Palavra do leitor
- 10 de janeiro de 2016
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Inquietudes
Inquietudes
‘’Muitos tratam o perdão como um mandamento a ser cumprido, como se tivéssemos de o engolir goela abaixo, independentemente das circunstâncias; afinal de contas, conforme dito na escritura – sagrada, Deus nos perdoou e assim devemos proceder; agora, o texto de Marcos 06.14 nos aponta para o perdão, segundo um serviço pelo qual nos prestamos mutuamente, ou seja, em outras palavras, isto nos leva a refazer uma leitura do perdão e nos perguntarmos:
- A Igreja tem se perdoado, tem ido a direção desses atos e práticas?
Digo isso, porque, caso assim não o seja, como poderemos exercer esse chamado para as demais realidades?’’
As pessoas estão inquietas? Estamos inquietos? Você está inquieto? Eu estou? Quem sabe, simplesmente, todo esse estado de turbação seja o espelho de uma sociedade submetida as cartilhas de fazer da vida um palco a ser consumido e descartado?
Sem sombra de dúvida, vivenciamos uma realidade movida e impulsionada pelo nunca parar, com uma visão depreciativa de quem não se adéqua a esse binômio ‘’selecionar e descartar’’.
Ora, observo as pessoas tresloucadas por mais para depois disso, buscar novidades. De certo, caminhamos pelos meandros de uma realidade de comparações, a partir de moldes pré – estabelecidos e isto nos leva a um estado de inquietação e insatisfação avassaladora. Basta atentar para o quanto se afligem a procura de ideais e idealismos para ser aceito. quantos despendem tempo e recursos em prol do corpo ideal, do cabelo ideal, da roupa ideal, da linguagem ideal, dos amigos ideais, da fé ideal, do sexo ideal, do Deus ideal e por ai vai.
Lamentavelmente, tenho visto decepções sem precedentes e de efeitos catastróficos na existência das pessoas. Nessa linha de tênue, Jesus Cristo, o Carpinteiro dos recomeços, aborda a questão das inquietudes, traça um paralelo com esse veemente necessidade de ser percebido, de ser notado, de ser reconhecido e de ser recompensado.
Aliás, trilhamos pelo ideal do sucesso, quando o evangelho nos chama para o servir, o ouvir, o ajudar e o animar, em reciprocidade. Parto dessa afirmação e enfoco um cenário de evangélicos inquietos incertos, porque não conseguem atingir os ideais de um triunfalismo ufanista, pelo qual subjuga – nos ao pêndulo do bem e mal, sem nenhuma via de alegria, de paz e justiça.
Grosso modo, não nos alegramos mais, porque ficamos inquietos sobre a exigência de uma nova conquista. Não conseguimos desfrutar a paz advinda da Graça, em função de que não podemos baixar a guarda. Evidentemente, de maneira alguma, ajo como um tolo, afinal de contas, reconheço uma veemente a influência dos conluios demoníacos e também da maldade dos homens, inclusive a minha.
Mesmo assim, não parece estarmos inquietos no que se refere em seguir a Cristo? De notar, embora tenhamos toda uma pletora de acessos a informações (livros, simpósios, palestras, pregações, profecias e revelações), prosseguimos inquietos, desconfiados de tudo e de todos.
O pior, cada vez mais, voltados para uma nós mesmos, para uma fé vertical, para uma espiritualidade confusa e estranha, para um cenário de evangélicos voláteis e anêmicos (que agem melindrosamente, diante do não, e, então, se desloca para outros arraiais, até se cansar delas).
Não há como negar, a vida somente pode ser vivenciada, porque nos deparamos com as tensões, as vicissitudes, as ambiguidades, as escolhas, as decisões, as respostas e, em meio a essas colocações, não fomos chamados para nos entregarmos ao evangelho simples que tem, na vida, na Graça, no semelhante e do qual faço parte, sua importância?
Deveras, andamos inquietos para provar, para comprovar e demonstrar o que?
Talvez, não seja o momento de perceber o véu rasgado, de que o fardo é suave, de aceitar essa aparente irresponsabilidade para ser vulnerável, ser franquear, se abrir, de parar de querer consertar o ontem, o passado, o ocorrido e olhar para os mesmos, sem uma bigorna no pescoço, de compreender, sem resignação ou hipocrisia ou fatalismo, de que não teremos respostas para tudo?
Vou adiante, de que fomos justificados e, por isso, há a via, o itinerário da reconciliação que nos aquieta, sem nos tornar apáticos, letárgicos, conformados, ou seja, passamos a nos estribar na Graça, no Cristo Ressurrecto, num exercício contínuo de aprendizagem, de olhar para nós mesmos (feitos como imagem e semelhança de um ato criacional original, com bondade e beleza, com justiça e misericórdia, com alegria e paz, com potencialidades para ser inspirador e criativo, para ser parte e participar das boas novas, para ser amigo, para ser companheiro, para ser útil e benéfico, para ser sal na terra e luz no mundo).
‘’Muitos tratam o perdão como um mandamento a ser cumprido, como se tivéssemos de o engolir goela abaixo, independentemente das circunstâncias; afinal de contas, conforme dito na escritura – sagrada, Deus nos perdoou e assim devemos proceder; agora, o texto de Marcos 06.14 nos aponta para o perdão, segundo um serviço pelo qual nos prestamos mutuamente, ou seja, em outras palavras, isto nos leva a refazer uma leitura do perdão e nos perguntarmos:
- A Igreja tem se perdoado, tem ido a direção desses atos e práticas?
Digo isso, porque, caso assim não o seja, como poderemos exercer esse chamado para as demais realidades?’’
As pessoas estão inquietas? Estamos inquietos? Você está inquieto? Eu estou? Quem sabe, simplesmente, todo esse estado de turbação seja o espelho de uma sociedade submetida as cartilhas de fazer da vida um palco a ser consumido e descartado?
Sem sombra de dúvida, vivenciamos uma realidade movida e impulsionada pelo nunca parar, com uma visão depreciativa de quem não se adéqua a esse binômio ‘’selecionar e descartar’’.
Ora, observo as pessoas tresloucadas por mais para depois disso, buscar novidades. De certo, caminhamos pelos meandros de uma realidade de comparações, a partir de moldes pré – estabelecidos e isto nos leva a um estado de inquietação e insatisfação avassaladora. Basta atentar para o quanto se afligem a procura de ideais e idealismos para ser aceito. quantos despendem tempo e recursos em prol do corpo ideal, do cabelo ideal, da roupa ideal, da linguagem ideal, dos amigos ideais, da fé ideal, do sexo ideal, do Deus ideal e por ai vai.
Lamentavelmente, tenho visto decepções sem precedentes e de efeitos catastróficos na existência das pessoas. Nessa linha de tênue, Jesus Cristo, o Carpinteiro dos recomeços, aborda a questão das inquietudes, traça um paralelo com esse veemente necessidade de ser percebido, de ser notado, de ser reconhecido e de ser recompensado.
Aliás, trilhamos pelo ideal do sucesso, quando o evangelho nos chama para o servir, o ouvir, o ajudar e o animar, em reciprocidade. Parto dessa afirmação e enfoco um cenário de evangélicos inquietos incertos, porque não conseguem atingir os ideais de um triunfalismo ufanista, pelo qual subjuga – nos ao pêndulo do bem e mal, sem nenhuma via de alegria, de paz e justiça.
Grosso modo, não nos alegramos mais, porque ficamos inquietos sobre a exigência de uma nova conquista. Não conseguimos desfrutar a paz advinda da Graça, em função de que não podemos baixar a guarda. Evidentemente, de maneira alguma, ajo como um tolo, afinal de contas, reconheço uma veemente a influência dos conluios demoníacos e também da maldade dos homens, inclusive a minha.
Mesmo assim, não parece estarmos inquietos no que se refere em seguir a Cristo? De notar, embora tenhamos toda uma pletora de acessos a informações (livros, simpósios, palestras, pregações, profecias e revelações), prosseguimos inquietos, desconfiados de tudo e de todos.
O pior, cada vez mais, voltados para uma nós mesmos, para uma fé vertical, para uma espiritualidade confusa e estranha, para um cenário de evangélicos voláteis e anêmicos (que agem melindrosamente, diante do não, e, então, se desloca para outros arraiais, até se cansar delas).
Não há como negar, a vida somente pode ser vivenciada, porque nos deparamos com as tensões, as vicissitudes, as ambiguidades, as escolhas, as decisões, as respostas e, em meio a essas colocações, não fomos chamados para nos entregarmos ao evangelho simples que tem, na vida, na Graça, no semelhante e do qual faço parte, sua importância?
Deveras, andamos inquietos para provar, para comprovar e demonstrar o que?
Talvez, não seja o momento de perceber o véu rasgado, de que o fardo é suave, de aceitar essa aparente irresponsabilidade para ser vulnerável, ser franquear, se abrir, de parar de querer consertar o ontem, o passado, o ocorrido e olhar para os mesmos, sem uma bigorna no pescoço, de compreender, sem resignação ou hipocrisia ou fatalismo, de que não teremos respostas para tudo?
Vou adiante, de que fomos justificados e, por isso, há a via, o itinerário da reconciliação que nos aquieta, sem nos tornar apáticos, letárgicos, conformados, ou seja, passamos a nos estribar na Graça, no Cristo Ressurrecto, num exercício contínuo de aprendizagem, de olhar para nós mesmos (feitos como imagem e semelhança de um ato criacional original, com bondade e beleza, com justiça e misericórdia, com alegria e paz, com potencialidades para ser inspirador e criativo, para ser parte e participar das boas novas, para ser amigo, para ser companheiro, para ser útil e benéfico, para ser sal na terra e luz no mundo).
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