Palavra do leitor
- 05 de junho de 2021
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"Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou, vós não podeis vir" Mt 7.34.
Duas situações distintas nesta passagem, chamam atenção e merecem consideração contextual. No primeiro caso há uma busca ou procura que fracassa pela impossibilidade que se apresenta, devido à forma, motivo e espírito com que se faz.
Na verdade havia promessa que Deus enviaria "Um" nascido de mulher para "esmagar a cabeça da serpente" Gn 3.15. Israel aguardava o cumprimento desta profecia, entretanto os anfitriões recusaram recebê-lo devido à ilusão de falsas expectativas.
Jerusalém estava repleta de prosélitos estrangeiros, que vinham para festas da religião enquanto "a mulher" da profecia encontrava-se em trabalho de parto, num estábulo para dar à luz: "[...] o Desejado de todas as nações" Ageu 2;7, o Salvador Jesus Cristo.
A cidade santa, que abriu os portões para devotos de outros países folgando, compartilhando regalias e benesses da religião, fechou as portas para o Dono da festa e da cidade; que descalabro!
"Veio para os seus, mas estes não o receberam". Jo 1.11. Mas, porque o recusaram? Devido estar em desacordo com expectativas e anseios da religião, a qual haviam idolatrado como se fosse divindade. O Messias quebrou protocolos, desprezou o politicamente "correto", ignorou dogmas, em tese; violou ritos e leis cerimoniais.
Esta perspectiva em parte explica porque: "Vós me buscareis, e não me achareis". Afinal o Rei que esperavam em vez de púrpura veio "sem parecer nem formosura" Is 53.2. Israel nutria expectativa de um guerreiro com a fúria de Jeú, ungido para exterminar a hegemonia do ímpio Acabe, 2 Cr 22.7. E assim, o Messias fizesse o mesmo com o Império Romano, do qual eram vassalos.
Entretanto, em contraste com a fúria do rei Jeú, Jesus apresentou-se como "Príncipe da Paz", Is 9;6. Aquele cavalgava como vingador, porém Cristo: "Em Seu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça". Sl 45.4. Destarte, no contexto judaico o Messias continua sendo buscado, porém não encontrado, pois o Cristo que rejeitaram é o caminho, e afirma: "ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim", Jo 14.6.
O mesmo aplica-se a qualquer que o busque com a forma e expectativa errada, independente de fazer parte ativa de qualquer contexto religioso. A palavra denuncia que há uma busca "sem coração", apenas por conveniência, para manter aparência e status social, por ganância, medo do inferno, desejo do céu. Enfim, diferente de adorar "em espírito e em verdade", Jo 4;24, os quais são procurados por Deus.
Por esta razão exorta: "Aplicai o coração aos vossos caminhos" Ageu 1.7. Em outra passagem enfatiza: "...me achareis quando me buscardes de todo coração" Jr 29.13. Jesus disse em tom de lamento: "Este povo honra-me com lábios, mas o coração está longe de mim" Mt 15.8. Este perfil abdicou de encontrá-lo como Salvador, para tê-lo como juiz; quando a porta da misericórdia e graça estará fechada.
Em segundo lugar, o Senhor disse: "onde eu estou, vós não podeis vir". Obviamente o Senhor não estava referindo-se à situação territorial, pois neste sentido todos encontravam-se onde Jesus estava; em Jerusalém. Porém, como dito acima rejeitaram o Caminho para o céu onde Moisés e a lei não podiam levar; Jesus Cristo.
No contexto importa considerar que o coração humano nutre consciente ou não, a expectativa da falsa profecia edênica: "[...] sereis como Deus" Gn 3.5. Este "vírus" foi plantado na alma humana por ocasião da queda sofrida, na tentativa insana de atingir status de divindade. Este patamar, o ser humano jamais alcançará! Caracteriza o lugar que torre de Babel alguma pode tocar.
O Senhor estava chamando atenção e tentando livrar almas da pandemia que incide na ânsia de ser o que não pode, e rejeitar o que deve, e pode. No primeiro caso, não pode ser Deus, tampouco igual a Ele. Afinal, está escrito: "eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" Is 46.9. Em segundo lugar, o ser humano pode se tornar filho do Eterno, pela graça de Cristo.
No contexto está dito: "a todos quantos o receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome" Jo 1.12. A louca e doentia obsessão por grandeza é contrastada com a bênção da adoção de filhos: "[...] Vós sois deuses, e vós outros todos filhos do Altíssimo. Todavia, como homens morrereis e caireis como qualquer dos príncipes" Sl 82.6,7. Dois perfis: os "deuses" e os "filhos do Altíssimo". Aqueles, não podem "ir" onde Cristo está.
Entretanto, há um lugar onde está o Senhor, ao qual todos poderão ir com Cristo, não como deuses, mas como filhos, como povo santo na cidade de Deus. "[...] para que onde Eu estiver estejais vós também" Jo 14.3.
Portanto, é plausível entender que o "lugar" é aquele por Ele preparado, não pela religião; pela graça, não pela lei mosaica, mas pela lei do Espírito; pela fé em Cristo. De outra forma há impedimento no lance; o gol será anulado e a batalha dos aflitos será perdida, devido ao impeachment; da incredulidade.
Duas situações distintas nesta passagem, chamam atenção e merecem consideração contextual. No primeiro caso há uma busca ou procura que fracassa pela impossibilidade que se apresenta, devido à forma, motivo e espírito com que se faz.
Na verdade havia promessa que Deus enviaria "Um" nascido de mulher para "esmagar a cabeça da serpente" Gn 3.15. Israel aguardava o cumprimento desta profecia, entretanto os anfitriões recusaram recebê-lo devido à ilusão de falsas expectativas.
Jerusalém estava repleta de prosélitos estrangeiros, que vinham para festas da religião enquanto "a mulher" da profecia encontrava-se em trabalho de parto, num estábulo para dar à luz: "[...] o Desejado de todas as nações" Ageu 2;7, o Salvador Jesus Cristo.
A cidade santa, que abriu os portões para devotos de outros países folgando, compartilhando regalias e benesses da religião, fechou as portas para o Dono da festa e da cidade; que descalabro!
"Veio para os seus, mas estes não o receberam". Jo 1.11. Mas, porque o recusaram? Devido estar em desacordo com expectativas e anseios da religião, a qual haviam idolatrado como se fosse divindade. O Messias quebrou protocolos, desprezou o politicamente "correto", ignorou dogmas, em tese; violou ritos e leis cerimoniais.
Esta perspectiva em parte explica porque: "Vós me buscareis, e não me achareis". Afinal o Rei que esperavam em vez de púrpura veio "sem parecer nem formosura" Is 53.2. Israel nutria expectativa de um guerreiro com a fúria de Jeú, ungido para exterminar a hegemonia do ímpio Acabe, 2 Cr 22.7. E assim, o Messias fizesse o mesmo com o Império Romano, do qual eram vassalos.
Entretanto, em contraste com a fúria do rei Jeú, Jesus apresentou-se como "Príncipe da Paz", Is 9;6. Aquele cavalgava como vingador, porém Cristo: "Em Seu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça". Sl 45.4. Destarte, no contexto judaico o Messias continua sendo buscado, porém não encontrado, pois o Cristo que rejeitaram é o caminho, e afirma: "ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim", Jo 14.6.
O mesmo aplica-se a qualquer que o busque com a forma e expectativa errada, independente de fazer parte ativa de qualquer contexto religioso. A palavra denuncia que há uma busca "sem coração", apenas por conveniência, para manter aparência e status social, por ganância, medo do inferno, desejo do céu. Enfim, diferente de adorar "em espírito e em verdade", Jo 4;24, os quais são procurados por Deus.
Por esta razão exorta: "Aplicai o coração aos vossos caminhos" Ageu 1.7. Em outra passagem enfatiza: "...me achareis quando me buscardes de todo coração" Jr 29.13. Jesus disse em tom de lamento: "Este povo honra-me com lábios, mas o coração está longe de mim" Mt 15.8. Este perfil abdicou de encontrá-lo como Salvador, para tê-lo como juiz; quando a porta da misericórdia e graça estará fechada.
Em segundo lugar, o Senhor disse: "onde eu estou, vós não podeis vir". Obviamente o Senhor não estava referindo-se à situação territorial, pois neste sentido todos encontravam-se onde Jesus estava; em Jerusalém. Porém, como dito acima rejeitaram o Caminho para o céu onde Moisés e a lei não podiam levar; Jesus Cristo.
No contexto importa considerar que o coração humano nutre consciente ou não, a expectativa da falsa profecia edênica: "[...] sereis como Deus" Gn 3.5. Este "vírus" foi plantado na alma humana por ocasião da queda sofrida, na tentativa insana de atingir status de divindade. Este patamar, o ser humano jamais alcançará! Caracteriza o lugar que torre de Babel alguma pode tocar.
O Senhor estava chamando atenção e tentando livrar almas da pandemia que incide na ânsia de ser o que não pode, e rejeitar o que deve, e pode. No primeiro caso, não pode ser Deus, tampouco igual a Ele. Afinal, está escrito: "eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" Is 46.9. Em segundo lugar, o ser humano pode se tornar filho do Eterno, pela graça de Cristo.
No contexto está dito: "a todos quantos o receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome" Jo 1.12. A louca e doentia obsessão por grandeza é contrastada com a bênção da adoção de filhos: "[...] Vós sois deuses, e vós outros todos filhos do Altíssimo. Todavia, como homens morrereis e caireis como qualquer dos príncipes" Sl 82.6,7. Dois perfis: os "deuses" e os "filhos do Altíssimo". Aqueles, não podem "ir" onde Cristo está.
Entretanto, há um lugar onde está o Senhor, ao qual todos poderão ir com Cristo, não como deuses, mas como filhos, como povo santo na cidade de Deus. "[...] para que onde Eu estiver estejais vós também" Jo 14.3.
Portanto, é plausível entender que o "lugar" é aquele por Ele preparado, não pela religião; pela graça, não pela lei mosaica, mas pela lei do Espírito; pela fé em Cristo. De outra forma há impedimento no lance; o gol será anulado e a batalha dos aflitos será perdida, devido ao impeachment; da incredulidade.
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