Imortalidade da alma: Robinson Cavalcanti x Ed René Kivitz

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Temos nós uma alma imortal? Existe vida após morrermos? O que acontece no pós-morte? Estas são algumas das inquirições mais profundas que inquietam o ser humano. É desse pressuposto que surgem ideias e doutrinas extremamente influentes, tais como: reencarnação, purgatório, tormento eterno, oração pelos mortos e etc.

Para a maioria dos cristãos (católicos e protestantes),a crença na vida após a morte é um ensino indubitavelmente coerente com o ensino das Escrituras Sagradas;fato totalmente confirmado, com base em algumas passagens bíblicas à exemplo da Parábola do rico e Lázaro.Negar o conceito de imortalidade da alma,só poderia ser coisa de Adventistas,Testemunhas de Jeová ou alguns judeus radicais.

Pregando sobre a parábola supracitada, o Bispo anglicano Dom Robinson Cavalcanti afirmou que, baseado em tal mensagem, "aprendemos que há vida após a morte".Duvidar disso ou crer num estado de inconsciência dos mortos seria se aliar ao grupo dos que adotam a "teoria do ronco eterno"-expressão usada por ele para se referir à crença dos religiosos já mencionados.

Já o Ed René Kivitz, conceituado teólogo e um dos grandes pensadores cristãos brasileiros, pensa totalmente diferente sobre o assunto.Faz sérias declarações corajosas e não tão convecionais sobre o tema e entre outras coisas,diz que quem tem uma noção errada do que é o ser humano terá uma noção errada sobre salvação. Ele afirma que segundo a lógica bíblica: "um corpo sem espírito não é uma pessoa humana,e sim um defunto. E um espírito sem corpo não é ser humano e sim fantasma". Mostra também que a ideia de uma entidade abstrata ou imaterial consciente sobrevivendo independente do corpo está mais para espiritismo do que cristianismo; mais para platonismo do que o ensinamento bíblico. Por fim, preconiza a doutrina bíblica da ressurreição do corpo, enfatizando que só ressuscita o que morre.

Mas a quetão é: temos ou não uma alma imortal? O que a Bíblia nos diz sobre o assunto? É possível encontrar respostas satisfatórias e fidedignas sobre este assunto? O que a Bíblia pode nos dizer?

A palavra hebraica traduzida como alma é nefesh em hebraico e Psykhé em grego e significa basicamente: pessoa,vida ou ser vivo.
Segundo a Bíblia, alma morre (Ezequiel 18:4). Se o homem tivesse uma alma que nunca morresse, consequentemente seria imortal, pois segundo essa doutrina ela nunca morre e isso traria uma grande contradição com (1Timóteo 6:16)que afirma que só Deus possui a imortalidade.

Lendo Gênesis 2:7 vemos que o texto diz que o ser humano é uma alma vivente. Aprendemos desde cedo por diversos meios que temos alma e não que somos alma, talvez por isso tenhamos dificuldades na correta compreensão do termo

Sobre o estado do homem na morte,o livro de Eclesiaste diz que o morto não sabe de nada (Ec-9:5,6).Davi confirma isso, em (Salmos 6:5 e 115:17).O antigo testamento está repleto de textos similares à estes.

Muitos cristãos, ao se depararem com tais textos, questionam sobre como podem ter certeza ou esperança da sua salvação, uma vez que, de outro modo, a morte seria o fim de tudo. Se não fosse a promessa da ressurreição do corpo,faria sentido perder a esperança e a credibilidade nas Escrituras.No entanto, a salvação, que começa quando alguém se submete ao reino de Deus nesta vida,se consuma na volta de Jesus (para os vivos)e na primeira ressurreição que ocorrerá no mesmo dia(para os mortos em Cristo).

O problema é que aprendemos que a recompensa para quem morre vem após a morte através do céu ou inferno.Biblicamente a recompensa vem após a ressurreição(João5:28,29).Não faz sentido algum ressuscitar se a "alma" já está desfrutando o gozo eterno.Também não faz sentido ir pro inferno após a morte e ficar sofrendo e se queimando pra depois ressuscitar novamente pra ser condenado novamente.

Ao contrário do que pensa Dom Robinson Cavalcanti, crê na inconsciência dos mortos não é crer na "teoria do ronco eterno". Primeiro,porque quem está morto vai ressuscitar, então o "ronco" não vai ser eterno. Segundo que só ronca quem está vivo.

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