Israel, Israel, porque matas os palestinos?

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Infelizmente muitos dos nossos irmãos defendem a barbárie de Israel contra os palestinos, alegando, acredito eu, que é pela sua má compreensão "crentes". Pensam que este Israel – que está sendo definido também como terrorista, pois, para cumprir sua missão de Estado atinge "sem querer... querendo", civis inocentes – é o mesmo Israel bíblico, ou que pelo menos, pode vir a ser com base em sua corrente teologia dispensacionalista.

No ano passado, antes das eleições presidenciais norte americanas, foi realizada uma pesquisa onde uma grande porcentagem dos cristãos americanos apoiavam Israel em suas incursões contra o "terror Palestino-muçulmano".

Segundo post do colega Paulo Teixeira em seu blog “Holofote”:

"Numa sondagem organizada por uma organização evangélica sediada em Washington DC foi revelado que entre os cristãos, cerca de 82% acreditam que têm uma obrigação moral para apoiar Israel e os Judeus.

Esta pesquisa, realizada entre católicos e protestantes, sondou os seus posicionamentos em relação ao futuro de Jerusalém e as formas de lidar com o problema nuclear iraniano.

32% dos inquiridos acreditam que um estado criado lado a lado com Israel seria um estado de terroristas e 50% declararam o seu apoio a uma Jerusalém indivisível. Segundo esta pesquisa, 65% dos americanos cristãos acreditam que o Irão está a desenvolver armas nucleares, que os seus líderes tentarão utilizar para a destruição de Israel. A mesma percentagem declarou que o posicionamento dos candidatos à presidência em relação a Israel determinará a sua intenção de voto.

Cerca de metade dos inquiridos mostrou ainda um interesse em visitar Israel num próximo futuro.

É esta "força moral" que suporta a América e estamos certos que estas próximas eleições nos EUA determinarão o futuro glorioso ou sombrio daquela grande nação, acima de tudo pelo posicionamento do candidato vencedor em relação a Israel. E parecem já haver posições bem distintas... Shalom, Israel!"

Essa maneira de ver as coisas não é exclusiva dos ianques, pois, aqui na America Latina grande parte das nossas igrejas evangélicas infelizmente consome e reproduz esse ‘produto ideológico e teológico fundamentalista’, manipulado justamente para perpetuação e compromisso com um status dominante e de limpeza moral – e étnica no caso do Estado de Israel -, não enxergando assim, a perversidade nas estruturas, sejam elas, israelenses, palestinas ou qualquer que atentem contra a vida humana.

Na negligência de um posicionamento mais radical, radicalidade esta que provém de um evangelho que denuncia as injustiças, sejam elas quais e de onde forem, não podemos mais manter um discurso elegantemente moral, mais inócuo teológico e culturalmente quando um dos lados massacra e o outro é massacrado. Israel está matando os palestinos profetas, profetas estes que não são de Israel, mas biblicamente até os que eram foram perseguidos e mortos... Profetas que são homens, mulheres e crianças indefesas que denunciam o massacre vexaminoso desde 1948 por meio da “expropriação de suas terras e casas, deslocamentos forçados, estupros, torturas, assassinatos, privações, humilhações de toda ordem e todo um rol de violações de seus direitos sob o jugo de Israel, a começar pelo direito de viver onde viveram seus pais e avós” (Trecho de Pedro Amaral, em recente artigo: Temor e desejo no gueto de Gaza).

Em meio a tanta brutalidade, paremos de uma vez por todas de concordar com um Estado que de nada tem de bíblico, só, quem sabe, os seus sítios arqueológicos de interesse universal....

roberas.blogspot.com/

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