Palavra do leitor
- 11 de dezembro de 2011
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Inúteis para Deus (?)
"O que somos está manifesto diante de Deus e esperamos que semelhantemente esteja bem claro em vossas consciências". II coríntios 5:11b – KJ
A pressão cotidiana costuma embotar-nos a visão trazendo a sensação ruim de sermos imprestáveis, descartáveis e inadequados, às vezes a opinião alheia pode nos levar a crer que estamos apenas ocupando lugar na seara, sem relevância alguma; no serviço de expansão do Reino, os critérios são “prerrogativas do Senhor” da seara, a conduzir-nos a orientar amorosamente aqueles que estão a serviço do Reino de Deus e sob nossos cuidados.
O que Deus pensa do nosso serviço? Qual a exata opinião do Pai a respeito da obra das nossas mãos em favor da Sua causa? Uma vez que a nossa opinião sobre nós mesmos e também a de quem pouco sabe sobre nossa nada doce vida missionária pouca valia tem nessa abordagem, busco na Palavra algum socorro que traga luz; homens que deixam suas casas e vidas pra trás tendem a serem poucos misericordiosos consigo mesmos.
Há dois indicativos úteis para esta questão. Mateus 25: 14-30 e Lucas 17: 7-10:
Na primeira, o mesmo senhor, por seus critérios recompensa e penaliza os seus servos de acordo com os resultados; é possível definir a reação do patrão, pois deixara ordens específicas quanto ao serviço, além dos necessários e suficientes recursos para que as tarefas fossem executadas a contento; e não sem muito esforço e criatividade.
Aqueles servos deixaram a condição de escravos, elevados à condição de mordomos tinham pela frente árdua e gratificante tarefa, os dois primeiros responderam positivamente e agora poderiam viver de acordo com a generosidade do seu senhor, o último acredita ser isento sendo relapso.
“Servo bom e fiel” e “servo mau e negligente” são as sentenças proferidas após uma minuciosa contabilidade levada a efeito por quem chegou, viu e avaliou os resultados após o completo prazo estabelecido; sem paixão nem envolvimento pessoal, sem contaminação do juízo por declarações ou notícias exteriores aquele homem decidiu sua sentença.
O Evangelho de Lucas mostra outro tipo de servo, com trabalho e obrigações estabelecidos ele faz o que foi ordenado, mas sente-se injustiçado quando o patrão não o elogio pelo serviço feito, ele quer mais que o combinado.
Esse tipo de servo, como escreve o pastor Caio Fábio, é o funcionário do bem, mas nunca o voluntário do bem. Nunca serve de bom grado, maledicente, de espírito rixoso, êmulo, faz aquilo que é pago pra fazer.
No último versículo do texto temos: Assim igualmente vós, depois de haverdes realizado tudo quanto vos foi ordenado, dizei: “Somos servos inúteis, pois tão somente cumprimos o nosso dever”. Lc 17:10 KJ
O conceito de inutilidade deve ser o resultado da avaliação honesta que fizermos acerca do que realizamos, não é jamais o fruto da opinião alheia e equivocada sobre nosso labor. Todo obreiro é profundamente voluntário quando está sob o amor de Deus manifesto nas afirmações das lideranças a seu respeito, e são homens tristes e desiludidos em qualquer outra situação.
“Servo inútil é o conceito que tenho de mim mesmo quando contemplo a obra das minhas mãos com o meu olhar redimido; Servo bom e fiel é a afirmação do Senhor da seara, ao contemplar a mesma obra, com olhar amoroso de Redenção”.
Tais considerações nos levam ao cerne deste artigo: Somos inúteis? Ou temos descaracterizado o campo missionário a ponto de utilizarmos no Reino as ferramentas do mundo? Cobramos e somos cobrados de maneira cruel, tornamos a rica e eficaz mensagem do Redentor em alvo de estatísticas, trocamos os princípios bíblicos por conceitos corporativos vazios de sentido evangélico.
Nosso grau de sucesso define-nos e a nossa espiritualidade, num pragmatismo violento no qual o êxito a qualquer custo é o limite, mesmo nos custando preciosas vidas que saem feridas e convencidas de que são inadequadas por não atingirem o contexto perseguido vorazmente e sem cristianismo algum a orientar-lhes.
Não somos empresa, Igreja é que somos. Nosso negócio na Terra é a mensagem do Senhor que salva; chegamos ao ponto de acreditarmos que os métodos e resultados dos grupos pseudocristãos e pseudopentecostais refletem a glória de Deus, mas não refletem, não tem alma nem alegria alguma no final.
A virulenta sede por número nos convence e altera a nossa opinião sobre a opinião de Deus sobre nós, nosso conhecimento de Deus foi contaminado quando deixamos o conceito de sucesso tomar o lugar do Espírito Santo, pois nós na verdade preparamos a terra e plantamos a semente, mas é o Espírito quem providencia fecundidade, brotamento e crescimento.
Trazermos a maldita sombra da inutilidade e irrelevância sobre a vida e a obra de um servo do Deus Altíssimo é certamente arriscar-nos a sermos julgado pelos mesmos critérios com que julgamos. Isso também é princípio bíblico.
Missão Vida. Porque eu amo gente!
A pressão cotidiana costuma embotar-nos a visão trazendo a sensação ruim de sermos imprestáveis, descartáveis e inadequados, às vezes a opinião alheia pode nos levar a crer que estamos apenas ocupando lugar na seara, sem relevância alguma; no serviço de expansão do Reino, os critérios são “prerrogativas do Senhor” da seara, a conduzir-nos a orientar amorosamente aqueles que estão a serviço do Reino de Deus e sob nossos cuidados.
O que Deus pensa do nosso serviço? Qual a exata opinião do Pai a respeito da obra das nossas mãos em favor da Sua causa? Uma vez que a nossa opinião sobre nós mesmos e também a de quem pouco sabe sobre nossa nada doce vida missionária pouca valia tem nessa abordagem, busco na Palavra algum socorro que traga luz; homens que deixam suas casas e vidas pra trás tendem a serem poucos misericordiosos consigo mesmos.
Há dois indicativos úteis para esta questão. Mateus 25: 14-30 e Lucas 17: 7-10:
Na primeira, o mesmo senhor, por seus critérios recompensa e penaliza os seus servos de acordo com os resultados; é possível definir a reação do patrão, pois deixara ordens específicas quanto ao serviço, além dos necessários e suficientes recursos para que as tarefas fossem executadas a contento; e não sem muito esforço e criatividade.
Aqueles servos deixaram a condição de escravos, elevados à condição de mordomos tinham pela frente árdua e gratificante tarefa, os dois primeiros responderam positivamente e agora poderiam viver de acordo com a generosidade do seu senhor, o último acredita ser isento sendo relapso.
“Servo bom e fiel” e “servo mau e negligente” são as sentenças proferidas após uma minuciosa contabilidade levada a efeito por quem chegou, viu e avaliou os resultados após o completo prazo estabelecido; sem paixão nem envolvimento pessoal, sem contaminação do juízo por declarações ou notícias exteriores aquele homem decidiu sua sentença.
O Evangelho de Lucas mostra outro tipo de servo, com trabalho e obrigações estabelecidos ele faz o que foi ordenado, mas sente-se injustiçado quando o patrão não o elogio pelo serviço feito, ele quer mais que o combinado.
Esse tipo de servo, como escreve o pastor Caio Fábio, é o funcionário do bem, mas nunca o voluntário do bem. Nunca serve de bom grado, maledicente, de espírito rixoso, êmulo, faz aquilo que é pago pra fazer.
No último versículo do texto temos: Assim igualmente vós, depois de haverdes realizado tudo quanto vos foi ordenado, dizei: “Somos servos inúteis, pois tão somente cumprimos o nosso dever”. Lc 17:10 KJ
O conceito de inutilidade deve ser o resultado da avaliação honesta que fizermos acerca do que realizamos, não é jamais o fruto da opinião alheia e equivocada sobre nosso labor. Todo obreiro é profundamente voluntário quando está sob o amor de Deus manifesto nas afirmações das lideranças a seu respeito, e são homens tristes e desiludidos em qualquer outra situação.
“Servo inútil é o conceito que tenho de mim mesmo quando contemplo a obra das minhas mãos com o meu olhar redimido; Servo bom e fiel é a afirmação do Senhor da seara, ao contemplar a mesma obra, com olhar amoroso de Redenção”.
Tais considerações nos levam ao cerne deste artigo: Somos inúteis? Ou temos descaracterizado o campo missionário a ponto de utilizarmos no Reino as ferramentas do mundo? Cobramos e somos cobrados de maneira cruel, tornamos a rica e eficaz mensagem do Redentor em alvo de estatísticas, trocamos os princípios bíblicos por conceitos corporativos vazios de sentido evangélico.
Nosso grau de sucesso define-nos e a nossa espiritualidade, num pragmatismo violento no qual o êxito a qualquer custo é o limite, mesmo nos custando preciosas vidas que saem feridas e convencidas de que são inadequadas por não atingirem o contexto perseguido vorazmente e sem cristianismo algum a orientar-lhes.
Não somos empresa, Igreja é que somos. Nosso negócio na Terra é a mensagem do Senhor que salva; chegamos ao ponto de acreditarmos que os métodos e resultados dos grupos pseudocristãos e pseudopentecostais refletem a glória de Deus, mas não refletem, não tem alma nem alegria alguma no final.
A virulenta sede por número nos convence e altera a nossa opinião sobre a opinião de Deus sobre nós, nosso conhecimento de Deus foi contaminado quando deixamos o conceito de sucesso tomar o lugar do Espírito Santo, pois nós na verdade preparamos a terra e plantamos a semente, mas é o Espírito quem providencia fecundidade, brotamento e crescimento.
Trazermos a maldita sombra da inutilidade e irrelevância sobre a vida e a obra de um servo do Deus Altíssimo é certamente arriscar-nos a sermos julgado pelos mesmos critérios com que julgamos. Isso também é princípio bíblico.
Missão Vida. Porque eu amo gente!
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