Palavra do leitor
- 24 de junho de 2009
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Insights sobre fé e atitude
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15)
Nosso desafio como discípulos de Jesus começa bem aqui. Logo após Jesus nos dar essa ordem Ele sobe aos céus. Ele deixa uma missão que está em vigor há mais de 2000 anos.
Os discípulos de Jesus têm buscado cumprir esse desafio e muitas vezes os métodos geraram mais morte que vida. Se olharmos para a história da igreja cristã iremos perceber a ação de homem em busca do poder, em busca de firmar seus valores, enfim, vemos a limitação humana gerada por medo e necessidade de poder.
Fico imaginando o número de pessoas feridas que ficaram na caminhada. Milhares já morreram e não viram o Reino de Deus. Uma caminhada movida por fé.
Tenho pensado sobre fé, sobre caminhada e tentado trazer algo pra nossa vida, algo pra nossa história. Sabe galera, tenho entendido que fé antes de ser algo parecido com crer é na verdade a capacidade de não desistir. A palavra fé tem origem latina de fides, fidelis, cujo significado é: fiel, fidelidade, e refere-se a um ato mental firme, seguro e constante. Fé tem mais haver com não desistir.
Quando olho pra caminhada cristã nesses mais de 2000 anos e vejo tanta coisa errada que rolou mas vejo também tanta coisa legal, percebo que o que move a gente é a questão de não desistir, de ter fé.
E não fica por ai. Ter fé, não desistir e esperar parado?! Não é bem assim. Temos que ter atitude. Temos que buscar entender onde é que entramos em ação nessa caminhada. Tiago diz pra gente que a fé sem obras é morta (Tiago 2: 14-26). Apesar desse texto ter sido escrito para uma galera específica da época ele também pode ser aplicado a nossa caminhada.
Os discípulos de Jesus deixaram pra gente os evangelhos. Cada um, escrito dentro do seu contexto, dentro de uma comunidade específica. Cada um tem detalhes que estão associados à cultura do lugar onde foi escrito.
Nosso desafio é estudar esses evangelhos. Buscar em Deus revelação para que a gente possa colocá-lo em prática na nossa vida.
Cada palavra escrita, cada frase tem uma missão, tem uma mensagem que vai além do que está escrito. Tem conceitos que precisam ser estudados, que precisam ser encarnados na nossa tribo, na nossa vida.
Tipo, eu fico olhando pros milagres de Jesus, fico buscando refletir sobre eles e sobre o que possa trazer como recado de Jesus pra minha vida, pras minhas atitudes. Olho pro milagre da multiplicação do pão e penso: Poxa, Jesus não espera que eu literalmente multiplique pão e peixe. Olho pra essa passagem e percebo que o convite é a perceber que nossa comunidade, que nossa tribo tem o desafio de unir os nossos recursos para abençoar os que são menos favorecidos nessa sociedade caótica na qual estamos inseridos. Temos a possibilidade de ajudar quem necessita e nosso “pão” pode ser multiplicado para que juntos possamos viver em unidade. Diminuir um pouco o sofrimento de quem está menos favorecido no momento.
Olhar para um paralítico e ver Jesus fazê-lo andar me remete a minha missão de ver alguém que está em crise, que está paralisado na vida devido a traumas e chamá-lo a continuar sua caminhada, convidá-lo a não desistir no meio do caminho de sua vida. Trazê-lo de volta pra vida.
Ver Jesus tocando num leproso me remete a nossa necessidade de nos libertarmos dos preconceitos que possuímos pelos excluídos da sociedade. Devolvê-los a integridade de fazer parte da sociedade mesmo que essa sociedade esteja longe de ser a ideal. Criar condições de restauração social.
Jesus traz visão a um cego e percebo a necessidade que tenho em dar oportunidade as pessoas através da minha limitação humana de “enxergar” algo que perceba e que para ela não tenha sido percebida. Convidá-la a enxergar com os seus próprios olhos e não com os de outra pessoa.
Enfim, as leituras são muitas e o nosso desafio é buscar em meio aos Evangelhos encarnar a mensagem de Jesus na nossa vida, no nosso contexto e, no nosso caso, na nossa comunidade do surfe.
Boas Ondas
www.carlosbz.blogspot.com
Nosso desafio como discípulos de Jesus começa bem aqui. Logo após Jesus nos dar essa ordem Ele sobe aos céus. Ele deixa uma missão que está em vigor há mais de 2000 anos.
Os discípulos de Jesus têm buscado cumprir esse desafio e muitas vezes os métodos geraram mais morte que vida. Se olharmos para a história da igreja cristã iremos perceber a ação de homem em busca do poder, em busca de firmar seus valores, enfim, vemos a limitação humana gerada por medo e necessidade de poder.
Fico imaginando o número de pessoas feridas que ficaram na caminhada. Milhares já morreram e não viram o Reino de Deus. Uma caminhada movida por fé.
Tenho pensado sobre fé, sobre caminhada e tentado trazer algo pra nossa vida, algo pra nossa história. Sabe galera, tenho entendido que fé antes de ser algo parecido com crer é na verdade a capacidade de não desistir. A palavra fé tem origem latina de fides, fidelis, cujo significado é: fiel, fidelidade, e refere-se a um ato mental firme, seguro e constante. Fé tem mais haver com não desistir.
Quando olho pra caminhada cristã nesses mais de 2000 anos e vejo tanta coisa errada que rolou mas vejo também tanta coisa legal, percebo que o que move a gente é a questão de não desistir, de ter fé.
E não fica por ai. Ter fé, não desistir e esperar parado?! Não é bem assim. Temos que ter atitude. Temos que buscar entender onde é que entramos em ação nessa caminhada. Tiago diz pra gente que a fé sem obras é morta (Tiago 2: 14-26). Apesar desse texto ter sido escrito para uma galera específica da época ele também pode ser aplicado a nossa caminhada.
Os discípulos de Jesus deixaram pra gente os evangelhos. Cada um, escrito dentro do seu contexto, dentro de uma comunidade específica. Cada um tem detalhes que estão associados à cultura do lugar onde foi escrito.
Nosso desafio é estudar esses evangelhos. Buscar em Deus revelação para que a gente possa colocá-lo em prática na nossa vida.
Cada palavra escrita, cada frase tem uma missão, tem uma mensagem que vai além do que está escrito. Tem conceitos que precisam ser estudados, que precisam ser encarnados na nossa tribo, na nossa vida.
Tipo, eu fico olhando pros milagres de Jesus, fico buscando refletir sobre eles e sobre o que possa trazer como recado de Jesus pra minha vida, pras minhas atitudes. Olho pro milagre da multiplicação do pão e penso: Poxa, Jesus não espera que eu literalmente multiplique pão e peixe. Olho pra essa passagem e percebo que o convite é a perceber que nossa comunidade, que nossa tribo tem o desafio de unir os nossos recursos para abençoar os que são menos favorecidos nessa sociedade caótica na qual estamos inseridos. Temos a possibilidade de ajudar quem necessita e nosso “pão” pode ser multiplicado para que juntos possamos viver em unidade. Diminuir um pouco o sofrimento de quem está menos favorecido no momento.
Olhar para um paralítico e ver Jesus fazê-lo andar me remete a minha missão de ver alguém que está em crise, que está paralisado na vida devido a traumas e chamá-lo a continuar sua caminhada, convidá-lo a não desistir no meio do caminho de sua vida. Trazê-lo de volta pra vida.
Ver Jesus tocando num leproso me remete a nossa necessidade de nos libertarmos dos preconceitos que possuímos pelos excluídos da sociedade. Devolvê-los a integridade de fazer parte da sociedade mesmo que essa sociedade esteja longe de ser a ideal. Criar condições de restauração social.
Jesus traz visão a um cego e percebo a necessidade que tenho em dar oportunidade as pessoas através da minha limitação humana de “enxergar” algo que perceba e que para ela não tenha sido percebida. Convidá-la a enxergar com os seus próprios olhos e não com os de outra pessoa.
Enfim, as leituras são muitas e o nosso desafio é buscar em meio aos Evangelhos encarnar a mensagem de Jesus na nossa vida, no nosso contexto e, no nosso caso, na nossa comunidade do surfe.
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