Palavra do leitor
- 07 de janeiro de 2009
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Igreja de Cristo, vestida de homens. Igreja de homens, despida de Cristo
Três foram as razões para escrever este presente artigo. A primeira foi uma leitura de João 16.33, salvo engano feita pelo Reverendo Robinson Cavalcanti, bispo da Diocese Anglicana do Recife: "No mundo tereis aflições...na Igreja também." A percepção do ilustre diocesano nordestino reflete a dura realidade vivenciada por muitos cristãos desiludidos ou machucados com a igreja.
A segunda também foi de meu grande amigo. Sim, chamo Bispo Robinson de amigo pelo fato de lê-lo com tanta frequência que se parece com aquele grande amigo com quem precisamos falar todos os dias. Bom, Dom Robinson escreve um artigo, relato de sua vida na Igreja com o instigante tema: "Igreja: oásis, deserto ou campo de batalha."
A terceira, e não menos importante é a minha experiência de 16 anos de vida cristã, desde os idos de 1992 quando o Senhor me chamou soberanamente em uma congregação da Igreja Assembléia de Deus, passando por uma segunda experiência pentecostal na Igreja Evangélica Pentecostal Filadélfia e finalmente chegando, após consciente decisão, em uma igreja histórica, a Igreja Cristã Evangélica do Brasil. Descobri através dos anos que estava enganado a respeito da igreja. Não existe apenas uma Igreja, mas duas.
Existe a Igreja de Deus, o trigo, a soma de todos os pecadores eleitos e chamados pelo Espírito Santo em todos os tempos e épocas, gente de carne e osso, sujeitas as mesmas paixões de todos, que erram o alvo muitas vezes, tropeçam, caem e pela graça de Deus se levantam e permanecem de pé (Salmos 20) porque são sustentados em todo tempo pelo cordeiro que foi morto mas ressuscitou.
E também existe a igreja dos homens, a soma de todo joio que se mistura com o trigo, fazendo-se passar por Igreja mas que na realidade milita contra a verdadeira Igreja, desonra o corpo de Cristo, promove dissensões, organiza contendas e cujo grande prazer é ver o corpo ferido, sangrando, morrendo.
E por que o próprio Senhor da Igreja inspira o escritor bíblico a dizer que não podemos cortar o joio antes do tempo (Mateus 13. 24-30), já que só o grande agricultor é que o conhece com exatidão, temos que suportar com longanimidade uma “igreja” dentro da Igreja de Cristo.
Acredito que tal situação se assemelha a um país, em estado de guerra sendo invadido por outro que o subjuga em seu próprio território e que passa a afligir o primeiro com toda sorte de crueldades.
Essa pretensa igreja (na realidade um exército inimigo, a sinagoga de satanás) não está presente apenas em um ramo do protestantismo. Não somente dentro dos arraiais neo-pentecostais, ou pseudo-pentecostais como gosta de dizer meu amigo prelado anglicano, não, mas também no meio pentecostal clássico, nos pentecostais de segunda geração, nos históricos, nos renovados, nos de governo episcopal, presbiteriano ou congregacional, ninguém esta imune a essa verdadeira conspiração contra a paz e harmonia no corpo de Cristo.
É como um câncer. Silencioso, sorrateiro, democrático (não faz acepção de pessoas ou denominações) e igualmente mortal. Geralmente preferimos agir como se essa “igreja” não existisse. No nosso imaginário, no mundo perfeito e colorido em que desejamos viver não há lugar para atitudes desagradáveis protagonizadas por pessoas que dissimuladamente procuram se relacionar através de conchavos e acordos carnais. Não queremos nem ver, ainda que não se possa esconder, o desmando, a manipulação, a pessoalidade, o desabafo assumindo a forma de sermão, o púlpito, sagrado pelo que representa, tendo sua mensagem desfigurada como uma caricatura, segundo o bel-prazer de homens que já não podem deixar de olhar apenas para seus próprios umbigos. Que tristeza.
Na Igreja de Deus é completamente diferente. Há problemas, claro. Há lutas, sem dúvidas, mas também há muito joelho dobrado, gente que olha francamente nos olhos do outro, transparência e ética nas relações, púlpito sadio, a cruz da vergonha sendo pregada como sendo o trono do universo.
Há duas igrejas, todavia essa é a igreja que Ele vem buscar, a verdadeira Igreja de Cristo. A noiva adornada para seu esposo. A virgem prudente que mantém a lamparina acessa. A essa Igreja não resta outro destino senão aquele prometido pelo Ressurreto que como um precursor, foi preparar lugar nas moradas celestiais ao lado do Bondoso Pai, numa cidade que não necessitará de luz do sol e onde não haverá mais pranto ou dor.
A outra, que não é noiva nem igreja, porque Cristo não está nela, cabe apenas ouvir sua sentença final e corar de vergonha: “Afastai-vos de mim. Não vos conheço”. (Mateus 7.23) Viva a Igreja de Cristo. Vestida de homens. Mas governada por Deus: “Bem-aventurados os que choram. Serão consolados." (Mateus 5.4)
A Ele toda a glória. Hoje e eternamente. Amém.
A segunda também foi de meu grande amigo. Sim, chamo Bispo Robinson de amigo pelo fato de lê-lo com tanta frequência que se parece com aquele grande amigo com quem precisamos falar todos os dias. Bom, Dom Robinson escreve um artigo, relato de sua vida na Igreja com o instigante tema: "Igreja: oásis, deserto ou campo de batalha."
A terceira, e não menos importante é a minha experiência de 16 anos de vida cristã, desde os idos de 1992 quando o Senhor me chamou soberanamente em uma congregação da Igreja Assembléia de Deus, passando por uma segunda experiência pentecostal na Igreja Evangélica Pentecostal Filadélfia e finalmente chegando, após consciente decisão, em uma igreja histórica, a Igreja Cristã Evangélica do Brasil. Descobri através dos anos que estava enganado a respeito da igreja. Não existe apenas uma Igreja, mas duas.
Existe a Igreja de Deus, o trigo, a soma de todos os pecadores eleitos e chamados pelo Espírito Santo em todos os tempos e épocas, gente de carne e osso, sujeitas as mesmas paixões de todos, que erram o alvo muitas vezes, tropeçam, caem e pela graça de Deus se levantam e permanecem de pé (Salmos 20) porque são sustentados em todo tempo pelo cordeiro que foi morto mas ressuscitou.
E também existe a igreja dos homens, a soma de todo joio que se mistura com o trigo, fazendo-se passar por Igreja mas que na realidade milita contra a verdadeira Igreja, desonra o corpo de Cristo, promove dissensões, organiza contendas e cujo grande prazer é ver o corpo ferido, sangrando, morrendo.
E por que o próprio Senhor da Igreja inspira o escritor bíblico a dizer que não podemos cortar o joio antes do tempo (Mateus 13. 24-30), já que só o grande agricultor é que o conhece com exatidão, temos que suportar com longanimidade uma “igreja” dentro da Igreja de Cristo.
Acredito que tal situação se assemelha a um país, em estado de guerra sendo invadido por outro que o subjuga em seu próprio território e que passa a afligir o primeiro com toda sorte de crueldades.
Essa pretensa igreja (na realidade um exército inimigo, a sinagoga de satanás) não está presente apenas em um ramo do protestantismo. Não somente dentro dos arraiais neo-pentecostais, ou pseudo-pentecostais como gosta de dizer meu amigo prelado anglicano, não, mas também no meio pentecostal clássico, nos pentecostais de segunda geração, nos históricos, nos renovados, nos de governo episcopal, presbiteriano ou congregacional, ninguém esta imune a essa verdadeira conspiração contra a paz e harmonia no corpo de Cristo.
É como um câncer. Silencioso, sorrateiro, democrático (não faz acepção de pessoas ou denominações) e igualmente mortal. Geralmente preferimos agir como se essa “igreja” não existisse. No nosso imaginário, no mundo perfeito e colorido em que desejamos viver não há lugar para atitudes desagradáveis protagonizadas por pessoas que dissimuladamente procuram se relacionar através de conchavos e acordos carnais. Não queremos nem ver, ainda que não se possa esconder, o desmando, a manipulação, a pessoalidade, o desabafo assumindo a forma de sermão, o púlpito, sagrado pelo que representa, tendo sua mensagem desfigurada como uma caricatura, segundo o bel-prazer de homens que já não podem deixar de olhar apenas para seus próprios umbigos. Que tristeza.
Na Igreja de Deus é completamente diferente. Há problemas, claro. Há lutas, sem dúvidas, mas também há muito joelho dobrado, gente que olha francamente nos olhos do outro, transparência e ética nas relações, púlpito sadio, a cruz da vergonha sendo pregada como sendo o trono do universo.
Há duas igrejas, todavia essa é a igreja que Ele vem buscar, a verdadeira Igreja de Cristo. A noiva adornada para seu esposo. A virgem prudente que mantém a lamparina acessa. A essa Igreja não resta outro destino senão aquele prometido pelo Ressurreto que como um precursor, foi preparar lugar nas moradas celestiais ao lado do Bondoso Pai, numa cidade que não necessitará de luz do sol e onde não haverá mais pranto ou dor.
A outra, que não é noiva nem igreja, porque Cristo não está nela, cabe apenas ouvir sua sentença final e corar de vergonha: “Afastai-vos de mim. Não vos conheço”. (Mateus 7.23) Viva a Igreja de Cristo. Vestida de homens. Mas governada por Deus: “Bem-aventurados os que choram. Serão consolados." (Mateus 5.4)
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