Palavra do leitor
- 14 de junho de 2012
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Igrejas on-line: você curte?
Taí uma coisa que deu certo: igrejas "on-line". O "incuravelmente religioso" ser humano não poderia ficar sem essa, afinal, a internet é uma bênção ou não é?
Não discutirei a validade, a intenção e muito menos a pertinência dos ditos "cultos on-line". Mas receio que estejamos diante de algo que poderá afetar o cerne do cristianismo bíblico.
Vejo muita vantagem em usar a internet para propagar valores cristãos. No entanto, suspeito que alguns poderão se auto enganar com a ideia de que o culto (ou igreja) "on-line" é uma alternativa viável e confiável para o desenvolvimento espiritual.
O mundo virtual é interessante, cativante e nos mantém numa distância confortável de tudo que seja comprometedor. É como se adquiríssemos uma outra identidade, uma passaporte para transitar livremente curtindo o melhor dos relacionamentos sem aquela parte amarga de ter que se desculpar, pedir perdão ou perdoar e conviver com "caras e bocas".
Na igreja virtual curto a mensagem, os louvores e ao mesmo tempo consulto meu facebook, checo e-mails, entre um e outro "aleluia". Se o sermão estiver chato, abaixo o volume e vejo alguma loja virtual ou me distraio conferindo as notícias do momento.
Se você é adepto da igreja on-line e acha que estou exagerando, não perde por esperar. Mais cedo ou mais tarde vai perceber que eu tinha razão.
Não abro mão do culto em uma igreja local por várias razões. Primeiramente porque não sou um homem virtual, sou real, nasci de uma placenta real, fui amamentado em seios reais e dormi num berço de madeira real. Em segundo lugar porque anseio toque, abraço, o encantamento de um aperto de mão. Também me faz bem perceber que o pregador me notou no recinto, dirigiu-se a mim por me conhecer pelo nome - ou seja - sou pessoa real e anseio por uma vida de pessoalidade.
Igrejas on-line, em meu ponto de vista, não servem nem para quem está hospitalizado ou enfermo em casa. O que estas pessoas precisam é de uma visita real de uma pessoal real, que lhe chame pelo nome e chore junto com ela a sua dor, a sua perda, a sua carência.
Em suma: igrejas virtuais ou "on-line" são ótimas para divulgar uma marca, para dar aos seus protagonistas a sensação de que estão "no ar" e compartilhar com outras igrejas virtuais sua bela performance. Suspeito que haja algum valor em se ter um culto on-line, mas ainda não fui convencido de sua real necessidade.
Nada contra...mas...
Não discutirei a validade, a intenção e muito menos a pertinência dos ditos "cultos on-line". Mas receio que estejamos diante de algo que poderá afetar o cerne do cristianismo bíblico.
Vejo muita vantagem em usar a internet para propagar valores cristãos. No entanto, suspeito que alguns poderão se auto enganar com a ideia de que o culto (ou igreja) "on-line" é uma alternativa viável e confiável para o desenvolvimento espiritual.
O mundo virtual é interessante, cativante e nos mantém numa distância confortável de tudo que seja comprometedor. É como se adquiríssemos uma outra identidade, uma passaporte para transitar livremente curtindo o melhor dos relacionamentos sem aquela parte amarga de ter que se desculpar, pedir perdão ou perdoar e conviver com "caras e bocas".
Na igreja virtual curto a mensagem, os louvores e ao mesmo tempo consulto meu facebook, checo e-mails, entre um e outro "aleluia". Se o sermão estiver chato, abaixo o volume e vejo alguma loja virtual ou me distraio conferindo as notícias do momento.
Se você é adepto da igreja on-line e acha que estou exagerando, não perde por esperar. Mais cedo ou mais tarde vai perceber que eu tinha razão.
Não abro mão do culto em uma igreja local por várias razões. Primeiramente porque não sou um homem virtual, sou real, nasci de uma placenta real, fui amamentado em seios reais e dormi num berço de madeira real. Em segundo lugar porque anseio toque, abraço, o encantamento de um aperto de mão. Também me faz bem perceber que o pregador me notou no recinto, dirigiu-se a mim por me conhecer pelo nome - ou seja - sou pessoa real e anseio por uma vida de pessoalidade.
Igrejas on-line, em meu ponto de vista, não servem nem para quem está hospitalizado ou enfermo em casa. O que estas pessoas precisam é de uma visita real de uma pessoal real, que lhe chame pelo nome e chore junto com ela a sua dor, a sua perda, a sua carência.
Em suma: igrejas virtuais ou "on-line" são ótimas para divulgar uma marca, para dar aos seus protagonistas a sensação de que estão "no ar" e compartilhar com outras igrejas virtuais sua bela performance. Suspeito que haja algum valor em se ter um culto on-line, mas ainda não fui convencido de sua real necessidade.
Nada contra...mas...
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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