mas pode equivocadamente ser usada como jogada de Marketing. Não seria esse o real motivo da canonização do Frei Galvão? Mas Jesus sempre foi cuidadoso e colocou limites na "euforia" sobrenatural, ainda que operasse muitos milagres. Já a manifestação natural é enfatizada pelos teólogos da libertação e abordada pelo chamado evangelho pleno. Mas não teria sido a ação social e política a ambição dos zelotes, dos quais Judas fazia parte, resultando nisso a sua própria perdição? Não. Primeiro, Simão é quem foi zelote; e a Bíblia nos revela ainda que Judas não se preocupava com pobres, mas que era ladrão (Jo 12.6). Se as CEBs existentes no Brasil em seus inúmeros grupos têm estudado com seriedade a Bíblia, dificilmente encontrarão ali um Jesus revolucionário. Também não verão nos evangélicos latinos cúmplices do capitalismo ou CIA. Quem afirma estas coisas está alienado pela ideologia política.
Dar a César e a Deus o que lhes pertecem não é suficiente para evitar perseguições, pois o Reino foi dado não aos gananciosos e invejosos mas aos pobres (Lc 6.20). E ele já está no Brasil, e virá ainda 100%, sobre toda a terra.
A missão de Bento XVI seria reconquistar fiéis no Brasil. O cardeal d. Cláudio Hummes afirma: "Nós tivemos no Brasil uma evasão de católicos acentuada (...): ao redor de 1% ao ano". "É importante que a Igreja Católica pergunte a si mesma – e o papa quer ajudar nesta reflexão – o que se deve de fato fazer" (BBC).
Para o renomado e sensurado Leonardo Boff, em entrevista à DW-World, a culpa é da própria igreja católica com sua hierarquia muito rígida e enorme carência de padres. A prioridade do papa, diz ele, deveria ser os graves problemas sociais e ambientais do Brasil. Nisso ele vê os evangélicos como aliados: "Quando diferentes igrejas se unem em torno da temática da pobreza, da desigualdade social, da temática ecológica e elaboram uma posição comum, então surge uma grande cooperação."
Evangélicos seriam concorrentes sob o ponto de vista do marqueteiro dos católicos, Antônio Kater, e aplicar estratégias de marketing seria a solução. Na revista "Isto é" ele fala que "a Igreja Católica tem mais de dois mil anos de história porque tem o melhor logotipo, a cruz; (...) e o grande produto, a salvação." Para ele se Jesus Cristo fosse vivo, não diria aos fiéis que "o reino de Deus é como um tesouro escondido", e sim "o reino de Deus é como ganhar sozinho na loto". Erro duplo: Jesus está vivo e sabia exatamente o que falava.
Mateus compilou no capítulo 13 do seu evangelho 6 parábolas onde Jesus explica de forma especial a essência do Reino dos céus. Ele não falou de palácios, sistemas de governo ou exércitos, pelo contrário o Mestre cita uma lavoura, um grão de mostarda, o fermento, uma pérola, um tesouro, uma rede. O juízo eterno é o tema da primeira e última parábola. O grão de mostarda e o fermento apontam para a dinâmica da fé em Deus. Isso condiz com os rudimentos da doutrina cristã em Hebreus 6.1-2. O Rei do universo é digno então de temor, fé e confiança. A cruz surge nas entrelinhas das parábolas da pérola e do tesouro revelando um outro ponto básico, o arrependimento de obras mortas, que é a atitude de deixarmos tudo (vendermos) para comprarmos o que realmente tem valor. Achar tesouros, idéia que facina as crianças, é mais raro que ganhar na loto! Enquanto um bilhete custa uma mixaria e está vinculado ao ócio, achar um tesouro escondido envolveu trabalho, pois o "sortudo" arava um campo, que para comprá-lo custou-lhe tudo.
Seria a salvação um produto ou a cruz uma patente católica? Numa terrível crise existencial, apavorado com a idéia da morte, deparei-me com um livreto católico com o título "A Bíblia foi escrita para você", nele o autor escrevia que todo cristão deve ter a certeza da salvação. Esse é meu problema... pensei. Porém os sacramentos católicos não me convenceram. Mas a salvação dos evangélicos me foi apresentada como um presente. Depois notei que tínhamos também nossos sacramentos como os rituais de atender a um apelo ou fazer uma oração de entrega. Não desmereço a efetividade de certo pragmatismo, mas somente apelo para a singeleza de Cristo que é incomparavelmente melhor. Quando recebemos um discípulo seu ou uma criança em seu nome, assim é que o recebemos! (Mt 10.40 e Mc 9.37). Isso se dá na igreja (seu corpo) que expressa santidade, amor e unidade. Estes sim são os verdadeiros santos, de carne, mas que conhecemos em espírito (2 Co 5.16) com quem convivemos!
No capítulo entitulado o evangelho do Reino de Deus, Joseph Ratzinger argumenta em seu novo livro, que este evangelho consiste em ação. A pregação é seguida da manifestação do poder, escreveu John Winber, o fundador da Vineyard, em seu famoso livro "Evangelização com poder". Os pentecostais e neo-pentecostais enfatizam a manifestação sobrenatural que fascina e é bíblica, mas pode equivocadamente ser usada como jogada de Marketing. Não seria esse o real motivo da canonização do Frei Galvão? Mas Jesus sempre foi cuidadoso e colocou limites na "euforia" sobrenatural, ainda que operasse muitos milagres. Já a manifestação natural é enfatizada pelos teólogos da libertação e abordada pelo chamado evangelho pleno. Mas não teria sido a ação social e política a ambição dos zelotes, dos quais Judas fazia parte, resultando nisso a sua própria perdição? Não. Primeiro, Simão é quem foi zelote; e a Bíblia nos revela ainda que Judas não se preocupava com pobres, mas que era ladrão (Jo 12.6). Se as CEBs existentes no Brasil em seus inúmeros grupos têm estudado com seriedade a Bíblia, dificilmente encontrarão ali um Jesus revolucionário. Também não verão nos evangélicos latinos cúmplices do capitalismo ou CIA. Quem afirma estas coisas está alienado pela ideologia política.
Dar a César e a Deus o que lhes pertecem não é suficiente para evitar perseguições, pois o Reino foi dado não aos gananciosos e invejosos mas aos pobres (Lc 6.20). E ele já está no Brasil, e virá ainda 100%, sobre toda a terra.
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