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Palavra do leitor

Imitação ou incômodo?

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1Co 11:1).

Paulo orientou os Coríntios, na primeira carta que escreveu a eles, que o imitassem. Dificilmente, hoje em dia, as pessoas julgam-se dignas de imitação. Umas, por falsa modéstia; outras, por absoluta sinceridade. Mas o fato é que é louvável poder recomendar-se a si mesmo. E Paulo podia fazer isso. Podia, porque a inspiração para os seus atos era Cristo. E, em tudo quanto imitamos a Cristo, estamos próximos da perfeição.

Procuro olhar para pastores e líderes da igreja como Paulos. Busco neles, sempre, características dignas de imitação, não me esquecendo, claro, de que tenho que ser mais uma dos milhares de filhos de Deus que tem que poder ser imitada pelos outros. De um tempo para cá, notei que eu me pegava pensando nisso em momentos muito específicos: os de exortação, dentro da igreja. Desde que me converti, tenho ouvido, nos cultos e nas reuniões de célula, que é uma vergonha ser “crente de banco”, aquele que simplesmente vai às reuniões todo domingo, e não se compromete com o trabalho em nenhum departamento da igreja. Notei que eu era uma desses crentes. Eu não me envolvia no “corre-corre” dos líderes na organização dos acampamentos de carnaval, dos “encontros com Deus”, dos festivais de música, das apresentações de teatro. Comecei a pensar o pior de mim mesma, senti-me imprestável diante de Deus. Eu tinha que imitar alguém e me tornar mais uma “louca” na correria do dia-a-dia cristão. Afinal, segundo o que me ensinavam, isso era “fazer a obra”. 

Só depois de muito tempo é que fui perceber que a obra de Deus não é essa. Deixar as pessoas malucas com tantas tarefas para cumprir dentro da igreja não foi a recomendação de Jesus, em alusão aos objetivos pelos quais Deus O entregou, na cruz. Pregar o evangelho a toda criatura é que foi (Mc 16:15). 

Portanto, participar de células, comparecer às reuniões de líderes, varrer o chão da igreja, ser professor das escolas bíblicas dominicais, ministrar em congressos e retiros, visitar igrejas cristãs em países distantes, nada disso é fazer a obra de Deus. Essas podem ser atitudes de serviço e de amor (merecedoras, por isso mesmo, de aplausos, sim), mas não são a obra do Senhor, porque não visam à anunciação de Cristo a toda criatura, mas à edificação de um povo que, em regra, está reunido, nessas ocasiões, porque já é de Deus.

Quando descobri isso, libertei-me da culpa de me envolver nos problemas e nos trabalhos da igreja apenas até o meu limite, e procurei dedicar meu tempo a falar do amor de Jesus e da misericórdia de Deus para aqueles que ainda não conhecem ao Senhor como eu conheço. Entendi que Deus deseja que levemos conhecimento e disciplina às almas dos nossos irmãos em Cristo, e às nossas mesmas, contribuindo para o constante crescimento do corpo de Cristo, mas que não abramos mão da Sua verdadeira obra, ainda assim.
Belo Horizonte - MG
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