Ignorando Jesus

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Todos falam de Jesus e muitos usam a sua pessoa, muitas vezes, como mote, tema ou até como pretexto para as suas falhas. Desenham, pintam, fazem caricaturas e o apresentam como alguém sofrido, dolorido ou mesmo morto deitado, ou pregado numa cruz. Cada um o apresenta de acordo com a sua religião, com a sua crença seguindo as suas conveniências. Eu sempre observei e já discuti essa forma de ver e de crer nesse tipo de Jesus. Muitos creem num Jesus melancólico, doente e raquítico, um Jesus sem poder e sem noção, um turista que veio até aqui sem passaporte, sem dinheiro e sem ter sequer onde reclinar a cabeça. Mas a Bíblia apresenta um "outro Jesus", alguém que mesmo palmilhando as estradas deste mundo tinha poder para se sobrepor a todas as dificuldades e atendia a todos os necessitados. O Jesus de muitos não é o Jesus da Bíblia. Ele, inclusive, não é adorado por muitos e nem é reconhecido como o Deus todo poderoso, da forma como a Bíblia o apresenta. Quando penso em Jesus eu o vejo e o sinto como Ele realmente é. Ele é poderoso, acima de tudo e de todos, o único Mediador entre Deus e os homens, seus títulos são muitos destacando-se: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz (Isaías 9.6). Este é o Jesus, o Deus da Bíblia. Os demais são apenas impostores. Não obstante a Bíblia mostrar e declarar a divindade de Jesus, escritores e historiadores, geralmente, o apresentam como apenas um personagem a mais da história. Uma vez um amigo meu, professor de Filosofia, postou algo sobre Jesus em que falava de um livro que foi escrito com a finalidade de provar que Jesus foi um ser humano comum da sua época que se casou, teve várias mulheres e foi um político que se envolveu com o poder dominante do seu tempo e por isto foi preso, açoitado e foi obrigado a levar uma cruz recebendo a punição devida através das leis romanas. Quando vi a postagem não resisti e fiz um comentário evidentemente contrário. Imediatamente, o meu amigo me chamou in box e exigiu que eu apagasse o comentário, eu disse que ele podia apagar, mas eu não apagaria considerando que o espaço era livre e democrático. A partir daí se desenvolveu um papo entre a gente e foi quente. Eu lhe falei de Jesus, do seu poder e do seu amor. A discussão foi calorosa e quanto mais eu escrevia naquele bate papo, mais palavras eu tinha e mais força para enfrentar aquele libelo. Creio que essa pessoa, que é filho de um obreiro, nunca ouvira algo tão claro e contundente acerca de Jesus. Por outro lado, me admiro ao ver hoje a forma como tantas igrejas tratam ou desconsideram a pessoa do Mestre amado. Quando vou a alguma igreja fico observando as prioridades do culto e às vezes analiso e raramente fala-se de Jesus, da salvação e da sua iminente vinda para buscar a sua Igreja. Me lembro, então, de Mateus capítulo 25 que conta a parábola das dez virgens: 5 néscias e 5 prudentes. Vejo um culto frio, cheio de formalidades e rituais, alguns musicais, muitos aplausos e até algumas piadinhas para descontrair o público. Mas, onde está Jesus nesses cultos? A modernidade tomou conta e tudo virou um faz de conta, creio que na maioria das igrejas. Ah, é tão bom falar do Jesus da Bíblia! No meio da multidão atenta e carente, na beira da praia ao sol quente... Jesus sempre aparece e acalma a tempestade, expulsa um espírito mal de uma criança... Esse Jesus eu amo de coração e adoro e o desejo a cada momento na minha vida. Este é o Jesus, o Deus da Bíblia. Os demais são apenas impostores.

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Opinião do leitor